Policiais cadeirantes voltam a atirar em ação para valorizar os profissionais



O policial militar André Rios, de 39 anos, foi atingido, em 2004, por cinco disparos numa tentativa de assalto na Vila da Penha, Zona Norte do Rio, e ficou paraplégico e passou os últimos 13 anos sem atirar. Mas no último sábado, ele participou de uma instrução de tiro adaptado promovida pelo Instituto Mudando o Final, ONG que, desde dezembro de 2015, trabalha pela valorização dos profissionais de segurança pública.


As aulas foram dadas no estande de tiro do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças, no Jardim Sulacap, Zona Oeste do Rio. Os dez alunos cadeirantes — nove policiais militares e um policial civil — receberam, por exemplo, orientações da melhor postura para atirar, de como esconder a arma na cadeira de rodas e de como ter uma melhor precisão no tiro.

" Retiraram um prazer que eu tinha, que era atirar. A adrenalina de ser reinserido nesse ambiente é muito boa. É motivador, alivia o estresse", comenta André, que acertou no alvo todos os 50 disparos que fez e agora planeja praticar tiro esportivo.

" Observei que em alguns países desenvolvidos da Europa e nos Estados Unidos, soldados que voltavam de guerras lesionados ou amputados não eram deixados de lado, eram incluídos na corporação de forma adaptada. Resolvi estudar a técnica para repassá-la e ajudar a devolver a autoconfiança e a autoestima dos nossos policiais cadeirantes", conta Wesley Santos, inspetor penitenciário e instrutor de tiro formado pela Policia Militar.

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