Conheçam a Mônica Santos! - PARALIMPÍADAS RIO 2016 Modalidade:Esgrima sobre Rodas



Cadeirante há 14 anos, a atleta paralímpica de esgrima Mônica Santos tem muito o que comemorar. Isto mesmo! Sem tempo para se queixar da vida, ela treina mais de oito horas por dia no Clube União em Porto Alegre.

Natural de Santo Antônio da Patrulha, no Rio Grande do Sul,  Mônica é a primeira e única mulher a representar o Brasil na esgrima em cadeira de rodas nas Paralimíadas Rio 2016. “Estou bem feliz”, comemora sorrindo.

Com mais de 30 medalhas conquistadas em campeonatos nacionais e internacionais, Mônica não se arrepende da escolha que fez quando descobriu que estava grávida: “Simplesmente acordei um dia e não consegui andar.  Quando estava com quatro meses de gestação eu tive o diagnóstico de angioma medular. Os médicos queriam que eu interrompesse a gravidez para poder me operar eu decidi ter a minha filha”, comenta.

Quando Paolla, hoje com 13 anos, estava com um mês de vida a atleta resolveu realizar a cirurgia. “Não consegui reverter a minha lesão e permaneci paraplégica, mas poderia ter ficado vegetativa”, explica, sem se lamentar. “Eu nasci de novo porque não tinha chances de sair bem da cirurgia. Minha filha nasceu com saúde e eu pude amamentá-la  até os dois meses e depois disso comecei a dar leite para ela”, avalia.

Aliás, o consumo de leite é parte fundamental da dieta da atleta que precisa ingerir cálcio para se manter apta para continuar competindo. “Como estou na cadeira e eu faço muito exercício preciso do cálcio do leite para evitar lesões da cintura para baixo e não ter osteoporose”, ensina. “Tomo muito achocolatado no meu dia a dia para me manter forte e bem nutrida”.

E não é para menos! Mônica tem uma rotina corrida, treina o dia inteiro, faz o serviço doméstico e ainda vem dirigindo todos os dias de Santo Antônio da Patrulha para treinar em Porto Alegre. “Levo cerca de 1h15min para ir e mais 1h15min para voltar e por isto tenho um custo mensal de 2 mil reais de combustível. Ainda bem que tenho o apoio da Triunfo Concepa que me isenta do pedágio”, comemora. Mas Mônica precisa de mais apoiadores. “Estou aberta para receber patrocínio para continuar competindo”, explica.

Representando a seleção brasileira de atletas paralímpicos há quatro anos, Mônica se sente orgulhosa de tudo que conquistou. “Do jeito que está o país politicamente é uma forma de mostrar que existem pessoas boas. Me sinto orgulhosa de poder representar não só a minha cidade que é Santo Antônio da Patrulha, mas o Estado do Rio Grande do Sul e o Brasil nas paralimpíadas”.






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