Adaptação de veículos

Hoje conheci um garoto chamado Matheus que tbm têm um blog, chamado "Cadeirante sobre rodas" (http://cadeirantesobrerodas.blogspot.com/). Futricando por lá achei uma matéria interessante sobre adaptação de veículos, veja a seguir o conteúdo completo sobre isso:
Conforme o nível e grau da lesão, dependendo dos movimentos e força que permaneceram e/ou retornaram, uma pessoa poderá ou não dirigir veículos adaptados com comandos manuais. Caso tenha condições físicas e econômicas, é muito importante voltar ou aprender a dirigir, pois as cidades brasileiras, na grande maioria, não dispõem de transporte público com acessibilidade. Os ônibus, trens, metros e suas estações, rodoviárias, aeroportos e outros, na grande maioria, não possuem acessibilidade, ou seja, condições para que todas as pessoas, sejam elas andantes, cadeirantes, idosos, grávidas e pessoas com mobilidade reduzida, tenham acesso, pois faltam elevadores, rampas, espaços, etc. para que todos possam exercer o direito de ir e vir de todo cidadão.lém disso, nossos governantes também não cuidam das calçadas e guias, dificultando ainda mais o transporte. Quando há adaptações, na maioria das vezes, são mal feitas ou não funcionam, dificultando ainda mais a vida das pessoas. Tudo isso, pode acabar atrapalhando ou dificultando a reintegração social, profissional, afetiva e sexual das pessoas com mobilidade reduzida.

Tipos de lesão e adaptação

Conforme o nível da lesão e o grau de comprometimento dos movimentos e força, uma pessoa necessitará de determinados equipamentos para dirigir, pois as adaptações devem ser desenvolvidas de acordo com as diferentes necessidades. Estes trabalhos deverão ser feitos por profissionais especializados, com conhecimentos em lesão medular e seus comprometimentos. Existem alguns profissionais no mercado e, caso não atendam as solicitações e necessidades, não existe em procurar outro. Qualquer veículo pode ser adaptado, desde os mais simples e acessíveis, até os mais caros e sofisticados. As adaptações também variam muito de preço, sofisticação e tecnologia. Importante: Os veículos com câmbio automático são mais confortáveis, fáceis e seguros para tetra e paraplégicos dirigirem. Além disso, as adaptações ficam mais baratas e de manutenção próxima a zero (requer pouca manutenção), pois são mais simples do que aquelas para veículos com câmbio mecânico (aqueles que têm que trocar marchas).

Adaptações para pessoas com tetraplegia




Dependendo do nível da tetraplegia, uma pessoa não terá certos movimentos de braços e/ou dedos, ou então, movimentos com força reduzida. Nestes casos, para controlar o volante, botões diversos, breque de mão e outros, deverão ser desenvolvidas adaptações para substituir a tensão dos dedos. Para possibilitar e/ou facilitar a dirigibilidade, o veículo deverá ter direção hidráulica e câmbio automático, o que proporcionará também, maior conforto e segurança. Comandos elétricos, como os de vidros, espelhos e travas, ajudarão bastante na independência.

Tipos de adaptações

Volante - Poderá ser utilizada uma espécie de alça para encaixe da mão ou, encaixes de dois ou três pinos, onde serão encaixados o punho e/ou dedos. Um pomo giratório (espécie de bola achatada), também poderá ser utilizado, caso exista alguns movimentos de dedos. Todas estas adaptações são presas ao volante e giram sob seu próprio eixo, possibilitando todas as manobras.
Freio e acelerador- Para estes comandos, pode ser utilizada uma única alavanca que, quando puxada para traz, acelera o veículo e, quando empurrada para frente, aciona o breque. Existem outros meios para executar tais tarefas, más o citado é o mais simples, barato e requer pouca manutenção. Para ajudar e facilitar a dirigibilidade para pessoas com fracos movimentos de extensão dos braços, a alavanca poderá ser alongada em direção ao corpo da pessoa, ficando mais próxima.
Breque de mão- Existe uma forma bem fácil e prática para soltar e acionar este breque, para carros de passeio. Com cuidado e destreza, batendo com mão no botão do breque, a alavanca descera. Para acioná-lo, encaixando a mão na alavanca ou, utilizando da pinça dos dedos, ou ainda, provocando uma espasticidade para a mão fechar em torno da alavanca, uma pessoa poderá puxá-la e acionará o freio. Caso estes métodos não sejam possíveis, poderão ser feitas adaptações para soltar e acionar os freios, através de "alças" para acionamento e diferentes métodos para soltá-lo. Dica: o câmbio automático possui a posição P - Parking, que trava o carro na posição de estacionamento. Tal artifício deve ser utilizado com cuidado, somente com o carro parado, afim de não estragar o câmbio.
Demais comandos- Os diversos botões para acionamento dos controles dos vidros, espelhos, faróis, seta, travas e outros, poderão ser adaptados de acordo com as necessidades e conveniência.

Adaptações para pessoas com paraplegia




Pessoas com paraplegía, por ter todos os movimentos e força dos braços, poderão dirigir qualquer tipo de veículo, com ou sem direção hidráulica e, com ou sem câmbio automático, podendo escolher entre várias opções de adaptações para acelerador, freio e câmbio. Poderão também, adaptar quadriciclos, triciclos e motocicletas com side-car.
Veículos com câmbio automático
Em um veículo com câmbio automático, a única adaptação que uma pessoa com paraplegia irá precisar, será a alavanca para freiar e acelerar, se constituindo na mais simples, acessível(baixo custo) e de manutenção praticamente zero. Algumas pessoas utilizam o pomo giratório, pra auxiliar nas curvas e manobras. Também poderão ser utilizados aceleradores localizados no volante, com acionamento mecânico, elétrico ou eletrônico, subindo assim, o custo.
Veículos com câmbio mecânico
Nos veículos com câmbio mecânico, a embreagem deverá ser automatizada, através de sistemas que, com o toque da mão no câmbio ou pressionamento da alavanca de freio, o pedal da embreagem é acionado, deixando o carro pronto para receber ou desengatar as marchas. Ao acelerar, o pedal da embreagem sobe, dando o movimento ao veículo.
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