Como agir diante de uma pessoa com deficiência



Muitas vezes não sabemos como nos portar diante de uma pessoa com deficiência,e acabamos agindo de maneira inadequada. A falta de informação a respeito da deficiência nos leva a cometer alguns deslizes, e pode nos colocar em situações desconfortáveis. Esta publicação tem por objetivo instruir e indicar algumas sugestões para a convivência.


Pessoa com deficiência física
Se você estiver acompanhando uma pessoa com deficiência física que anda devagar, com auxilio ou não de aparelhos, próteses, bengalas, ou muletas, procure acompanhar o passo dele

Mantenha as muletas ou bengalas sempre ao alcance da pessoa com deficiência.

Os deficientes físicos têm suas próprias técnicas individuais, como para subir e descer escadas e para entrar e sair de automóveis. Por isso, as vezes uma tentativa de ajuda inadequada pode atrapalhar, machucar ou até mesmo provocar uma queda. Portanto, se achar que um deficiente físico está em dificuldades para subir ou descer uma escada ou transpor um obstáculo, ofereça ajuda e, caso seja aceita, pergunte como deve proceder.

Agarrar pelo braço pessoas com muletas ou aparelhos ortopédicos, ou segurar abruptamente uma cadeira de rodas é uma atitude agressiva, como agarrar, sem aviso, qualquer parte do corpo de uma pessoa comum.

Esteja sempre atento para a existência de degraus, buracos e outras parreiras arquitetônicas quando for escolher um local que pretenda visitar na companhia de uma pessoa com deficiência física.

Ao empurrar uma pessoa em cadeira de rodas, faça-o com cuidado. Ao ajudar um cadeirante a descer uma rampa inclinada ou degraus altos, é preferível fazê-lo de marcha ré, para evitar que a pessoa perca o equilíbrio e possa cair para frente. Para subir degraus, incline a cadeira para t´ras, para levantar as rodinhas da frente e apoiá-las sobre a elevação.

Nunca movimente uma cadeira de rodas sem antes pedir permissão para o cadeirante. Empurrar uma cadeira de rodas não é o mesmo que empurrar um carrinho de compras. Se uma conversa com um cadeirante durar por mais de alguns minutos, sente-se, se possível, de modo a ficar no mesmo nível do seu olhar.

Não estacione seu automóvel em lugares reservados às pessoas com deficiência física. Tais lugares são reservados por necessidade, e não por conveniência. O espaço reservado é mais largo do que o usual, a fim de permitir que a cadeira de rodas fique ao lado do automóvel e a pessoa possa sair e sentar-se com autonomia. Além disso, os lugares sempre são próximos à entrada do prédio, para facilitar o acesso dos cadeirantes.

Por fim, não tenha receio de usar palavras como "caminhar" ou "correr, pois os deficientes também as usam.


Pessoa com deficiência visual
 Se parecer que a pessoa com deficiência visual precisa de ajuda, identifique-se e faça-a perceber que você está falando com ela. Nunca faça qualquer coisa sem que ela concorde e diga como fazê-lo.

Quando for guiá-lo, deixe que ela segure no seu braço. Ela irá acompanhar o movimento do seu corpo enquanto você anda. Em lugares muito estreitos para duas pessoas caminharem lado a lado, ponha seu braço para trás, de modo que a pessoa cega possa lhe segui.
 
Avise com antecedência a existência de degraus, meios-fios, buracos e outros obstáculos.
Para ajudar uma pessoa cega a sentar-se, guie-a até a cadeira e coloque a mão dela no braço ou no encosto, deixando que ela sente-se sozinha.

Quando for sair do ambiente, avise sempre a pessoa cega.
Conscientize-se de que o cego não segue o padrão de limitação visual, não podendo, portanto, seguir o comportamento aparente das pessoas que enxergam. Não se constranja em avisar que ele está com alguma coisa errada na sua vestimenta, aparência física ou comportamento.

Pessoa com deficiência auditiva
   Quando você quiser falar com uma pessoa surda, chame a atenção dela, sinalizando com a mão ou tocando ao seu braço. Procure, então, falar de maneira clara, mas sem exageros.

