Conheça Liliane...


Qual seu nome e sua idade?
Liliane Miranda, 31 anos

Solteiro (a) / casado (a) / separado (a)? Já namorou/casou?
casada

Tem filhos?
Tenho um filho de 5 anos, se chama Claudio

Você estuda ou trabalha?
Sou formada em CienciasContabeis, mas nunca trabalhei.


O que mais gosta em você? E o que não gosta em você?
Gosto do meu cabelo. Não gosto de minhas costas;

Qual sua música preferida?
Só por uma noite...Charlie Brown Jr

Qual sua cor preferida?
branco

Qual sua frase preferida?
As pessoas não sabem oq dizem, mas Deus sabe oq faz.

O que mais gosta de fazer?
Passear pela cidade, curtir meu filho, curtir meu marido e entrar no face...

Se fosse pra escolher uma pessoa que você gostaria de ser, quem seria?
Meu avô materno, q já falesceu...ele era um senhor formidável...

Em algumas palavras conte sua história:
Nasci com o corpo todo mole, minha mae percebeu q tinha algo errado comigo, pq eu não levantava a perninha como os outros bebes na hora da troca da fralda, ai comecei a fazer fisioterapia, desdeneném. Andei com 4 anos, mas não andava longa distancia e caia sempre, vivia com os joelhos ralados, fiz fisioterapia ate 18 anos, e vencida pelo cançasso parei, odiava fazer fisio...eu ficava so em casa, meus amigos vinham me ver, na faculdade eles me carregavam de um lado pro outro, pq eu não aceitava cadeira de rodas, achava q todo mundo iria rir de mim, ao me ver numa cadeira, eu preferia ser carregada no colo, igual um neném do q usar a cadeira. Foi aí q conheci meu marido, começamos a namorar em casa, pq era difícil pra eu sair, aí um dia ele pediu minha vó pra arrumar pra mim uma cadeira manual pra eu poder sair com ele, e ela logo gostou da ideia e disse q ia me dar de presente uma cadeira motorizada, ela comprou a cadeira, mas eu não aceitei, a cadeira ficou parada aki durante alguns meses e eu nem olhava pra ela...entao meu marido fingiu sofrer um acidente, ai eu tive q usar a cadeira pra poder ir visita-lo, e gostei demais pq a cadeira me deu uma liberdade q nunca tive, dessa época então, comecei a frequentar bailes, festas...coisas q eu nunca tinham ido, pra mim foi uma benção a cadeira motorizada, poderia dizer q comecei a viver de verdade depois q aceitei a cadeira. Depois engravidei, as pessoas achavam q eu ia morrer, só pq tava gravida, eu ainda namorava meu marido, coitado,as pessoas colocavam tanta coisa na cabeça dele, colocavam ele louco, mas graças a Deus deu tudo certo. Meu filho hj tem 5 anos, foi um presente lindo q Deus me deu, ele já me ajuda muito, sou muito feliz...

Qual situação mais difícil ou constrangedora que você passou ou passa, por ser cadeirante?
Moro em Guiricema MG, aki a acessibilidade não existe, as lojas, comércios, farmácias não possuem rampas, tenho q ficar do lado de fora esperando os funcionários me atenderem, por mais q eles me atendem bem e sempre são agradáveis, me sinto mal e as vezes acabo escolhendo determinada mercadoria so pra não desagrada-los, talvez se eu pudesse entrar dentro do estabelecimento teria mais opções...

O que você não aceita que as pessoas cometem com você, devido a sua necessidade especial?
As pessoas não comentam muita coisa comigo não, pq não sou de dar confiança pra esse tipo de pessoa não, quando vejo q vao me machucar, já corto...

Como você espera que as pessoas “andantes” haja quando se depara com alguém especial como nós cadeirantes?
Acho q elas deveriam agir normalmente, logico q dependendo da situação precisamos de ajuda, mas isso não quer dizer q tem q sentir dó da gente, não é mesmo? Afinal, somos apenas cadeirantes!

Coloque a boca no trombone deixando seu recado para quem quiser:
Meu recado fica pra aquelas pessoas q não respeita a acessibilidade do cadeirante, pessoas q estacionam carros em rampas, pessoas q tem estabelecimentos comercias, q não tiram se quer uma quantia e constroem uma rampa, pq isso não é dever da prefeitura. Se cada um fizesse sua parte, teríamos cidades mais acessíveis...

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