Entrevistas
Conheça Paulinha!
Quero apresentar a vocês, minha amiga gaúchinha Paulinha! Uma mulher incrível, alto astral, linda e apaixonada de mais...Uma pessoa que adorei ter conhecido, mesmo sendo pela net, veja a entrevista dela:
Qual seu nome e sua idade?
Paula Daniela de Souza Oliveira e tenho 30 anos.
Solteira/ casada/ separada? Já namorou/casou?
Namorando
Tem filhos?
Não
Você estuda ou trabalha?
Não trabalho e terminei o ensino médio a 12 anos
O que mais gosta em você? E o que não gosta em você? (pode ser alguma parte do corpo ou outra coisa)
Dos meus olhos, boca, gosto de fazer os outros rirem das minhas bobagens que falo
Qual sua música preferida?
Tem tantas, mas citarei uma q sempre quando ouço choro, essa música é marcante para mim, Pitty – Na Sua Estante
Qual sua cor preferida?
Azul
Qual sua frase preferida?
Tem uma frase da música dos Pimentas do Reino q diz assim:
Eu sei o segredo de vc se apaixonar, acho linda
O que mais gosta de fazer?
Ler, escutar músicas, ver filmes, rir, passear, ir a casa de amigos, namorar e beijar na boca kkk
Se fosse pra escolher uma pessoa que você gostaria de ser, quem seria?
O meu mano
Em algumas palavras conte sua história:
Bom, quando eu era pequena em torno de 6 meses como toda a criança fiquei doente, com isso minha mãe me levou ao médico e lá por descuido do médico ele me deu remédio errado (ao invés de ser infantil deram de adulto)
Com isso fui direto a UTI, pois lá me deu a desnutrição em terceiro grau (por isso a paralisia cerebral), fiquei na UTI por meses, a cada dia piorando, teve uma noite que a minha família já estava esperando a minha morte, fiquei menor que um travesseiro de bebê, ate que um dos médicos mais conceituados da minha cidade falou que ia cuidar de mim, só q eu tinha que ir ao hospital em q ele trabalhava.
Me levando lá começaram a me dar comida, com isso comecei aos poucos melhorar, comecei a criar carne, corpo. Saindo do hospital foi aonde tudo começou: meus músculos de todo o corpo se enrijeceram que chegou ao ponto que eu ligava e desligava a luz não com o dedo e sim com a cabeça
Fiquei 17 anos de minha vida cadeirante, não me aceitava e não entendia como as outras pessoas podiam se aceitar com o mesmo problema que eu.
Namorar? O que era isso? Beijo na boca? Nunca. Pensava assim. Se acontecer de alguém gostar de mim a pessoa não tinha que ser deficiente física, pois já tinha eu para que ter dois?
Dias antes de completar 17 anos conheci um professor de fisioterapia que me disse o seguinte:
Paula, não posso continuar o meu trabalho se vc não se operar (estenção das pernas), me operei dia 14 de outubro de 1997, um dia emocionante para mim e para a minha família pois seria um começo de uma vida que eu desconhecia, iria explorar
A operação durou 4 horas, tudo ocorreu bem, quando vi minhas pernas estendidas não acreditava no que estava vendo, era um sonho que eu tinha realizado.
No dia 17 de outubro de 1997 foi o dia mais emocionante de minha vida, iria ficar de pé, andar, chorei muito e fiz minha família também chorar, mas era um choro de alegria, depois de uma semana mais ou menos internada fui para casa, iria me readaptar na minha nova situação.
Confesso que nesses primeiros anos fiquei meia baseada, não queria fazer nada para mim melhorar, até porque como já falei antes não me aceitava e porque eu iria fazer as coisas se não gostava de mim mesma?
Anos passaram e quando tinha 28 anos que explodiu tudo dentro de mim.
Fiquei com depressão ao ponto de não sair mais da cama, não querer mais comer, só pensava em morrer, não importando como, mais era o eu mais queria no momento.
Comecei a ir no psicólogo, porque não agüentava mais o jeito que eu estava, melhorei um pouco, comecei a gostar de mim, me aceitar, com isso entrei em todo de coisas na net de pessoas deficientes físicos, vi q o meu caso não era nada em comparação aos outros que eu não era a única deficiente física a existir no mundo
A 1 ano atrás comecei a fazer hidro mas parei esse ano porque eu vi q os professores são bons mas não são treinados a fazer hidro em pessoas especiais como eu
To fazendo agora fisioterapia e eu estou progredindo, agora quero fazer coisas q deixei de fazer no passado, sou uma outra pessoa.
E é isso a minha historia
Qual situação mais difícil ou constrangedora que você passou ou passa, por ser cadeirante?
A anos atrás a mãe tentando me matricular nas escolas e tinha umas que não aceitavam pessoas especiais como eu
O que você não aceita que as pessoas cometem com você, devido a sua necessidade especial?
