Conheça, Thiago Henrique...


Meu nome é Thiago Henrique Vigilato nasci em 1987 tenho 30 anos de idade... Bm, até os 7 anos de idade eu era uma criança praticamente comum, mas meus pais foram percebendo que eu era mais fraco que as outras crianças, caia muito, sempre tropeçando às vezes atravessando ruas ou em casa mesmo, eles diziam que eu tinha um doença chamada pé chato por isso eu caia muito.

O médico que hoje é amigo da família começou a ler vários livros, e foi explicando para minha mãe para que ele estava suspeitando que eu tinha distrofia muscular, aí ele pediu uma biópsia que eu fui em BH fazer e esse exame constatou que era realmente Distrofia Muscular de Duchenne e falou pra minha mãe "seu filho tem essa doença e ele vai parar de andar com 12, 13 anos e até os 17 anos ele vai morrer", minha mãe saiu arrasada e depois disso ela teve depressão e até teve uma gestação interrompida pelo tamanho do choque.

Eu como toda criança que tem Distrofia Muscular de Duchenne, fui vivendo do jeito que dava caindo muito, mas fui estudar e ter uma vida normal do jeito que dava, mas com o tempo as coisas foi piorando e a parte mais difícil foi quando eu comecei a parar de andar, alguns alunos me zuavam da forma que eu andava, ficava tirando sarro da minha cara sem saber como era difícil para mim tentar andar, mas eu andei até o meu limite e um dia minhas pernas não aguentava mais... Lembro como se fosse hoje o último dia que eu consegui ficar de pé, eu estava tomando banho e vem uma dor muito forte na minhas pernas, tipos músculos falando que não aguentava mais segurar o corpo, aí deste dia para frente peguei uma cadeirinha de computador e comecei a andar nela dentro de casa, falei que não queria andar numa cadeira de rodas por vergonha das pessoas na rua.

Mas um dia, meus pais viram na rua uma pessoa andando de cadeira motorizada, tipo triciclo que parece um carrinho de brinquedo, e tivemos a ideia de encomendar uma pra mim e por ter que vir do Sul, acabou levando 6 meses para chegar e nesse tempo eu fiquei sem ir à escola, recebi até carta do meus amigos me dando força para mim voltar. Quando eu cheguei na escola com a nova cadeira, foi a maior festa porque era novidade, não era comum de ser ver, ainda mais igual esse triciclo que era estiloso, comecei até fazer manobras dentro da sala de aula, andando de duas rodas, descendo rampa correndo, etc... 

Acho que foi bem tranquilo essa parte, porque me deu um ânimo maior essa cadeira diferente, eu jogava videogame em casa, ouvir muita música, sempre gostei de rock e de rap, bandas como Nirvana de rock depois slipknot, foo fighters, Limp Bizkit, etc... É nacionais como Planet Hemp, Raimundos, Charlie Brown, etc... Charlie Brown me ajudou muito anos depois nos momentos difíceis a música em geral me ajudou muito a superar os problemas da vida, fui vivendo como dava e a medida que fui perdendo os movimentos era cada vez mais complicado superar mas eu nunca fui a psicóloga o psiquiatra, pois eu falava que ela era minha psicóloga mas eu nunca fui um garoto que preocupava muito com isso. A doença e minha mãe, nunca me privaram das coisas por isso eu consegui viver até hoje... 

Quando eu fui ficando mais velho, eu fazia festas, beber, fumar e conhecer garotas, mas elas nem sempre chegavam em mim por um pouco de preconceito, mas nem todas eram assim... Com 14 anos fiz minha primeira tattoo e não parei mais kkkk todo ano fazia uma, hoje em dia tenho muitas umas 20 eu acho, perdi até as contas.

Mas aí, quando você fica mais velho, você aprende a pensar mais e deixar para lá as coisas que você vê, porque o preconceito você vai ter todos os dias, até o fim da sua vida e se você for preocupar com isso, você não vai viver direito. 

Com o tempo, eu sai da escola, já estava na sétima série porque não queria mais estudar, enjoei de ficar ali, cansei de tudo eu me afastei de todos os amigos daquela escola na época, e comecei a parar de ver eles e fiquei em casa, saindo muito pouco, só jogando vídeo game durante 5 anos mais ou menos. Mas depois fiz novas amizades, pessoas mais velhas e continuei fazendo os rocks ,as festas, mas com menos frequência, depois perdi a virgindade aos 20 e poucos anos. 

Foi ai que comecei a ver que o preconceito era menor do que eu imaginava, que eu podia me relacionar, que existia mulheres que não tinham preconceitos, antes achava que por causa da minha doença nem uma mulher ia relacionar comigo mas vi que não era bem assim, eu tenho relação sexual normal, eu só não ando, mas tem muitas pessoas que acham que todo deficiente não consegue ter relação e isso não tem nada a ver porque cada caso é um caso, e a distrofia não afeta essa parte. Hoje estou solteiro e procuro uma esposa pra casar rs, mas ainda não encontrei estou a procura! 

Eu gosto mesmo é de fazer meus rap, eu tenho alguns já no YouTube. Conheço também a galera, alguns artista do mundo do rap, já até fiz amizade e fui pra casa de um lá no Rio de Janeiro no meu amigo da Cone Crew Diretoria Maomé sou amigo de todos da banda, até gravei um som que tá pra sair breve, em fim vou vivendo a vida, hoje estou com 30 anos cedo que eu ia viver até os 17 segundo a medicina. 

Nunca deixei de fazer nada que eu tiive vontade, por isso estou aqui até hoje bebendo um pouco menos, fumando muito menos mesmo que algumas coisas mudaram como os movimentos, mas ainda estou mexendo no celular até hoje, só não bebo e como sozinho pois dependendo dos outros para colocar na minha boca e até mesmo cigarro kkkk

Agora eu tenho meus projetos do Rap e às vezes faz os vídeos para o YouTube, sair em shows, em festas na minha cidade, gosto bastante de viajar e curtir a vida como eu sempre fiz. Meus planos são lançar o CD de rap, arrumar uma esposa, escrever um livro, ter um filho com o nome de Davi e viver até os 100 anos no mínimo!

Esse foi o resumo pequeno da minha vida, o resto quando eu escrever o livro vou colocar toda a história que tem muito mais páginas que esse resumo.


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