Conheça Bárbara Oliveira...

Na imagem temos Bárbara de cabelos castanhos, sorrindo sentada no chão olhando para
cima com a cadeira de rodas posicionada atrás de suas costas e no fundo vasos de flores.

Meu nome é Bárbara Oliveira, moro em Patos de Minas, MG e em outubro de 2016 sofri um acidente automobilístico o qual fiquei tetraplégica.

Eu estava saindo de uma festa e peguei carona com outras duas pessoas, uma delas era o motorista que havia ingerido bebida alcoólica e perdeu o controle do carro em que estávamos, batemos em uma árvore arrancando-a e em seguida caímos dentro de um córrego com as rodas do carro para cima. Somente eu estava de cinto de segurança, ele travou com o impacto e precisei de ajuda para cortar o cinto, uma vez que o resgate demorou para chegar e eu estava me afogando, pelo fato de que a água estava subindo pois o carro estava impedindo a passagem de água. 


Na imagem temos o carro de Bárbara caído dentro de um córrego, virado com as rodas para cima e a vegetação em sua volta.


Sendo assim, me tiraram de dentro do carro e aguardamos o resgate chegar, logo que eles chegaram fui levada para o hospital regional da minha cidade, fiquei lá as primeiras horas após o acidente, mas logo precisei ser transferida para um hospital particular, pois o meu estado de saúde era gravíssimo e também precisava fazer uma cirurgia na coluna (fraturei a cervical C3 e C4) e não havia um suporte maior onde eu estava. 

Fui transferida e lá fiz minha cirurgia por volta de 20 dias após o acidente, mas o meu estado de saúde ainda era muito grave, desenvolvi uma forte pneumonia, só respirava com ajuda de aparelhos, estava com traqueostomia, me alimentava somente por sondas, e ainda abri uma lesão por pressão em minha cabeça, etc.. totalizando 50 dias somente na UTI, depois desse período fui para o quarto, totalizando 3 meses no hospital, nesse período passei a minha formatura, natal, réveillon no hospital.

Na imagem temos Bárbara deitada na cama
do hospital usando alguns aparelhos, e ao seu
lado uma mulher loira. As duas fazem pose
de beijinho para a foto.
 Passados esses tempos, ganhei alta e pude ir embora para casa, mas somente com uma equipe de atendimentos médicos em casa, chamado home care, pois havia tirado a sonda de alimentação, mas ainda respirava por aparelhos. Depois de 9 meses eu consegui tirar o aparelho respirador, e somente depois de 1 ano e 4 meses após o acidente eu consegui tirar a traqueostomia. 

Hoje, me encontro em casa ainda com a equipe chamada home care, pois preciso fazer fisioterapias todos os dias, mas respiro sozinha e também sem traqueostomia, estou fazendo tratamento de reabilitação de 3 em 3 meses em Goiânia.

Eu nunca imaginei que depois daquela noite do dia 08/10/2016 tudo em minha vida mudaria por uma imprudência de um motorista, mas também tenho uma pequena parcela de culpa por ter entrado naquele carro, sabendo que ele tinha ingerido álcool. Tudo em minha vida virou de ponta-cabeça, eu e toda minha família tivemos que nos adaptar com tudo isso, mas com a graça de Deus hoje eu estou ótima, apesar das minhas limitações eu nunca me revoltei por estar sem meus movimentos, pelo contrário, sou muito grata a Deus por estar viva depois de toda essa forte tempestade.

Ainda pretendo realizar os meus sonhos, um deles é me tornar psicóloga! E também dar muito orgulho para minha família, amigos e todas as pessoas que torceram e ainda torcem por mim!
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