Ensino superior é para todos?

Com a lei Diretrizes e Bases da Educação Nacional que visa, a integração dos deficientes nas redes educações publicas e privadas, junto com a lei de cota que referi a contratação dos deficientes no mercado de trabalho, favorecem para temos uma profissão digna.

Alguns anos para cá, com esses direitos em prática as redes de ensino superior estão recebendo cada vez mais alunos com graus diferentes de dificuldades motora. Mas, será que as faculdades são preparadas para terem alunos com uma lesão mais grave? Eu, com paralisia cerebral severa, afirmo que não estão aptas para acolher aluno com uma lesão séria como a minha.

Todavia, grandes partes das redes de educação se encontram preparados para ter alunos menos comprometidos, ou seja, que tem mais independência, porque na parte arquitetônica é 80%. Mas, em outra parte de oferecer mais autonomia para o aluno é 0%. Eu só consegui uma boa adaptação só no dia do vestibular, no decorrer as aulas nenhuma assistência. Conseguir frequentar um ano e meio de jornalismo.

Entretanto, venho a perguntar o porquê a universidade me concedeu ajuda que necessitava apenas no vestibular? Segundo o regulamento do MEC é claro que todas as redes de ensinos são OBRIGADOS dá autonomia para que os alunos deficientes conseguirem estudar. Constituição Federal/1988, art. 205, “que garante a educação comi um direito de todos.”

Decreto n° 5.296/2004, que regulamenta as Leis 10.048/2000 e 10.098/2000, “estabelecendo normas gerais e critérios básicos para o atendimento prioritário e a acessibilidade de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.”
Meu amigo de trabalho Jony da Costa Naim, que tem paralisia cerebral e visão baixa, conta o que aconteceu com ele no vestibular.

Prestei vestibular em duas universidades. O primeiro deles foi logo ao fim de 2014 na universidade São Judas Tadeu, onde fui muito bem atendido, e recebi todos os recursos necessários para realizar minha prova.
Passei no vestibular, porém por conta da distância tive que optar pela universidade Uninove, onde desde o início não fui bem atendido, demoraram a me dar as respostas sobre recursos que havia solicitado.
Em fim depois de conversar por telefone aceitei uma ajuda por meio de um computador o que não aconteceu no dia da prova, por essa razão não a realizei, após passar pelo constrangimento de ter minha dificuldade visual questionada. Assinei o que pensei ser uma lista de chamada como foi me informado que era, porém tinha assinado a prova sem saber.
Após algumas tentativas, consegui uma segunda chamada, agora com um computador. Todavia, sem ter o direito de ver o que escrevi, foi ai que descobri que a primeira prova que realizei que não deviria constar, pois, não tive recursos para fazer de forma adequada tinha sido lançada no sistema de notas.
Com tudo tive a nota de uma prova que não fiz considerada, só o que consegui foi a terceira chance de prestar a prova, onde contei com recursos adequados.
O que gostaria de frisar é só quero estudar e isso é um direito que não me foi garantido, assim, como não é com varias outras pessoas então tá na hora de pensar a inclusão acontece de fato?”

Entramos em contato com algumas faculdades, para ouvi o que eles tinham dizer a esse espeito, mas todas responderam a mesma coisa, “a gente oferece os recursos necessários para o aluno e por candidato a vaga”. Será?

Conheço algumas pessoas com paralisia cerebral dos quais tiveram sucesso na faculdade, mas todos eles precisaram pagar uma auxiliar para fazer os serviços que eram a obrigação da universidade. Infelizmente, não são todos os deficientes que tem possibilidade de pagar um serviço que nós temos direito por lei.

Nós deficientes temos o direito e é nosso dever com cidadãos irmos atrás dos nossos espaços na sociedade.

Se você tiver reclamação da sua faculdade denúncia para o MEC, pelo número 0800-616161. Eles encaminham ao Ministério público.
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