Ao falar com uma pessoa surda, observe para que ela enxergue bem a sua boca, a fim de facilitar a leitura labial. Use o tom normal da voz, exceto se lhe pedirem para falar mais alto.

Seja expressivo. Como as pessoas surdas não podem notar as mudanças de tom de voz, elas "leem" as expressões faciais, gestos e movimentos do corpo para entender o que se está querendo dizer.

Se sentir dificuldade em entender a fala de uma pessoa surda, não tenha receio de pedir para ela repetir o que disse. Se ainda assim não conseguir, tente usar bilhetes. O importante é tentar se comunicar.

Mesmo quando a pessoa surda estiver acompanhada de um intérprete, fale diretamente com ela.

Por último, veja o uso de aparelho de surdez como uma coisa normal, encarando-o com a mesma naturalidade que são vistos os óculos.

Pessoa com Paralisia Cerebral
Pessoas com paralisia cerebral podem ter dificuldades para andar até mesmo não caminhar, podendo também não falar. Podem fazer movimentos involuntários e descontrolados com pernas e braços, sendo comum que apresentem expressões faciais estranha. Não se impressione e nem se intimide com isso. Tenha certeza de que elas sabem compreendem que não são como os outros.

Para ajudá-las, não trate bruscamente, lembrando que elas têm necessidades específicas por causa de suas diferenças individuais. Adapte ao seu ritmo.

Usualmente o paralisado cerebral é mais vagaroso no que faz, como andar, falar ou pegar coisas. Portanto, tenha paciência ao ouvi-lo. Há pessoas que confundem essa dificuldade com deficiência intelectual.

Não trate um paralisado cerebral como uma criança ou incapaz. Ele não é portador de doença grave ou contagiosa. A paralisia cerebral é fruto de uma lesão cerebral ocorrida antes, durante ou após o nascimento, causando desordem sobre o controle de músculos do corpo. Portanto, não é uma doença, é uma situação.

Pessoa com deficiência intelectual
Em primeiro lugar, é preciso compreender que deficiência intelectual é muito diferente de doença mental.

Não ignore as pessoas com deficiência intelectual. Dê atenção a elas, tentando manter uma conversa até onde for possível. Jamais use expressões depreciativas como "doentinho" ou "bobinho" quando for se referi ou se dirigir a uma pessoa com este tipo de deficiência.

Aja naturalmente ao dirigir-se a uma pessoa com deficiência intelectual, Se for uma criança, trate-a como criança. Se for uma pessoa adulta, trate-a como tal.

É importante não superproteger a pessoa com deficiência intelectual. Deixe que ela faça ou tente fazer sozinha tudo o que puder. Ajude apenas quando for necessário.

Não subestime a inteligência dessas pessoas. Elas levam mais tempo para aprender, mas são capazes de adquirir muitas habilidades intelectuais e sociais.

Pessoas com autismo
O autista apresenta resistência à mudando de rotina, ao aprendizado e ao contato físico. Na infância, usam as pessoas como ferramentas, age como se não ouvisse, não mantém contato visual e não interage com as outras crianças. Apresenta, também, acentuada hiperatividade física, risos e movimentos não apropriados, comportamento indiferente e arredio.

Essas pessoas necessitam de um dia altamente estruturado e previsível. Apesar de precisarem ter sua personalidade respeitada, deve aprender normas e habilidades necessárias a qualquer pessoa.

Quando o autista não possuir a linguagem falada, faz-se necessário o ensino de outras formas de comunicação.

Pessoas com deficiência múltipla
A deficiência múltipla é a associação de duas ou mais deficiências: físicas, visual, auditiva e intelectual.

Muitas vezes as pessoas com deficiência múltipla apresentam dificuldades de comunicar seus pensamentos, desejos e intenções. Por vezes, não apresentam linguagem verbal, mas podem comunicar-se por gestos, olhar, movimentos corporais mínimos, sinais, objetos e símbolos.

Necessitam de pessoas interativas e receptivas que ofereçam apoio e incentivem esse processo de comunicação não verbal.

Respeite as suas dificuldades, valorize suas potencialidades

Seja natural e evite superproteção.

Fonte: Acessibilidade e Inclusão >Abrace essa ideia< - Prefeitura de Novo Hamburgo-RS
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