10 FATOS QUE PRECISAMOS SABER SOBRE QUEM TEM SÍNDROME DE DOWN


Tão preconceituosos que somos que, em grande maioria, não conseguimos expandir nossa visão para as pessoas que tem Síndrome de Down a ponto de enxergarmos indivíduos ao invés de generalizarmos e fazermos julgamentos errôneos. Aliás, a palavra julgamento no contexto já é, por si só, um erro.
E é de conhecimento geral, ao menos também em grande parte, que o preconceito está diretamente ligado ao desconhecimento. Quanto mais informação, menor a probabilidade do indivíduo ser preconceituoso.
Então, com ajuda do texto publicado pelo Cidown, vamos enumerar 10 coisas que as pessoas devem saber sobre quem tem Síndrome de Down:
1 – Ninguém é portador da Síndrome de Down
Já vamos começar por mudar esse linguajar que se estabeleceu de forma a amenizar o termo, mas na verdade só o piora. Uma pessoa quando porta algo, leva consigo por algum motivo e às vezes pode se ver livre daquilo – estar ou não estar com –.
A Síndrome de Down é uma característica inata. Quem tem simplesmente não pode deixar em casa ou fazer um tratamento à base de drogas para curar e, assim, deixar de ser portador. Não é simplesmente pelo politicamente correto e sim pelo tato em entender que tanto para esta, quanto para outros tipos de deficiência, é mais empático dizer “a pessoa tem” do que “ela porta”.
2 – A Síndrome de Down não é uma doença
Como foi mencionado que não é possível fazer um tratamento para curar, cabe uma explicação: a síndrome ocorre quando a pessoa nasce com 3 cópias do cromossomo 21, ao invés de ter duas cópias. Isso significa que todas as células do corpo desta pessoa tem uma cópia a mais do cromossomo 21. Isso é um fator genético e não uma doença.
Então, dizer que alguém que tenha Síndrome de Down seja doente, além de não refletir a realidade não seria correto.
3 – Pessoas com Síndrome de Down não são deficientes mentais
Só pra começar: deficiência mental é um comprometimento de ordem psicológica. Levando em consideração que o fator aqui é genético, poderíamos parar por aqui.
É mais correto, para se referir a pessoa com a síndrome, dizer que ela tem deficiência intelectual.
Se você é daquele tipo de pessoa que ainda usa a alcunha “retardado” para tratar alguém com Síndrome de Down, por favor, melhore! As pessoas com a deficiência não são incapazes. Saiba que temos milhares de exemplos de atrizes e atores, escritoras e autores, professoras e professores e pessoas em todos os campos vocacionais que têm a característica e são muito mais capazes de quem não possui.
4 – As pessoas com a Síndrome de Down são iguais
Como é uma alteração genética e, por isso, existir uma semelhança em algumas características físicas, as pessoas com Síndrome de Down não são todas iguais. É uma generalização preconceituosa colocar todos eles em um único grupo desconsiderando família, cultura, traços genéticos herdados de seus pais, educação e a personalidade de cada um.
5 – O indivíduo não é a Síndrome
De mesmo modo que quem tem Síndrome de Down não deve ser considerado como pertencente a um único grupo, é necessário entender que ter uma deficiência não caracteriza o indivíduo.
Se nós procuramos viver numa sociedade mais inclusiva, é importante dar enfoque em quem é a pessoa antes de sequer falar da deficiência.
6 – As pessoas com Síndrome de Down sabem o que falam
Assim como todos nós, eles podem estudar, trabalhar e conviver em sociedade. Eles tem opinião, a expressão e podem falar sobre quaisquer assunto que lhes dizem respeito.
É totalmente insensível (para não usar outra palavra) direcionar perguntas sobre a pessoa com Síndrome de Down apenas para seus familiares, acompanhantes ou especialistas, seja num diálogo comum ou numa entrevista.
7 – Não fique com “peninha” nem trate como coitadas
Uma pessoa deficiente é uma pessoa com limitações. Mas, isso não significa que ela seja uma “coitadinha”. As paraolimpíadas estão aí para prova que pessoas conseguem vencer os obstáculos da vida e obterem mais sucesso até do que muita gente sem nenhum tipo de deficiência.
Pessoas com Síndrome de Down podem muito bem se divertir, estudar, namorar, formar família, trabalhar e todas outras atividades que qualquer pessoa realiza.
8 – Quem é normal?
O que nos tornam comuns uns aos outros é justamente a nossa diversidade. Todas as pessoas no mundo inteiro tem suas características diversas e peculiares. Todos, antes de qualquer coisa, são seres humanos.
Dizer que fulano é “normal” e sicrano “não é normal” é uma falha na construção da frase, haja vista que de perto ninguém é normal.
Existem pessoas sem deficiência e pessoas com deficiência.
9 – Garantia de igualdade pelo Estado
Em 2008, foi aprovada como norma constitucional a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Segundo o texto da medida, cabe ao Estado (e à sociedade) buscar formas de garantir igualdade de direitos de todas as pessoas com deficiência para que seja possível haver um acesso justo à cidadania.
10 – Garantia de igualdade pela sociedade
Como podemos querer uma sociedade mais justa e menos excludente se tomamos atitudes que segregam pessoas com características diferentes das nossas? Referir-se às pessoas que têm Síndrome de Down de forma adequada é importante para acabar com os paradigmas sociais, enfrentar preconceitos, estereótipos, garantir a inclusão e promover a igualdade.

Via:ondda.com
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