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Turismo
Casal cria cadeira de rodas adaptada para montanhismo e trilhas
Há pouco mais de dois anos, Guilherme Simões fez uma promessa a Juliana Tozzi: ele a levaria para onde ela quisesse. Depois de superar um câncer de mama, já grávida de Benjamin, filho do casal, Juliana havia sido diagnosticada com uma síndrome neurológica rara, a degeneração cerebelar paraneoplásica, que limita seus movimentos. Apaixonados por atividades ao ar livre, os dois decidiram, juntos, que não abandonariam suas aventuras. Em uma primeira tentativa, subiram a Pedra da Macela, em Cunha, São Paulo, com uma cadeira de rodas convencional. Perceberam que seria preciso adaptá-la, pelos percalços que encontraram no caminho. Assim surgiu a ideia de uma cadeira especial para trilhas e montanhismo. Nasceu, pouco tempo depois, a Julietti.
Os dois já distribuíram 14 Juliettis por parques do Brasil, para que pessoas com deficiência de vários cantos do país possam desbravar a natureza. E ainda disponibilizam a cadeira adaptada gratuitamente para empresas de turismo e associações. Pensando em tornar a invenção ainda mais acessível, criaram há um ano o Montanha para Todos, projeto que está prestes a se tornar uma ONG.
— No início, ninguém acreditava que eu a levaria para as montanhas. Hoje fico muito emocionado por poder realizar esses sonhos — diz Guilherme.
Com um passaporte carimbado e tendo viajado por mais de 30 lugares no Brasil, o engenheiro lembra que desde o início tinha uma boa ideia de como deveria ser uma cadeira adaptada para suas aventuras. Pesquisando, descobriu na Europa um modelo semelhante ao que procurava, mas com custo de importação superior a R$ 30 mil.
Diante disso, buscou e guardou fotos para criar uma cadeira própria. As imagens serviram como base, e Guilherme foi mudando e adaptando o projeto até deixá-lo pronto para explorar terrenos já bastante conhecidos pelo casal.
— A Julietti é alta para passar por pedras e estreita para passar por alguns caminhos. Hoje, estamos no quarto modelo, que tem amortecedor para dar conforto. E ainda é mais leve, tem seis quilos a menos que a primeira versão — explica Guilherme. — É muito prazeroso, mas cansativo. O ideal é ir com uns seis amigos para revezar e trocar a dupla que leva a Julietti.
Desbravar montanhas mundo afora a bordo da cadeira exige mesmo um trabalho de equipe. Por isso, a intenção do casal é construir um banco de voluntários e associados, que contribuam com valor financeiro ou ajudando nas trilhas.
— O projeto nos dá força. O que aconteceu conosco é sério, limitador. Era para ter nos deixado presos. Trabalhávamos muito, tínhamos uma vida bem ativa e, do dia para a noite, a Ju não podia ficar em pé, ir ao banheiro ou escovar os dentes sozinha — lembra. — Quando vimos nossa história repercutindo e as pessoas nos procurando, percebemos que havia algo de especial. Nossa missão é espalhar a ideia de que é possível. Queremos cada vez mais desafios, ir cada vez mais longe.
Hoje, a engenheira faz terapias, como fisioterapia e preparação física, todos os dias. Ela implantou recentemente eletrodos no cérebro para melhorar os tremores que sofre. Sempre em busca de inovações, o casal compartilha o que descobre e cria com outras pessoas, por meio das redes sociais, de palestras e consultorias.
Um dos próximos projetos da família é uma expedição por vários países da Europa, da África e da Ásia. Eles buscam patrocínio para deixar Juliettis em alguns dos lugares que visitarem. Juliana quer ainda ser a primeira pessoa em cadeira de rodas a escalar uma montanha com mais de 6 mil metros de altitude, na Bolívia, o ponto de partida. Na volta ao Brasil, percorrerão o país divulgando o projeto com palestras e se adaptando a uma nova vida:o casal e Benjamin viverão em um motorhome.
Para saber mais sobre o projeto, como ajudar e onde é possível encontrar Juliettis para reservar, acesse o site montanhaparatodos.com.br
Diante disso, buscou e guardou fotos para criar uma cadeira própria. As imagens serviram como base, e Guilherme foi mudando e adaptando o projeto até deixá-lo pronto para explorar terrenos já bastante conhecidos pelo casal.
— A Julietti é alta para passar por pedras e estreita para passar por alguns caminhos. Hoje, estamos no quarto modelo, que tem amortecedor para dar conforto. E ainda é mais leve, tem seis quilos a menos que a primeira versão — explica Guilherme. — É muito prazeroso, mas cansativo. O ideal é ir com uns seis amigos para revezar e trocar a dupla que leva a Julietti.
Desbravar montanhas mundo afora a bordo da cadeira exige mesmo um trabalho de equipe. Por isso, a intenção do casal é construir um banco de voluntários e associados, que contribuam com valor financeiro ou ajudando nas trilhas.
— O projeto nos dá força. O que aconteceu conosco é sério, limitador. Era para ter nos deixado presos. Trabalhávamos muito, tínhamos uma vida bem ativa e, do dia para a noite, a Ju não podia ficar em pé, ir ao banheiro ou escovar os dentes sozinha — lembra. — Quando vimos nossa história repercutindo e as pessoas nos procurando, percebemos que havia algo de especial. Nossa missão é espalhar a ideia de que é possível. Queremos cada vez mais desafios, ir cada vez mais longe.
Hoje, a engenheira faz terapias, como fisioterapia e preparação física, todos os dias. Ela implantou recentemente eletrodos no cérebro para melhorar os tremores que sofre. Sempre em busca de inovações, o casal compartilha o que descobre e cria com outras pessoas, por meio das redes sociais, de palestras e consultorias.
Um dos próximos projetos da família é uma expedição por vários países da Europa, da África e da Ásia. Eles buscam patrocínio para deixar Juliettis em alguns dos lugares que visitarem. Juliana quer ainda ser a primeira pessoa em cadeira de rodas a escalar uma montanha com mais de 6 mil metros de altitude, na Bolívia, o ponto de partida. Na volta ao Brasil, percorrerão o país divulgando o projeto com palestras e se adaptando a uma nova vida:o casal e Benjamin viverão em um motorhome.
Para saber mais sobre o projeto, como ajudar e onde é possível encontrar Juliettis para reservar, acesse o site montanhaparatodos.com.br
Via: Tô Dentro
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