Simplesmente acontece! - Conto Erótico



Quando a gente é adulta o tempo passa muito mais rápido, acredito que é por termos muitos compromissos e com isso acaba sobrando pouco tempo para pensar futilidades, como por exemplo: festas, jantinhas com amigas, homens, sexo...

Ok, pra quem eu quero mentir? Realmente eu estava "atulhada" de compromissos mas quando eu me deitava era em homens e sexo que eu pensava. É bem estranho, mas minha amiga sempre dizia que o corpo dela pedia por sexo e nesses últimos dias eu estava entendendo perfeitamente o que era isso.


Fazia tempo que eu tinha transado pela última vez, na realidade posso até dizer que fazia anos que eu não tinha uma relação sexual com prazer, até porque logo depois do acidente tudo mudou e até tentei algumas vezes, mas de tanta frustração eu decidi desistir e deixar a sexualidade de lado e foquei apenas no meu futuro, carreira e tudo mais.


Mas hoje, depois de ter me formado e ter me estabilizado profissionalmente e financeiramente, acho que chegou o momento de pensar mais em mim e nessa vontade doida que vinha me consumindo. Estava na hora de experimentar e conhecer melhor a minha nova sexualidade.


Depois de alguns dias pensando nisso, fiquei meio decepcionada com os "crush's" dos aplicativos que queriam só conversar pela internet (sexo virtual) e sempre arrumavam desculpas quando eu os convidava pra sair.  Conversei com muitos e só acabei conseguindo sair com um e nesse encontro me senti péssima por não ter rolado nem um beijo, achei que ele não tinha gostado de mim, mas na verdade foi eu que não tentei nada porque logo de cara percebi o quanto ele era narcisista egoísta que só falava dele e de suas ex... Fiquei tão de "saco cheio" ao ponto de tirar os app's do meu celular e aceitar que eu não levava jeito pra isso.


Até que depois de duas semanas, quando eu estava conversando com uma amiga na calçada, se aproximou um rapaz para dar um convite de uma peça de teatro que estrearia naquela noite. Algo nele me chamou atenção, e eu não sabia o que era, mas devo ter feito até uma cara de idiota quando ele falava com a gente... Fiquei tão instigada que naquela noite fui até o teatro só para encontrá-lo, e deu certo.


Deu mais do que certo, pois ele que me dirigiu até o local reservado aos cadeirantes e ali ficou conversando comigo por alguns minutos até que a peça começou e ele saiu... Quando estava na metade da peça, ele apareceu de novo e sentou ao meu lado, distância perfeita para eu sentir levemente o cheiro dele (sim, era o cheiro dele e não perfume) e poder observar as mãos dele só com o canto dos olhos. Fiquei admirando-o sem me preocupar em ser notada porque estava escuro e com certeza ele não ia perceber que eu estava olhando pra ele, especialmente para seu antebraço com alguns pelo escuro e suas mãos com as unhas um pouco roídas... 


Tive certeza que eram roídas pois ele levou a mão até a boca e acabei seguindo seu movimento com os olhos e dessa vez ele percebeu, até deu um sorrisinho pra mim. Aproveitei que estavam tendo aquele tipo de comunicação, dei um tapa de leve em sua mão e gesticulei "é feio roer unha!"... Eu nem achava feio realmente, eu só queria ter algum contado físico com ele mesmo que fosse rápido. Ele tirou a mão da boca e secou o dedo babado em sua própria calça. 

-Eu sei que é feio, minha mãe sempre me xinga... Você não "come unha"?

-Não, sou do tipo de pessoas que prefere comer algo mais parecido com alimentos...
-Ah, duvido! Deixa eu ver suas unhas...

Puxou minha mão e verificou dedo por dedo. 


-Que lindas! O esmalte é vermelho, não é?

-Sim...

Não falei mais nada pois não estava acreditando que minha estratégia estava dando certo, e tive certeza disso quando ele alisou a palma da minha mão com seu dedo... Definitivamente ele já estava na minha. 


Logo que largou minha mão e voltamos a prestar a atenção no teatro, os minutos passaram voando e quando percebi, todo mundo já estava indo embora. Eu até poderia já ter chamado meu taxista, mas preferi fazer de conta que já tinha chamado e demorar um pouco mais para ir embora e poder conversar mais com ele.


Nem saímos do lugar e esperamos um pouco do pessoal sair para não ficar no meio da multidão.


Na tentativa de quebrar o silêncio, ele falou:

-As horas passam muito rápidas quando a peça é boa, né?
-Aham... Verdade. Amei essa peça... 

(Mentira, nem tinha prestado atenção na história)

-Pois é... Você costume ir em eventos artísticos e teatrais como este?
-Siiiim.. Adoro! Às vezes não tenho nada pra fazer, procuro na internet alguma apresentação e vou sozinha mesmo. 

(Menti de novo! Mas não tinha como dizer que tinha ido até lá, só para ver ele!)

-Ah, legal! Eu trabalho aqui, posso te avisar quando tiver alguma peça legal.
-Claro, por favor! Anota meu what's aí... 

