Mobilidade na rua...



Queridos leitores,

Podemos pensar sobre Inclusão Social nas escolas, nos empregos, nos transportes públicos, em estabelecimentos comerciais, sem falar antes da mobilidade na grande cidade de são Paulo. Porque é por meio dela que cumprimos os nossos compromissos como cidadãos.

A inclusão social nas grandes metrópoles colabora com milhares de pessoas que tenham algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida, abrindo mais os horizontes em nossas vidas. Entretanto, o primeiro obstáculo que é encontrado, já é abrindo a porta de casa. Por exemplo, nas calçadas com buracos, com lixos espalhados, sem guias rebaixadas, escadas no lugar da rampas e quando pegamos ônibus lotado os motoristas não param, ou os passageiros são obrigados descer para nós cadeirantes chegarmos no lugar da cadeira de rodas.

Por Sandra Mara

Desde de 2000, por meio da lei Federal Nº10. 098, 19 de dezembro, visa a garantia da acessibilidade respeitando o direito daquele que necessita encontrar no seu caminho livre sem obstáculos. Como tudo nesse país os problemas vão dissolvendo aos poucos, na mobilidade não podia ser diferente.

Dependendo da região que a gente vai, encontra dificuldade ou facilidade com a mobilidade. Por exemplo: Ananda Cristina da Silva Leal que tem deficiência física: "Sou cadeirante, posso dizer que infelizmente acessibilidade é raridade.”

Ela descreve como é a mobilidade e as dificuldades que encontra no seu bairro Vila Cardoso Flanco, zona leste de São Paulo: “Por onde se anda encontro ruas esburacadas, calçadas com parte do seu espaço ocupado com piso em desnível, áreas de lazer totalmente inacessíveis, estabelecimentos onde se é impossível estar por não ser oferecida nem a mínima condição. Quando há, lamentavelmente não favorece as todos os que necessitam e o que para mim é o pior de tudo: o desrespeito ás poucas condições oferecidas, sempre por parte de pessoas que não necessitam.”

Indignada desabava “Tenho enfrentado dificuldades para encontrar consultórios odontológicos, Lan Houses e lugares que ofereçam cursos por serem todos situados em andares superiores, com longas estreitas escadarias. Utilizar transporte público é algo que para mim está fora de cogitação, pois há ônibus e elevadores sem manutenção, as adaptações para as cadeiras de rodas estão precárias, é trajeto da minha casa ao ponto é longo e dificultoso para ser feito andando tanto para mim que estou na cadeira quanto para quem precisa me acompanhar. Por estes motivos, vejo que tenho perdido oportunidades até mesmo de conviver com outras pessoas e passar por novas experiências.”

Como podemos observar que a Ananda tem grandes dificuldades no seu bairro. "Já Eu, a repórter, que moro em Pirituba, tenho facilidade para utilizar ônibus, porque 70% são adaptados, mas onde tenho mais dificuldade é nas ruas, pois as calçadas são engrenada e esburacadas, me obrigando dividi a rua com os veículos."

Para mudar essa situações nós os deficientes precisamos sair mais dentro de casa, ir a busca do nosso direito. Só assim, que vamos chamar atenção do poder público, para por em pratica a lei da acessibilidade como se teve.

E você onde tem mais dificuldade e facilidade, no seu bairro?
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