Mulher paraplégica desiste do Tinder por causa do preconceito


A americana Kristin Parisi, de 30 anos, tem paralisada da cintura para baixo e o preconceito por causa da sua condição a fez desistir da vida amorosa através do aplicativo Tinder.

Kristin, que ficou paraplégica aos 5 anos de idade depois de um acidente de carro, contou ao Daily Mail que o primeiro encontro que marcou pelo app foi o “pior dia da sua vida”. “Assim que ele me viu na cadeira de rodas, imediatamente não conseguiu mais me olhar nos olhos. Passamos o resto da noite basicamente ignorando o fato. No final do encontro eu falei sobre isso e ele admitiu que não sabia conversar com alguém que usava cadeira de rodas, apesar de ter conversado comigo por duas semanas no Tinder. Foi o encontro mais desconfortável da minha vida, muito forçado”, contou.

Depois dessa experiência bem desagradável, a americana pensou em outra maneira de publicar suas fotos. Ela postava imagens que davam para ver que ela estava de cadeira de rodas e além disso, avisava aos pretendentes que ela usava cadeira de rodas. Segundo ela, tudo isso era para ninguém se sentir “enganado”.

Kristin conta que passou a receber perguntas ofensivas como: “Você consegue fazer sexo?”. “Quis responder claro que sim, seu Filho da p*ta. Não consigo nem lembrar quantos deles já me fizeram essa pergunta”, afirma. 

Kristin conta que cansou do preconceito, que inclusive não aconteceu em apenas um lugar. A americana já morou em Los Angeles, Nova York e Boston e a discriminação foi igual. “Eu resolvi deletar minha conta no Tinder e agora só marco encontros românticos pessoalmente”, afirma.

“Pensei que conhecer rapazes virtualmente, ou seja sem que eles soubessem que eu era paraplégica, seria um jeito bom de mostrar que eu sou normal. Mas percebi que eles não conseguem me enxergar além da cadeira de rodas. Não acho que seja culpa deles, mas cheguei à conclusão que mais gente pensa assim do que eu imaginava”, conta.


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