Dizer que não posso sem ao menos tentar
Como você espera que as pessoas “andantes” haja quando se depara com alguém especial como nós cadeirantes?
Que nos aceite e respeitem nossas capacidades
Coloque a boca no trombone deixando seu recado para quem quiser:
Não quero aqui choramingar, por ser deficiente físico, pois essa situação é irreversível, quero sim repudiar o preço que pagamos por ser diferente.
Como todos sabem necessitamos de equipamentos especiais para locomoção, pois bem se o deficiente usa tal equipamento é por pura necessidade, para ter um pouco de dignidade, em seu dia a dia. É lamentável que ainda tenham empresas que superfatura a mão de obras para trocar certas peças de nossos equipamentos, não sabemos, se o fato de necessitarmos por questão de sobrevivência esses equipamentos remete as empresas como nós sendo bem financeiramente.
Na verdade, para ser deficiente físico no Brasil é realmente um artigo de luxo. As grifes famosas não estão nem aí para produzir roupas. Tenho plena certeza que essa sacanagem que estão fazendo conosco é fruto de uma sociedade mesquinha, não inclusiva que faz para os considerados normais seus produtos consumíveis e para os portadores de deficiências físicas tem que ser adaptados, por isso cobrando preços abusivos.
Para aqueles que não se aceitam digo o seguinte: Não adianta a nada, não leva a nada a pessoa ficar chorando e se lamentando por tudo que aconteceu com ela, até porque a maioria dos causos não foi a culpa da pessoa
Falo isso porque fiquei 28 anos de minha vida assim até que uma hora explodiu tudo.
Hoje já me aceitando quero fazer tudo o que não fiz antes, porque estava chorando.
O que você Ama?
Minha família, meus amigos e meu amor.
O que você odeia?
Falsidade e mentira
O que você tem medo?
De perder as pessoas que amo
Um mania?
Muitasssssss kkkkk
Sou maniatica, mas citarei algumas: comer a comida e só depois beber o líquido que tiver (água, suco ou refri), não abro nenhum pacote de ponta cabeça, enfim são muitos kkk
Família pra você é?
Meu porto seguro
O Que você adora comprar?
Xícaras colorias e de todos os tamanhos e estampas, pratos, gloss, creme, saias, lápis para o olho
O que você não deveria, mas gosta de comer?
Olha, tem um monte de coisas que não deveria comer kkk
Mas citarei alguns: chocolates, sorvetes, pizzas, cachorros quente, Xiz
Um sonho?
Formar a minha família com meu esposo e ter filhos com ele, e ficar um pouco mais independente.
Qual seu nome e sua idade?
Paula Daniela de Souza Oliveira e tenho 30 anos.
Solteira/ casada/ separada? Já namorou/casou?
Namorando
Tem filhos?
Não
Você estuda ou trabalha?
Não trabalho e terminei o ensino médio a 12 anos
O que mais gosta em você? E o que não gosta em você? (pode ser alguma parte do corpo ou outra coisa)
Dos meus olhos, boca, gosto de fazer os outros rirem das minhas bobagens que falo
Qual sua música preferida?
Tem tantas, mas citarei uma q sempre quando ouço choro, essa música é marcante para mim, Pitty – Na Sua Estante
Qual sua cor preferida?
Azul
Qual sua frase preferida?
Tem uma frase da música dos Pimentas do Reino q diz assim:
Eu sei o segredo de vc se apaixonar, acho linda
O que mais gosta de fazer?
Ler, escutar músicas, ver filmes, rir, passear, ir a casa de amigos, namorar e beijar na boca kkk
Se fosse pra escolher uma pessoa que você gostaria de ser, quem seria?
O meu mano
Em algumas palavras conte sua história:
Bom, quando eu era pequena em torno de 6 meses como toda a criança fiquei doente, com isso minha mãe me levou ao médico e lá por descuido do médico ele me deu remédio errado (ao invés de ser infantil deram de adulto)
Com isso fui direto a UTI, pois lá me deu a desnutrição em terceiro grau (por isso a paralisia cerebral), fiquei na UTI por meses, a cada dia piorando, teve uma noite que a minha família já estava esperando a minha morte, fiquei menor que um travesseiro de bebê, ate que um dos médicos mais conceituados da minha cidade falou que ia cuidar de mim, só q eu tinha que ir ao hospital em q ele trabalhava.
Me levando lá começaram a me dar comida, com isso comecei aos poucos melhorar, comecei a criar carne, corpo. Saindo do hospital foi aonde tudo começou: meus músculos de todo o corpo se enrijeceram que chegou ao ponto que eu ligava e desligava a luz não com o dedo e sim com a cabeça
Fiquei 17 anos de minha vida cadeirante, não me aceitava e não entendia como as outras pessoas podiam se aceitar com o mesmo problema que eu.
