Curiosidades
Após acidente que perdeu irmão, PM cadeirante vence como fisiculturista
Um policial militar cadeirante, de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 km de Salvador, conquistou pela primeira vez o Campeonato Baiano de Fisiculturismo, na categoria estadual cadeirante. O campeonato ocorreu no último sábado (7), no município baiano e a vitória garantiu automaticamente a vaga do soldado Carlos Alberto Moreira de Freitas Júnior, de 32 anos, no Campeonato Brasileiro.
Moreira Júnior, como também é conhecido, passou no concurso da Polícia Militar em 2003, mas em 2007 sofreu um acidente de carro, onde lesionou a medula. Na ocasião, ele também perdeu o irmão Caio Moreira, 24 anos, e o amigo Anderson Ataide, de 21 anos. “Éramos unidos e foi muito dificil para mim por estar dirigindo o carro. Graças a Deus, tenho a consciência limpa por não estar bebendo, nem cometendo imprudência. Foi realmente um acidente e, por isso, tenho forças para seguir em frente por mim e por eles. Ou eu definhava na cama ou me cercava de tudo positivo para seguir em frente. Sempre tive uma vida de esporte e isso me ajuda também”, conta.
Após o acidente, o policial militar precisou fazer tratamentos de reabilitação no hospital Sarah Kubitschek, em Salvador e foi a partir de então que ele percebeu que poderia praticar a musculação junto à fisioterapia.
“Comprei um aparelho que tinha lá no Sarah, uma ‘estação de musculação’, então praticava em casa. Hoje eu não treino mais com ela, pois em 2012 fui selecionado para um estudo de células tronco. Eu e outras pessoas com lesões na medula ficamos durante seis meses fazendo fisioterapia após a cirurgia. Depois desse período, eu dei a ‘estação’ para outras pessoas que fazem fisioterapia lá na FIB [Faculdade Estácio de Sá, em Salvador] e hoje eu treino em uma academia perto de casa”, explica.
Sobre a experiência com as células tronco, ele explica que a sensibilidade aumentou. Antes só era sensível a um pouco abaixo da virilha, agora já sente mais a perna até as proximidades do joelho.
“Melhorou a capacidade da bexiga também. Como a musculatura atrofiou, não consigo ficar de pé, mas já engatinho com protetores nos joelhos. Com ajuda de um andador faço a ‘marcha ré’.
Consigo fazer várias coisas que as pessoas que têm a mesma lesão não conseguem. Meu sonho é voltar andar”, conta em tom de alegria.
O policial diz que foi descoberto por um árbitro de fisiculturismo do Paraná. “Ele me descobriu através das redes sociais e disse que eu estava com o físico legal. Só eu participei do campeonato, mas assim já estaria incentivando outras pessoas a fazerem também. No sábado eu me filiei na Federação Baiana, abri o campeonato, senti uma emoção muito grande porque as pessoas me aplaudiram de pé. Vou para o Brasileiro, que será em meados de agosto. A primeira etapa deve ser em São Paulo, mas a segunda etapa será em Salvador”.
Para a realização das atividades físicas, Moreira Júnior não tem patrocínio, mas recebe apoio dos pais, do irmão e da noiva, além da ajuda em suplementos alimentares de uma loja em Feira de Santana. Ele conta que os competidores de fisiculturismo geralmente têm equipes, mas no caso dele, os treinos e a alimentação ficam por contra própria.
Sonho
Para a realização das atividades físicas, Moreira Júnior não tem patrocínio, mas recebe apoio dos pais, do irmão e da noiva, além da ajuda em suplementos alimentares de uma loja em Feira de Santana. Ele conta que os competidores de fisiculturismo geralmente têm equipes, mas no caso dele, os treinos e a alimentação ficam por contra própria.
Sonho
“Eu tenho o objetivo de chegar nas Paralimpíadas de 2016”, conta Moreira Júnior, sobre a corrida de velocidade para cadeirantes. Segundo o policial, um esporte não anularia o outro, pois ele poderia continuar participando dos campeonatos de fisiculturismo e treinar para correr.
Como fisiculturismo não está entre as modalidades das Olimpíadas, Moreira Júnior pode participar da corrida. “Minha forma física está em dia pra treinar, a única coisa que preciso é a cadeira. Ela custa R$ 18 mil. É tipo um triciclo. Não posso participar da competição com minha cadeira normal. Meus colegas de farda já tentaram me ajudar, mas não conseguiram juntar dinheiro suficiente. Eles decidiram fazer uma festa agora para reunir o dinheiro”, conta.
www.expressomt.com.br
Como fisiculturismo não está entre as modalidades das Olimpíadas, Moreira Júnior pode participar da corrida. “Minha forma física está em dia pra treinar, a única coisa que preciso é a cadeira. Ela custa R$ 18 mil. É tipo um triciclo. Não posso participar da competição com minha cadeira normal. Meus colegas de farda já tentaram me ajudar, mas não conseguiram juntar dinheiro suficiente. Eles decidiram fazer uma festa agora para reunir o dinheiro”, conta.
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