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Reabilitação
Menino emociona ao entrar no casamento de fisioterapeuta que o auxiliou a andar.
Quando a fisioterapeuta Eduarda Borghezan, de 25 anos, e o Davi, de seis anos, iniciaram o protocolo com o equipamento PediaSuit, na APAE de Orleans,
em janeiro deste ano, não imaginavam que protagonizariam uma história
tão emocionante. O pequeno fazia fisioterapia desde um ano e seis meses,
mas, mesmo assim, ficava apenas sentado. Tudo mudou desde então e, em
apenas seis meses, ele já conseguia andar com o auxílio de um andador.
No início, Davi apresentou resistência e não tinha autoconfiança,
repetindo sempre que não conseguiria. Entretanto, após acompanhamento
com demais profissionais da APAE, incluindo psicológico, a perspectiva
começou a mudar. Foi aí que a ideia surgiu. Uma semana antes de iniciar a
terapia intensiva, a profissional e o noivo, Antonio Bianco, de 32 anos, haviam marcado a data do casamento, realizado no último sábado, dia 2 de julho.
“Ele progrediu muito rápido. Pensei então em convidá-lo para ser
pajem do casamento. Eu comentei com o Antonio e com a Scheila, mãe do
Davi, e eles concordaram. Nós não imaginávamos que teria essa
repercussão. Deixamos para contar para ele apenas um mês antes da data,
para que ele não ficasse muito ansioso. Neste tempo, fomos treinando
para o dia e ele se dedicou bastante e fez bonito", contou.
O vídeo do momento foi postado no Facebook pelo presidente da APAE de Orleans, Lorenço Ascari Junior,
e não demorou muito para que viralizasse. “Demonstrando grande
gratidão, entrou na igreja para entregar uma rosa ao seu anjo,
emocionando todos os presentes, que não seguraram as lágrimas”,
descreveu a cena. Já Eduarda descreve o momento com uma palavra. “A
sensação foi de realização, por poder ajuda-lo a caminhar, que era o que
ele e a família queriam”, disse.
Dessa forma, ambos construíram uma relação que vai além muito além da
comumente vista entre fisioterapeutas e pacientes. “Como nós passamos
muito tempo juntos, fui criando uma ligação com ele", disse Eduarda. "É
que é impossível não se apaixonar pelo Davi", acrescentou Antonio. De
acordo com a mãe do menino, Scheila de Sousa Marcos, de
34 anos, o diagnóstico dele é paralisia cerebral. O pequeno, contudo,
não possui nenhuma deficiência intelectual, apenas atraso no
desenvolvimento motor.
“Quando soube que ele estava caminhando, foi um momento de muita
emoção. Nós sabíamos que ele iria andar, mas não imaginávamos que seria
tão rápido. Quando eu vi, foi muito emocionante, eu nem acreditava”,
relembrou a mãe. Contudo, a evolução e os desafios não param por aí. “O
próximo passo é ele conseguir andar sem o auxílio do andador. Para
estimulá-lo a evoluir sempre, propomos outro desafio para ele. Ele irá
participar do desfile cívico no dia 7 de setembro, ao lado do Lorenço”,
planejou.
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