Entrevistas
Conheça a história de amor de Cris e Wellington...
Venho aqui para contar um pouco da minha história de amor, me chamo Cristiane Cardoso tenho 25 anos e tenho hemiparesia (sequela de paralisia cerebral), com isso possuo baixa mobilidade do lado direito.
Meu príncipe se chama Wellington Santos, tem 35 anos e é paraplégico por acidente de carro.
Nossa história começou em 2005, quando eu fui participar de um projeto para adolescentes em uma associação para deficientes físicos em Niterói.
Mas eles foram aprendendo aos poucos com ele, que ele é uma pessoa maravilhosa, que namorar um cadeirante não é carregar um fardo na sua vida, ele é como qualquer outro homem, tem suas qualidades e seus defeitos, independente, inteligente, lindo, cavalheiro e tudo mais.
E o mais interessante é que hoje em dia ninguém da minha família vê ele diferente, tratam ele com igualdade e exatamente como deve ser.
Depois de alguns meses de namoro, fomos morar juntos e assim ficamos durante 8 anos.
Durante uma viajem de trabalho para Londres em 2012, fomos jantar em uma pizzaria italiana, à luz de velas com todo clima romântico; foi nesta noite que ele me fez mais um maravilhoso pedido, me pediu em casamento.
Ficamos noivos durante 1 ano, em 14 de setembro deste ano de 2013, nos casamos. Hoje estamos muito felizes graças a Deus, que ele continue abençoando nosso lar, nossas vidas e o nosso casamento.
E no dia do meu casamento todos só sabiam me cumprimentar por admirar o homem que ele é e que supriu todas expectativas que eu poderia ter.
A cadeira não é um acessório ou um obstáculo mas sim suas pernas.
A vida é feita de aprendizagens e temos que vive-la a cada dia de peito aberto para aprender novos valores, e livrar-nos dos nossos preconceitos.
E essa é a nossa história de amor...
Meu príncipe se chama Wellington Santos, tem 35 anos e é paraplégico por acidente de carro.
Nossa história começou em 2005, quando eu fui participar de um projeto para adolescentes em uma associação para deficientes físicos em Niterói.
Após algumas semanas fui enviada para fazer treinamento em um determinado setor e calhou dele ser o meu instrutor neste curso. Nossos olhares já haviam se cruzado algumas vezes, mas não demos tanta importância.
Depois de alguns meses, eu estava sentada no sofá do setor, fazendo de conta que estava lendo. Na verdade não estava prestando a mínima atenção, pois em minha frente estava ele trabalhando.
Meu nervosismo era visível, até que ele percebeu e me perguntou:
-Você está lendo? o livro está bom?
Eu respondi:
-Sim
E ele falou:
-Um dia você me ensina ler assim!
Naquele momento não entendi o porquê do comentário dele e perguntei:
-Ensiná-lo ler assim?
Ele respondeu:
-Assim, ler o livro de cabeça para baixo!
Eu fiquei super sem graça, não havia o que fazer, por que realmente minha atenção estava tão presa nele, em ficar olhando para ele, que não percebi que o livro estava de cabeça para baixo.
E assim foi todo o “gelo” que havia de ser quebrado entre nós, desde aquele momento em diante passamos a nos falar mais.
No dia 20 ou 21 de julho de 2005, no dia do amigo, ele me perguntou se ele poderia me dar um abraço e um beijo no rosto do dia da amizade. É claro que aceitei, recebi um abraço bem apertado e gostoso, mas na hora do beijo ele deu o primeiro, o segundo e no terceiro ele segurou o meu rosto e me deu um beijo na boca perante todos os nossos amigos!
Depois de alguns meses, eu estava sentada no sofá do setor, fazendo de conta que estava lendo. Na verdade não estava prestando a mínima atenção, pois em minha frente estava ele trabalhando.
Meu nervosismo era visível, até que ele percebeu e me perguntou:
-Você está lendo? o livro está bom?
Eu respondi:
-Sim
E ele falou:
-Um dia você me ensina ler assim!
Naquele momento não entendi o porquê do comentário dele e perguntei:
-Ensiná-lo ler assim?
Ele respondeu:
-Assim, ler o livro de cabeça para baixo!
Eu fiquei super sem graça, não havia o que fazer, por que realmente minha atenção estava tão presa nele, em ficar olhando para ele, que não percebi que o livro estava de cabeça para baixo.
E assim foi todo o “gelo” que havia de ser quebrado entre nós, desde aquele momento em diante passamos a nos falar mais.
No dia 20 ou 21 de julho de 2005, no dia do amigo, ele me perguntou se ele poderia me dar um abraço e um beijo no rosto do dia da amizade. É claro que aceitei, recebi um abraço bem apertado e gostoso, mas na hora do beijo ele deu o primeiro, o segundo e no terceiro ele segurou o meu rosto e me deu um beijo na boca perante todos os nossos amigos!
Fui para casa mas uma vez sem graça, já tinha passado de vermelha!
No dia seguinte, 22 de julho, ele me pediu em namoro.
No dia seguinte, 22 de julho, ele me pediu em namoro.
Por eu ser adolescente pedi tempo para pensar, mas ele foi literalmente direto e me deu o fim de semana para pensar e chegar na segunda-feira com uma resposta, de preferência um "sim".
