Entrevistas
Conheça Eduarda...
Olá amigos, sou a “Duda” (apelido carinhoso do qual não abro mão de ser chamada). Estou muito contente por ter a oportunidade de compartilhar com vocês a minha história...
Desde o momento em que me encontrei com o solo já não sentia mais as pernas, melhor dizendo, da cintura para baixo. Num primeiro instante ao chegar no hospital, não fazia ideia da gravidade do meu acidente, apenas questionava o motivo de não sentir minhas pernas, e essa dúvida só foi tirada após baterias de exames. Fiquei cerca de 05 dias a espera da cirurgia pois estava com líquidos no pulmão, sendo assim não poderia fazer a mesma até que o pulmão estivesse limpo e pronto.
Hoje faço curso de Direito na UNIPAC de Uberaba, estou no 2° Período e já faço planos para ser Delegada! Tento levar uma vida normal, a cadeira é apenas um detalhe.
Uberaba-MG, 19 de Novembro de 2012. Essa data ficou marcada em minha vida e na vida de meus familiares. Por volta das 23:30hrs de uma segunda-feira, ao passar por uma avenida na garupa da moto de meu namorado, tive o desprazer de conhecer o mal que faz a mistura de bebida alcoólica com volante. Uma pessoa embriagada ao passar no sinal fechado, colidiu seu veículo na moto em que eu estava. Com o impacto, voei por cima do carro e caí sentada, tendo assim fraturado a coluna vertebral em nível T11-T12, além de ter quebrado o fêmur direito.
Desde o momento em que me encontrei com o solo já não sentia mais as pernas, melhor dizendo, da cintura para baixo. Num primeiro instante ao chegar no hospital, não fazia ideia da gravidade do meu acidente, apenas questionava o motivo de não sentir minhas pernas, e essa dúvida só foi tirada após baterias de exames. Fiquei cerca de 05 dias a espera da cirurgia pois estava com líquidos no pulmão, sendo assim não poderia fazer a mesma até que o pulmão estivesse limpo e pronto.
No dia 26 de Novembro por volta de 11:00hrs entrei na sala de cirurgia onde tive a coluna fixada com duas placas de titânio e 10 parafusos (cirurgia conhecida como Artrodese), e tive o fêmur fixado também com fixador externo. No dia 31 de Novembro recebi alta e fui para casa.
No começo eu ficava deitada o tempo todo, pois estava recém operada e sentia muitas dores, mas com o tempo tudo foi passando e eu fui me adequando à minha nova condição.
Em Junho de 2013 fui para Brasília me tratar no Sarah Kubitschek, onde permaneci por 30 dias fazendo sessões de fisioterapia, condicionamento físico, aulas educacionais sobre cateterismo vesical, musculação entre outras atividades. Ao retornar para casa tentei ao máximo colocar em prática o que aprendi lá.
Bom o tempo passou e hoje estou aqui... deixei sonhos que tinha quando ainda andava, sou louca por animais e sonhava em fazer medicina veterinária, e substitui por outros que ficavam em segundo plano.
Hoje faço curso de Direito na UNIPAC de Uberaba, estou no 2° Período e já faço planos para ser Delegada! Tento levar uma vida normal, a cadeira é apenas um detalhe.
Tenho meus sonhos de me casar, ser bem sucedida, filhos eu já tenho... O Pedro nasceu no dia 04 de Outubro de 2007, quando eu tinha apenas 16 anos e digo que apesar de tudo, é uma das melhores coisas que me aconteceu na vida.
Faço palestras em minha cidade juntamente com a Secretaria de Transito alertando as pessoas sobre o risco de misturar bebida alcoólica com volante e levando o meu exemplo.
Sou muito vaidosa, adoro me maquiar, ir pra festa, namorar... tudo que tenho direito!
A cada dia que passa, eu cresço e melhoro em alguma coisa, e assim vou tocando a vida, eu quero mais é ser feliz!
Espero que tenham gostado de minha história, e que ela sirva de exemplo a todos, que não se pode desistir e ter em consciência que não hà nada que não possa piorar. É dever e obrigação de nós seres humanos com ou sem deficiência por qualquer motivo que for, ter vontade de viver e ser feliz, isso eu tenho... eu quero, eu posso, eu consigo!
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