Psicóloga faz lista com oito medidas para promover a inclusão nas empresas.
No caso da contratação de pessoas com deficiência, para atingir um bom nível de igualdade e saber como proporcionar uma experiência na qual o funcionário e a empresa sejam beneficiados, existem algumas medidas que devem ser adotadas.
Pensando nesse processo, a psicóloga Tânia Bueno, que atua há mais de 20 anos na área sócio-educacional, criou uma lista de providências para incluir, de forma genuína, a pessoa com deficiência. “Essas pessoas têm de fazer parte do time, contribuir profissionalmente com a organização e serem respeitadas como ser humano com potencial, ainda que tenham algumas limitações inerentes à deficiência”, diz a especialista.
Acompanhe a lista:
– Assumir a inclusão como valor corporativo
– Mudar a visão da questão, ou seja, transferir o foco da deficiência para as potencialidades da pessoa com deficiência
– Diluir preconceitos abertos e velados
– Sensibilizar e compartilhar responsabilidades no recrutamento, acolhimento, integração, desenvolvimento e movimentação na empresa
– Abrir espaços adequados em toda a empresa
– Investir em adaptações ambientais
– Flexibilizar processos e procedimentos
– Predispor-se favoravelmente para receber, contratar, apoiar e desenvolver
“Quando falamos de inclusão social nas empresas, é preciso também oferecer as condições adequadas para acolher as especificidades de todos. Muito mais do que cumprir leis, a inclusão de profissionais com deficiência deve resultar em mudanças de conceitos e no modo de ver o mundo”, explica a psicóloga.
“Para incluir, é preciso considerar a estruturação do processo sistemático de atenção, o acompanhamento e o desenvolvimento das pessoas com deficiência contratadas, para promover a movimentação no sistema de carreira da empresa. A empresa deve se preparar para a ampliação das oportunidades e ter foco nas potencialidades, mas cobrar resultados, porque é saudável todos terem metas a serem cumpridas dentro da organização”, defende Tânia Bueno.
A psicóloga ressalta que paternalismo e superproteção prejudicam o desenvolvimento pessoal e profissional de qualquer indivíduo. “A diferença entre as pessoas é o que menos importa. É fundamental estar inserido em um grupo que aceita cada individuo da forma como ele é, com suas competências e limitações, mas tendo os mesmos direitos e recebendo as mesmas oportunidades diante da vida”.
Fonte: Estadão
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