Cadeirantes "Animais"

    

   Tudo começou quando "Princesa" (da foto acima) foi levada ao Hospital Veterinário de Uberaba (HVU), e abandonada pelo antigo proprietário, após ter sofrido uma fratura na 13ª vértebra torácica, que estava causando um déficit nos membros. Por isso andava arrastando a parte superior na pata traseira e outra na coluna.
    Sensibilizado com a situação da cadela, a biomédica que trabalha no laboratório clínico do Hospital, comentou com seu marido -Albano Ferreira Cobo-, que os funcionários do local queriam fazer uma vaquinha para comprar uma cadeira de rodas para o animal. Já que a industrial custa R$ 600, ela e seu marido tiveram a ideia de fazer uma cadeira de rodas para o animal. Se baseando nas informações encontradas na internet, facilmente conseguiram construir o aparelho. "Fui motivado a fazer ao ver ela abandonada e sem poder andar”, destacou Ferreira.     

     A partir daí, o administrador começou a fazer cadeiras de rodas para outros cachorros, voluntariamente. Quando o proprietário do animal de estimação tem condições financeiras, ele cobra apenas o material utilizado e, quando não tem, banca tudo do próprio bolso. Na construção ele utiliza PVC, mosquetão, gancho de bolsa e fita elástica. “Eu vi que isso era uma necessidade e o que precisa mesmo é de boa vontade. A estrutura é fácil e, depois disso, deu muita repercussão. Eu e minha esposa já fizemos umas 25 cadeiras ao todo. Não dá para deixar pronta, porque depende do caso do animal e do tamanho dele, mas já fiz para cachorro que precisava para as quatro patas e também para quem não tem nenhum tipo de movimento e já mandamos até para outras cidades como Goiânia, Brasília e Ribeirão Preto”, comentou.

 Veja algumas fotos:

    Albano contou que sempre gostou de cachorro e para ele poder ver o resultado é gratificante. “Para mim é mais gratificante do que para os próprios donos e cachorros. Vê-los andarem, ter uma vida normal, poder correr de novo e não machucar, não tem preço”, ressaltou.
    Hoje, Princesa já conseguiu se recuperar cerca de 90% e foi adotada por uma outra família em novembro, que a leva semanalmente ao Hospital Veterinário para seguir com o tratamento de reabilitação.

Fonte: http://g1.globo.com