Namorar? O que era isso? Beijo na boca? Nunca. Pensava assim. Se acontecer de alguém gostar de mim a pessoa não tinha que ser deficiente física, pois já tinha eu para que ter dois?
Dias antes de completar 17 anos conheci um professor de fisioterapia que me disse o seguinte:
Paula, não posso continuar o meu trabalho se vc não se operar (estenção das pernas), me operei dia 14 de outubro de 1997, um dia emocionante para mim e para a minha família pois seria um começo de uma vida que eu desconhecia, iria explorar
A operação durou 4 horas, tudo ocorreu bem, quando vi minhas pernas estendidas não acreditava no que estava vendo, era um sonho que eu tinha realizado.
No dia 17 de outubro de 1997 foi o dia mais emocionante de minha vida, iria ficar de pé, andar, chorei muito e fiz minha família também chorar, mas era um choro de alegria, depois de uma semana mais ou menos internada fui para casa, iria me readaptar na minha nova situação.
Confesso que nesses primeiros anos fiquei meia baseada, não queria fazer nada para mim melhorar, até porque como já falei antes não me aceitava e porque eu iria fazer as coisas se não gostava de mim mesma?
Anos passaram e quando tinha 28 anos que explodiu tudo dentro de mim.
Fiquei com depressão ao ponto de não sair mais da cama, não querer mais comer, só pensava em morrer, não importando como, mais era o eu mais queria no momento.
Comecei a ir no psicólogo, porque não agüentava mais o jeito que eu estava, melhorei um pouco, comecei a gostar de mim, me aceitar, com isso entrei em todo de coisas na net de pessoas deficientes físicos, vi q o meu caso não era nada em comparação aos outros que eu não era a única deficiente física a existir no mundo
A 1 ano atrás comecei a fazer hidro mas parei esse ano porque eu vi q os professores são bons mas não são treinados a fazer hidro em pessoas especiais como eu
To fazendo agora fisioterapia e eu estou progredindo, agora quero fazer coisas q deixei de fazer no passado, sou uma outra pessoa.
E é isso a minha historia
Qual situação mais difícil ou constrangedora que você passou ou passa, por ser cadeirante?
A anos atrás a mãe tentando me matricular nas escolas e tinha umas que não aceitavam pessoas especiais como eu
O que você não aceita que as pessoas cometem com você, devido a sua necessidade especial?
Dizer que não posso sem ao menos tentar
Como você espera que as pessoas “andantes” haja quando se depara com alguém especial como nós cadeirantes?
Que nos aceite e respeitem nossas capacidades
Coloque a boca no trombone deixando seu recado para quem quiser:
Não quero aqui choramingar, por ser deficiente físico, pois essa situação é irreversível, quero sim repudiar o preço que pagamos por ser diferente.
Como todos sabem necessitamos de equipamentos especiais para locomoção, pois bem se o deficiente usa tal equipamento é por pura necessidade, para ter um pouco de dignidade, em seu dia a dia. É lamentável que ainda tenham empresas que superfatura a mão de obras para trocar certas peças de nossos equipamentos, não sabemos, se o fato de necessitarmos por questão de sobrevivência esses equipamentos remete as empresas como nós sendo bem financeiramente.
Na verdade, para ser deficiente físico no Brasil é realmente um artigo de luxo. As grifes famosas não estão nem aí para produzir roupas. Tenho plena certeza que essa sacanagem que estão fazendo conosco é fruto de uma sociedade mesquinha, não inclusiva que faz para os considerados normais seus produtos consumíveis e para os portadores de deficiências físicas tem que ser adaptados, por isso cobrando preços abusivos.
Para aqueles que não se aceitam digo o seguinte: Não adianta a nada, não leva a nada a pessoa ficar chorando e se lamentando por tudo que aconteceu com ela, até porque a maioria dos causos não foi a culpa da pessoa
Falo isso porque fiquei 28 anos de minha vida assim até que uma hora explodiu tudo.
Hoje já me aceitando quero fazer tudo o que não fiz antes, porque estava chorando.
O que você Ama?
Minha família, meus amigos e meu amor.
O que você odeia?
Falsidade e mentira
O que você tem medo?
De perder as pessoas que amo
Um mania?
Muitasssssss kkkkk
Sou maniatica, mas citarei algumas: comer a comida e só depois beber o líquido que tiver (água, suco ou refri), não abro nenhum pacote de ponta cabeça, enfim são muitos kkk
Família pra você é?
Meu porto seguro
O Que você adora comprar?
Xícaras colorias e de todos os tamanhos e estampas, pratos, gloss, creme, saias, lápis para o olho
O que você não deveria, mas gosta de comer?
Olha, tem um monte de coisas que não deveria comer kkk
Mas citarei alguns: chocolates, sorvetes, pizzas, cachorros quente, Xiz
Um sonho?
Formar a minha família com meu esposo e ter filhos com ele, e ficar um pouco mais independente.
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