E assim foi, passamos o fim de semana nos preparando para iniciar um relacionamento.
No primeiro momento confesso que tive medo, não sabia o que teria que fazer ou como iria ser. Apesar de já conhecê-lo, eu não sabia como era namorar uma pessoa na cadeira de rodas, mas fui de coração aberto para essa relação, pronta para aprender com ele, e foi isso que aconteceu.
Cada dia ao lado dele foi um grande aprendizagem, ele me mostrou que o mundo é feito de diferenças, e o mais importante é que aprendi á admira-lo pela pessoa maravilhosa, independente, auto sustentado que teve que aprender a se virar sozinho na vida sem ter que depender de ninguém, com o suor do seu trabalho mostrando que não é menos homem somente por esta em uma cadeira de rodas.
Quando contei para minha mãe que estava gostando de um cadeirante, não é que ela não tenha aceitado, mas estranhou um pouco e até me sacaneava que eu ia namorar um cadeirante, que eu era muito patricinha pra isso, por que na cabeça dela eu teria que cuidar dele etc...
Mas acredito que ela pensava assim não por preconceito, mas sim por falta de conhecimento. Porém assim que o conheceu se apaixonou pela pessoa e caráter dele. Meu irmão também o adorou desde o primeiro momento.
Meus familiares (tias, primos,primas, etc) que por mais que tentassem esconder, eu sentia um certo preconceito, não por mal também mas por acharem que por me relacionar com um cadeirante eu estava jogando minha vida fora; mesmo tendo eu (uma Pessoa com Deficiência na família), eles ainda tinham um pensamento fechado sobre esse assunto.
Alguns de minha família, achavam que eu tinha que ajudá-lo no banheiro, a tomar banho, pra comer. Achavam que era um filho grande que eu ia ter que carregar pro resto da minha vida, logo eu, uma Adolescente de 17 anos que sempre foi protegida e paparicada pela mãe.
E assim foi, passamos o fim de semana nos preparando para iniciar um relacionamento.
No primeiro momento confesso que tive medo, não sabia o que teria que fazer ou como iria ser. Apesar de já conhecê-lo, eu não sabia como era namorar uma pessoa na cadeira de rodas, mas fui de coração aberto para essa relação, pronta para aprender com ele, e foi isso que aconteceu.
Cada dia ao lado dele foi um grande aprendizagem, ele me mostrou que o mundo é feito de diferenças, e o mais importante é que aprendi á admira-lo pela pessoa maravilhosa, independente, auto sustentado que teve que aprender a se virar sozinho na vida sem ter que depender de ninguém, com o suor do seu trabalho mostrando que não é menos homem somente por esta em uma cadeira de rodas.
Quando contei para minha mãe que estava gostando de um cadeirante, não é que ela não tenha aceitado, mas estranhou um pouco e até me sacaneava que eu ia namorar um cadeirante, que eu era muito patricinha pra isso, por que na cabeça dela eu teria que cuidar dele etc...
Mas acredito que ela pensava assim não por preconceito, mas sim por falta de conhecimento. Porém assim que o conheceu se apaixonou pela pessoa e caráter dele. Meu irmão também o adorou desde o primeiro momento.
Meus familiares (tias, primos,primas, etc) que por mais que tentassem esconder, eu sentia um certo preconceito, não por mal também mas por acharem que por me relacionar com um cadeirante eu estava jogando minha vida fora; mesmo tendo eu (uma Pessoa com Deficiência na família), eles ainda tinham um pensamento fechado sobre esse assunto.
Alguns de minha família, achavam que eu tinha que ajudá-lo no banheiro, a tomar banho, pra comer. Achavam que era um filho grande que eu ia ter que carregar pro resto da minha vida, logo eu, uma Adolescente de 17 anos que sempre foi protegida e paparicada pela mãe.
Mas eles foram aprendendo aos poucos com ele, que ele é uma pessoa maravilhosa, que namorar um cadeirante não é carregar um fardo na sua vida, ele é como qualquer outro homem, tem suas qualidades e seus defeitos, independente, inteligente, lindo, cavalheiro e tudo mais.
E o mais interessante é que hoje em dia ninguém da minha família vê ele diferente, tratam ele com igualdade e exatamente como deve ser.
Depois de alguns meses de namoro, fomos morar juntos e assim ficamos durante 8 anos.
Durante uma viajem de trabalho para Londres em 2012, fomos jantar em uma pizzaria italiana, à luz de velas com todo clima romântico; foi nesta noite que ele me fez mais um maravilhoso pedido, me pediu em casamento.
Ficamos noivos durante 1 ano, em 14 de setembro deste ano de 2013, nos casamos. Hoje estamos muito felizes graças a Deus, que ele continue abençoando nosso lar, nossas vidas e o nosso casamento.
E no dia do meu casamento todos só sabiam me cumprimentar por admirar o homem que ele é e que supriu todas expectativas que eu poderia ter.
A cadeira não é um acessório ou um obstáculo mas sim suas pernas.
A vida é feita de aprendizagens e temos que vive-la a cada dia de peito aberto para aprender novos valores, e livrar-nos dos nossos preconceitos.
E essa é a nossa história de amor...
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