Conheça Gaby...

  

 Meu nome é Gabriela Santos Rodrigues, eu nasci prematura de sete meses no dia 15 de Abril de 1997. Quando nasci tive paralisia cerebral que acabou afetando minha parte motora, nasci praticamente morta, eu fiquei um mês na UTI e depois fiquei mais um mês na Semi-UTI. Nasci com um quilo quatrocentos e cinquenta gramas, muito pequena.
   Mas meu diagnóstico não foi descoberto logo no meu nascimento, minha mãe e minha avó (Iracema) que começaram a notar que eu tinha algum problema. Em meu seis meses de vida, eu ainda não sentava e quando me colocavam sentada eu caia para o lado direito. 
   Minha mãe (Cinara) me levou no hospital de clinicas e o médico que atendeu ela disse que eu não iria falar, ouvir, enxergar nem andar. Disse que eu não iria fazer nada e que era para ela comprar uma cadeira de rodas apenas. Mas graças a Deus não foi isso que aconteceu, só não pude andar mesmo, mas sempre tive muita saúde. 
   Comecei a fazer fisioterapia aos nove meses, as melhoras começaram a surgir, consegui melhorar minha coordenação motora e depois de um tempo também comecei a falar. 
   Perdi meu pai aos quatro anos, perdi minha irmã quando ela ainda era bebê, por esses motivos e outros, com oito ou nove anos, eu era totalmente revoltada. Não aceitava estar em uma cadeira de rodas, culpava todo mundo pelo fato de eu ser deficiente. 
   Mas com o tempo e as fisioterapias eu percebi que havia gente numa situação muito pior do que a minha sem falar, sem se mover, com muitas limitações. A partir daí, eu mudei minha maneira de pensar e parei de me revoltar. 
   Estudei em uma escola HORRÍVEL, a escola estadual Victor L. Becker onde não tinhanenhum acesso. Minha mãe ou minha avó, precisavam ficar comigo na hora do recreio todos os dias, além de sofrer muito preconceito lá. 
   Até que finalmente em 2010 mudei de escola e fui para escola Municipal Otília Carvalho Rieth. As coisas lá foram super bem durante a quinta e a sexta série. Até que em 2012 aconteceram várias coisas que me deixou triste, me ignoraram, ninguém queria ficar comigo no recreio e foi ai que eu comecei a ficar na biblioteca. 
   Num certo dia, veio a minha ANJA, a professora Margarete e disse: "Gabi tu não quer entrar na dança no projeto mais educação?", mesmo sendo pega de surpresa eu aceitei. Isso foi uma das melhores coisas que eu fiz. 
   Confesso que no começo eu logo pensei: "Mais como eu vou dançar?", o tempo foi passando e fui percebendo que nasci pra dançar. 
   Com a dança, até minha postura mudou em sala de aula, para melhor é claro. Os meus colegas foram me conhecendo e eu fui conhecendo eles, eu hoje sou muito super feliz! 
   Dia 13 de novembro (2012), foi um dos dias mais felizes da minha vida, pois foi o dia em que eu dancei na minha escola com o meu parceiro que me ajudou Guilherme Stefano. Ele teve a coragem que poucos tem, por isso eu agradeço muito a ele por ter me aceitado como eu sou por não ter dito vergonha, por ter olhado além das aparências. Quando dançamos foi totalmente mágico. Depois vi todo mundo aplaudindo e percebi que agora eu sou livre para voar.!!!
   Então o que eu vi da vida, foi que por mais difíceis que as coisas  possam ser, a gente NUNCA deve parar de sonhar, ter fé e acreditar em si mesma.(o) 
TUDO PODE MUDAR basta você querer e acreditar a sua felicidade é você quem busca. !!!
Tecnologia do Blogger.