Entrevistas
Conheça Gui...
Guilherme Jorge Davatz Augusto
-Tem apelido?
Gui/Mestre
-Solteira/ casada/ separada?
A Procura mas feliz no tempo certo, rs...
-Você estuda ou trabalha?
Estudo por lazer e gosto, Estou afastado do meu trabalho original a 4 anos, faço uns bicos para distrair, ajudo dando aulas aos amigos e pessoas necessitadas e treinando nas partes do atletismo/corridas e tênis de mesa
-O que mais gosta em você? E o que não gosta em você?
Gosto de minha perseverança e inteligência humilde, faz bem sorrir. Não gosto de ser sistemático e buscar muito as coisas certas.
-Qual sua música preferida?
Rock, mas também curto um bom modão, sertanejo e gospel.
-Qual sua cor preferida?
Azul, principalmente, mas um cinza prateado ou cromado me cai bem também.
-Qual sua frase preferida?
Depende do momento e da situação, mas uma marcante são três de músicas:
“Ando devagar, porque já tive pressa...”
“Amigo é coisa pra se guardar, do lado esquerdo do peito”
“Tente, e não diga que a vitória está perdida, se é de batalhas que se vive a vida”.
-O que mais gosta de fazer?
Ler, treinar, rever ou conhecer amigos, cineminha, esportes, TV, rádio, passear, tirar fotos, games e desenhar principalmente...
-Pra que time torce?
São Paulo Futebol Clube, mas também aprecio um bom futebol, um jogaço de basquete com o Bulls, ou ainda o Bauru Basquete Clube, ou uma Super Liga de Voleibol com Voley Futuro, Sesi, Pinheiros, Lutas,Corridas etc....
-Pratica algum esporte? O que o esporte significa pra você?
Sim -profiissionalmente : Tênis de mesa; e Atletismo na parte de corridas como foco
-Se fosse pra escolher uma pessoa que você gostaria de ser, quem seria?
Eu sem lesão para ter as mesmas liberdades de antes mas com a sabedoria adquirida que tive.
-Em algumas palavras conte sua história:
No dia 03 de janeiro de 2005, mais precisamente, as 2 da manhã foi o marco histórico meu:
1 – Antes da lesão: Vivia normalmente, andava de moto, fazia meus trabalhos e estudos, visitava meus amigos, ia na igreja com mais frequência, pensava em montar minha casa, casar, ter filhos mas tinha uma liberdade que um degrau de escada ou umas ruas de subida e descida não me impediam de ir e vir para onde quisesse a pé ou não
2 –Depois da Lesão: Causada por uma espécie de aneurisma que apareceu na medula, na T2 (vértebra da Torácica numero 2) ao invés de surgir na cabeça, tinha a sequela de ficar na cama a vida toda por causa da inflamação até paralisar o braço esquerdo, porém no mesmo ano já estava no andador de buscar a vontade de não ficar na cama e viver, não vivo parado e vivo buscando e fazendo tudo que ainda consigo fazer, mesmo que tenha algumas limitações. Consegui comprar minha casa, faço meu tempo correr, me divirto e vivo.
-Você se considera feliz?
Sim, mas tem dias que nem quem não tem lesão passa por momentos e tribulações que nos deixa um pouco tristes, basta levantar a cabeça e continuar vivendo.
-O que te faz ser feliz?
Deus; amigos, onde sou movido muito a vocês; e família, independente de onde estejam.
-Qual situação mais difícil ou constrangedora que você passou ou passa, por ser cadeirante?
Várias surgem e surgiram ao longo desses longos 7/8 anos. A mais recente foi numa competição de jogos regionais, onde uma das treinadoras de outra cidade entrou com requerimento e me fez perder uma colocação para o competidor dela por utilizar a minha cadeira de rodas convencional na competição sendo que tinha acordado de autorizar a utilização. Mas além dessas, já vi muitos olhos tortos em filas, em restaurante quando o intestino solta involuntariamente,quando a bolsa de urina solta sem querer em formaturas, etc...
-O que você não aceita que as pessoas cometem com você, devido a sua necessidade especial?
Pena, mas independente da lesão e todas as pessoas em geral, não admito e fico muito chateado mais com mentiras ou falsidades. Ver uma pessoa nem te cumprimentar ou fingir que não te ver com medo de usá-la para alguma ajuda é terrível nesse meio de mentiras que envolvem minhas deficiências.
-Como você espera que as pessoas “andantes” haja quando se depara com alguém especial como nós cadeirantes?
Com respeito e procrurarem sentir que agente vive do mesmo modo só com algumas limitações...
-Coloque a boca no trombone deixando seu recado para quem quiser:
Busquem informação antes de julgarem, e, principalmente, evitem mentiras, por favor!
-O que você Ama?
Deus e a vida que Ele nos provém a cada manhã de recomeçarmos
-O que você odeia?
Mentira e falsidade
-O que você tem medo?
Tenho medo de ver muita gente sem nenhuma limitação jogando a vida sem valor, desperdiçando o que tem. Mas comigo mesmo, tenho mais medo de não ter um amigo pra conversar...
-Família pra você é?
Confiança e experiência
-O Que você adora comprar?
O que precisa
-O que você não deveria, mas gosta de comer?
Massas, doces e salgadinhos
-Um sonho?
Ter cada vez menos dependências, principalmente nas necessidades fisiológicas.
-Deixe um recado para outros cadeirantes que podem estar passando por algumas dificuldades:
Bem, amigos e amigas, de onde quer que estejam, busquem suas independências e procurem sempre lutar sem desistir de seus sonhos e vontades. Ore para Deus, se não der certo hoje, continuem orando e buscando ao redor as opções e oportunidades que podem te ajudar a chegar ao seu objetivo, mesmo que seja a volta de algum movimento como a que eu também quero e sei que não vem ainda, mas vivem vossas vidas esperando que um dia essa parte limitadora seja superada. Se não for aqui em vida atual também, não desistam, pois onde vamos ou ficamos, não usaremos essa matéria que nos limita. Abraços e vamos nos unir para aliviar nossas dores...
Facebook: Guilherme J. Davatz Augusto
Email: guilhermejd@gmail.com
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