Voleibol Sentado



Em 1956, na Holanda, houve a fusão do voleibol convencional e o sitzbal, esporte alemão que não tem a rede, praticado por pessoas com mobilidade limitada e jogam sentadas, resultando no voleibol sentado. Na modalidade, podem competir amputados, paralisados cerebrais, lesionados na coluna vertebral e pessoas com outros tipos de deficiência locomotora.

Na Paraolimpíada de Toronto (1976), o voleibol sentado teve jogos de exibição. Quatro anos depois, o esporte coletivo foi incluído no programa de competições dos Jogos Paralímpicos de Arnhem, na Holanda, com a participação de sete seleções. Desde 1993, existem campeonatos mundiais masculino e feminino da modalidade. Até Sydney (2000), o voleibol paralímpico era dividido entre a categoria sentada e em pé. A partir de Atenas, por decisão do Comitê Paralímpico Internacional (IPC) passaram a ocorrer disputas somente com atletas sentados. As mulheres participaram da competição pela primeira vez em Atenas. O Brasil estreou na disputa em Beijing (2008).

No voleibol sentado, competem atletas amputados, principalmente de membros inferiores (muitos são vítimas de acidentes de trânsito) e pessoas com outros tipos de deficiência locomotora (sequelas de poliomielite, por exemplo). Em relação ao convencional a quadra é menor, com dez por seis metros, e a altura da rede é inferior à da modalidade, com 1,15m do solo no masculino e 1,05m para o feminino. Os atletas jogam sentados na quadra. No voleibol paralímpico, o saque pode ser bloqueado.

A quadra se divide em zonas de ataque e defesa. É permitido o contato das pernas de jogadores de um time com os do outro, porém as mesmas não podem atrapalhar o jogo do adversário. O contato com o chão deve ser mantido em toda e qualquer ação, sendo permitido perdê-lo somente nos deslocamentos. Cada jogo é decidido em melhor de cinco sets, vencendo o time que marcar 25 pontos no set. Em caso de empate, ganha o primeiro que abrir dois pontos de vantagem. Há ainda o tie breakde 15 pontos.

O voleibol paralímpico é organizado internacionalmente pela Organização Mundial de Voleibol para Deficientes (WOVD). No Brasil, a modalidade é administrada pela Associação Brasileira de Voleibol Paralímpico (ABVP).

Classificação
O sistema de classificação funcional do voleibol é dividido, portanto, entre amputados e les autres. Para amputados, são nove classes básicas baseadas nos seguintes códigos:
AK – Acima ou através da articulação do joelho (above knee)
BK – Abaixo do joelho, mas através ou acima da articulação tálus-calcanear (below knee)
AE – Acima ou através da articulação do cotovelo (above elbow)
BE – Abaixo do cotovelo, mas através ou acima da articulação do pulso (below elbow)
Classe A1 = Duplo AK
Classe A2 = AK Simples
Classe A3 = Duplo BK
Classe A4 = BK Simples
Classe A5 = Duplo AE
Classe A6 = AE Simples
Classe A7 = Duplo BE
Classe A8 = BE Simples
Classe A9 = Amputações combinadas de membros inferiores e superiores
Em les autres são enquadradas pessoas com alguma deficiência locomotora. Atletas pertencentes a categorias de amputados, paralisados cerebrais ou afetados na medula espinhal (paratetra-pólio) podem participar de alguns eventos pela classificação les autres.

Fonte: CPB

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