Lizi e Mauro



Liziane...
Me chamo Liziane Constantino, namoro Mauro a 8 meses, tenho dois irmão cadeirantes que freqüentam uma associação para lesados medulares LEME.

Em uma festa de encerramento da LEME, conheci meu namorado, ele já era presidente da associação e já tinha ouvido falar bastante dele, quando cheguei fui apresentada aos amigos da Carol , minha irmã, entre eles o Mauro, logo começou a conversar comigo e percebi que era bastante tímido, muito querido e atencioso conseguimos manter uma conversa legal e agradável, de cara já simpatizei muito com ele e passei a admirá-lo.

Gostei muito daquele lugar e das pessoas que freqüentavam, pessoas felizes, alta astral, brincalhonas e muito queridas, um lugar onde você enxerga as coisas de maneira diferente e vê que seus problemas na verdade não são problemas, vendo todos encarando a vida de maneira mais leve apesar das dificuldades e limitações.

Logo fiz amizade e passamos a freqüentar os treinos do time de basquete da LEME, e claro lá sempre estava meu Maurinho, logo soube que ele chamava meus irmãos de cunhados e vi que havia um interesse por traz de toda a timidez, sempre que acabavam os treinos achava que poderíamos conversar mas ele logo ia para casa. 

Começamos então a conversar por uma rede social, ali podíamos manter um diálogo mais reservado, sem ninguém por perto, e ali ele falava as coisas que tinha vergonha de falar pessoalmente.

Sentia que ele era muito inseguro em relação as suas limitações, mas eu já entendia e sabia tudo que se passava e como as coisas funcionavam, isso jamais foi um obstáculo para mim, admirava tanto e gostava tanto de estar com ele, suas qualidades falavam muito mais alto, e como sempre falo, ás vezes até esqueço que tem uma cadeira de rodas, vejo ele como um homem com todas as qualidades que sempre procurei é exatamente isso que vejo.


Aos poucos a amizade e admiração começaram a se transformar em algo diferente dentro de mim, logo comecei a notar que sentia algo muito diferente pelo Mauro, percebi que era amor, não conseguia mais ficar sem falar com ele, sem ver ele, sem saber como ele estava etc...

As coisas foram de certa forma saindo do controle, saímos para jantar em uma quinta-feira, aconteceu então o primeiro beijo, o que senti naquele momento foi algo inexplicável, um sentimento tomou conta de mim, e na hora pensei “Quero esse homem pra mim, quero ser dele também, fomos feitos um para o outro”.

Me sentia leve, e feliz como nunca na vida havia me sentido, sentia que havia feito a coisa certa e que pela primeira vez na vida eu estava sentindo o gosto do AMOR.

Neste tempo em que estamos juntos ele me faz feliz a cada dia, poder conviver com uma pessoa que além de amar se pode admirar não tem preço, me espelho nele todos os dias e tento ser cada vez melhor.

Mauro é uma pessoa incrível enche minha vida de amor, alegria, felicidade é o homem que eu sempre sonhei ter ao meu lado, meu porto seguro, meu aconchego. Ao seu lado me sinto segura, desde o dia que ficamos juntos e ter ido viver esse amor.

Poderia dizer que somos um casal normal como qualquer outro, mas na verdade não somos não, temos muito amor, companheirismo, admiração e vontade de estarmos juntos, amo esse homem com todas as minhas forças e peço a Deus que nos ilumine e proteja sempre, que nos conceda a eternidade para ficarmos juntos, pois uma vida é muito pouco pra viver todo esse amor.



Mauro...
Meu nome é Mauro Klein, tenho 40 anos, sou paraplégico há 13 anos. Estou namorando há 08 meses com Liziane Constantino que tem 29 anos. 


Conheci minha namorada na Leme, Associação dos Lesados Medulares do RS, na qual sou fundador e atual presidente., num final de ano na festa de encerramento da Leme. Ela veio para a festa de encerramento com sua irmã Carolini Constantino, que também é cadeirante. 

Quando vi aquela loira, já me interessei, puxei conversa, com muita vergonha, mas conseguimos conversar por um bom tempo. Depois daquele dia, de brincadeira, comecei a chamar a irmã dela de cunhada, o irmão de cunhado e a mãe dela de sogra, sem saber que quase um ano depois estaríamos juntos.

Quando nos encontrávamos nos treinos de basquete, que ela ia com a Carol, trocávamos poucas palavras, eu tinha muita vergonha, e sempre ia logo embora depois dos treinos. Quando começamos conversar com mais intimidade, tive muito medo de falar sobre minhas dificuldades e limitações, com medo que ela desistisse de mim. Eu fazia rodeios, tentava falar e não conseguia, até que um dia ela me disse, eu sei tudo de ti, e quero ficar contigo mesmo assim. 

A partir desse dia, comecei a falar tudo que realmente queria e não conseguia. Depois que começamos a namorar, vi que tudo era bobagem minha, ela sabia lidar com as situações melhor que eu. 

Hoje posso dizer que vivo intensamente esse namoro e que amo muito minha namorada. Temos uma social muito legal, temos momentos nossos, momentos com nossos amigos, viajamos, vamos ao cinema, namoramos e hoje vi que minhas limitações não atrapalham em nada. Agradeço todos os dias a Deus por ter conhecido a Lizi o amor da minha vida.

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