Idosa leva às costas a neta deficiente pela montanha, 4 kms, todos os dias. Não quer que ela falte à escola

Do outro mundo - Idosa leva às costas a neta deficiente pela montanha, 4 kms, todos os dias. Não quer que ela falte à escolaQuando a escola fica a quilómetros de casa, muitas crianças pobres (ou os seus pais) desistem. Agora imagine-se como será se ainda por cima a criança tiver uma deficiência que a impeça de andar. E a zona for montanhosa. Tudo isso se verifica no caso de Fang Mei, uma chinesa actualmente com catorze anos.
Fang Mei nasceu com um problema nas rótulas que não lhe permite aguentar-se de pé. O pai foi embora cedo, a mãe tornou a casar e desapareceu. Fang Mei ficou a viver com os avós. Como o avô já está demasiado doente, o esforço recai inteiro na sua esposa, que se levanta às cinco da manhã para tratar da família. 
Às sete, a senhora pega na neta, põe-na às costas e inicia o trajecto de dois quilómetros através das montanhas. O objectivo - sempre cumprido - é estar na escola às oito e meia, quando as aulas começam. Pelo caminho há umas cinco paragens rápidas. 
À tarde fazem o trajecto inverso. 

Autoridades tomaram conhecimento pela tv


Fang Mei tenta ajudar a avó aliviando um pouco o peso com muletas improvisadas, como se vê na imagem acima. Sobretudo, a jovem estuda o mais que pode, para o sacrifício valer a pena. Há cinco anos que a rotina se repete, e o grande medo da avó é um dia morrer e deixar sozinha a neta.
Não será por acaso que estas histórias, quando aparecem, vêm da China. Dantes nem sequer eram noticiadas. Agora que o são, um benfeitor pode aparecer, e mesmo, eventualmente, ser o Estado. Assim aconteceu nesta situação. As autoridades, após verem a avó e a neta na televisão, arranjaram-lhes uma casa mais próxima da escola.
Deram igualmente uma cadeira de rodas a Fang Mei, e tomaram providências para ela receber por fim o tratamento hospitalar de que necessita. Mesmo que acabe por resultar em propaganda favorável para o governo, a verdade humana da história impõe-se. 

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