"Seus olhos nunca se desviaram dos meus, me olham com o mesmo brilho de antes!" (A história de Gabriela e Guilherme)


Meu nome é Gabriela, tenho 25 anos e conheço o Guilherme desde sempre. Ele é da idade do meu irmão (rsrsrs) e por isso vivia lá em casa brincando de vídeo-game. Nessa época eu tinha uns 10 anos e ele 9 anos e mesmo sendo muito novos, minha primeira lembrança dele foi quando cuidou de mim (me deixou jogar no lugar dele, já que o meu irmão nunca deixava - rsrs) 

Passou algum tempo e perdemos contato, mesmo morando uma rua acima da minha. Voltei a vê-lo somente em 2007, quando, desde então, não nos desgrudamos mais.

Tivemos que enfrentar a minha família pra ficarmos juntos. Eu tinha 16 anos, estudava, trabalhava e ainda tinha que ajudar em casa. Ele tinha 15 anos, a aparência e mentalidade do meu irmãozinho e a muita responsabilidade (mais do que eu até); logo arranjou um emprego. Mas as coisas só pioravam...

Por causa dos meus problemas familiares, entrei em depressão, tive síndrome do pânico e quem cuidava de mim era ele, me levava nos médicos, me dava remédio... o tempo todo ali, perto de mim.

Quando fizemos 2 anos de namoro, por problemas pessoais tive que ir embora para Belém do Pará, e deixar tudo pra trás, inclusive o Guilherme. Fiquei lá por um ano, mudei minha vida, arranjei outro emprego, outra casa, outra vida  e até outro amor... Mas nunca um outro melhor amigo, o que ele sempre foi pra mim. E mesmo com rumos diferentes e distantes mantínhamos contato através de cartas.

Passados 3 meses depois da última carta escrita, tive que voltar para Minas Gerais. Voltei com diagnóstico de anorexia (pesava 32 quilos) e com muito medo de amar de novo... Mesmo assim ele tava ali, me esperando, e foi a primeira pessoa quem abracei na rodoviária quando coloquei os pés no chão, depois de um ano (falo com ele que fui vencida pelo cansaço rsrsrs). Resolvemos a ficar noivos e logo depois descobri que estava esperando um filho dele ("o fruto da nossa árvore", como ele diz). Nos casamos em abril/2012. 

Em junho/2012, da noite para o dia, perdi meus movimentos do pescoço pra baixo e fui diagnosticada com mielite transversa (uma especie de infecção na medula). Eu estava com 7 meses de gravidez e passei a precisar de cuidados constantes. No começo foi difícil e depois ficou pior, com o nascimento do meu filho - entrei em depressão (me sentia mal comigo mesma, inútil, não queria viver, mandava o Guilherme ir embora todas as noites, chorava, brigava e por fim dormia... quando acordava ele tava ali, do meu lado, me abraçando, confortando e dizendo o quanto eu era importante. 

O tempo passou e minha família me ensinou a seguir em frente. Estudamos juntos de novo e o Guilherme nunca me deixou eu me sentir excluída. 

Agradeço a Deus pela vida e tudo o que Ele me deu.
Agradeço ao Guilherme por tudo o que sou hoje. Achava que ele me fazia bem, mas nunca pensei que ele me salvaria de todas as formas que uma mulher precisa ser salva.
Guilherme, nosso casamento esta longe de ser perfeito, mas depois de tantas brigas e reconciliações, idas  e vindas, tenho certeza que estar do seu lado, não foi destino e nem escolha, mas sim vontade de Deus.
Voce um dia me disse que algo o impedia de me deixar e não sei se ficaremos juntos pra sempre, mas ficarei sempre no seu lado enquanto existe "esse algo" entre nós dois, esse algo que tenho certeza que se chama AMOR.









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