E assim tava feito o "estrago"... Fui pra casa e primeira coisa que vi no celular, foi a mensagem de "Oi, é o Arthur do teatro...". Não pensei duas vezes e comecei a demonstrar interesse puxando conversa e insinuando minhas intenções. Nunca tive vergonha de demonstrar o que sentia e com ele não seria diferente. 


Conversamos um pouco e ele disse que ia ficar offline por um tempo e que assim que chegasse em casa, me chamaria novamente... Achei que era mentira dele, mas ele realmente me chamou depois de 28 minutos (eu contei). 

Conversamos muito e podemos nos conhecer melhor e quando tive oportunidade, já disse que tinha algo nele que me despertou muita curiosidade, para minha surpresa, ele disse que sentiu o mesmo por mim. Emendei a conversa dizendo que a gente tinha que se encontrar para matar a curiosidade de ambos e ele já quis marcar dia, hora e local... 


Se fosse antigamente, eu talvez não aceitaria sair com alguém que mal conhecia e logo para um motel, mas eu já estava madura suficiente para ligar o botão do "foda-se" e ir me f@d&r também.

Lá fui eu, durante o trajeto eu ria sozinha de nervosa e por não acreditar que eu estava fazendo aquilo, mas estava... Cheguei no lugar  onde combinamos e ele me ajudou a fazer a transferência para o carro, conforme eu fui explicando, e guardou minha cadeira no porta malas. 


Chegamos no motel, ele logo disse que não era para me preocupar pois ele tinha ligado para saber se era acessível... Achei isso tão fofo, mas logo dei um jeito de parar de pensar isso, afinal, ele apenas estava usando seu bom senso.


Ele estacionou o carro e novamente me auxiliou para fazer a transferência. Entramos no quarto e fui em direção ao frigobar, eu precisava relaxar estava muito nervosa, peguei uma cerveja e ofereci a ele, mas ele não bebia. Entre um gole e outro, fui conversando com ele e quebrando o clima. Ele estava sentado na cama e eu cheguei e estacionei minha cadeira na sua frente, ele puxou ela para mais perto dele e comecei a senti o cheirinho de hortelã de sua boca. Dei a latinha pra ele e pedi pra que a colocasse no chão, ele colocou embaixo da cama e assim que voltou a me olhar, eu disse:.


-Eu queria tanto um chiclete de hortelã...

-É? Mas eu só tenho esse que estou comendo.
-Tudo bem, pode ser.

Ele sorriu e veio em minha direção. Ele aparentava ser tão delicado, tranquilo, mas na hora que começou a me beijar e passou a mão em minha nuca, me beijou tão intensamente que fiquei "derretida" naquele instante. Pensei que eu mandaria naquela noite, até porque eu que sabia como tinha que ser e como meu corpo funcionava, mas eu perdi totalmente o controle e me deixei levar e isso fez com que fosse extremamente maravilhoso. 


Tudo foi apenas acontecendo... Ele tirou seu boné, sua camiseta e começou a beijar meu pescoço e meus seios, beijou tanto que eu mesma já comecei a desabotoar minha camisa xadrez e antes de chegar no terceiro botão, ele perguntou se eu queria ir pra cama, eu disse que sim e ele me pegou no colo exatamente como tinha me pego para sair do carro. Pedi alguns travesseiros e ele colocou nas minhas costas, fiquei praticamente sentada, vendo tudo, principalmente ele abrindo minhas pernas e chegando mais perto para me beijar.


Ele segurava minha cabeça com suas mãos e me beijava, e eu comecei a abrir a calça jeans dele. Não consegui, mas ele terminou o que eu estava tentando fazer e ainda tirou suas próprias calças ficando só de cueca box vermelha. Mas, para ficar justo, ele pediu pra tirar meu short também e eu o deixei, agora eu estava com minha camisa praticamente toda aberta exibindo meu sutiã preto e usando unha calcinha preta. 


Ele voltou a me beijar, puxei sua mão para minha parte íntima pois eu queria saber se sentiria algo, em troca eu comecei a acariciá-lo por cima de sua cueca vermelha... Passando poucos minutos, comecei a perceber que eu não sentia nada com aquilo, não tinha reação nenhuma, então pedi que ele parasse e apenas me beijasse. Ele começou a me beijar e virei a cabeça para ele beijar meu pescoço, ele obedeceu e caprichou no carinho...


Só que eu precisava de mais. Puxei o rosto dele e o encarei.


-Me fala o que você quer fazer comigo.

-Eu quero te deixar doidinha...
-O que mais?
-Te fazer gemer de prazer...
-Como?

Chegou no meu ouvido e falou coisas que me deixaram completamente em chamas. Foi aí que senti que algo podia ficar melhor, então pedi auxílio dele e fizemos o que ele tinha me dito no ouvido... Ele entendeu que eu tinha gostado de ouvir e continuou me provocando com as palavras. Ao mesmo tempo que ele falava coisas que eu gostava, comecei a notar um tom diferente em sua voz e uma feição em seu rosto de prazer, isso também me fez muito bem e eu estava amando ver que ele também estava tendo prazer.


Eu não queria parar! Mesmo que não estava sentindo exatamente o toque dele, tudo aquilo estava me dando prazer, me fazendo bem e feliz, me sentindo viva novamente...


Hoje, parada em meu escritório lembrando de tudo isso, me faz perceber que amo ir em peças de teatros...


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