Direito de amar e ser amado...


No século XXI, o tema de sexo é naturalmente comum para sociedade, não tem hora, dia, local e idade, para discutir este assunto, Mas quando o tema é voltado para pessoas com deficiência, ainda é um tabu que está em processo de aceitação, os deficientes estão encarando a sociedade dizendo: Eu amo, quero fazer sexo!

Os deficientes precisam ser respeitados, estas pessoas precisa se relacionar, saber viver, experimentar desde uma simples “paixonite” da adolescência, até o mais intenso amor com tudo àquilo que o cerca. Sejam quais forem às dificuldades, o indivíduo tem que buscar maneira de ter seus desejos respeitados e de poder experimentá-los com quem quiser ou desejar, porque amar faz parte da vida humana.

Partindo deste princípio, são muitos os estudos, trabalhos e pesquisas sobre a sexualidade das pessoas com deficiência, visto que, a maioria delas trata sobre a sexualidade das pessoas com deficiência intelectual ou visual, mas não se encontra nada a respeito das pessoas com paralisia cerebral. Mas elas também transmitem desejos, vontades sexuais e um afeto forte o qual leva em casamento.

Um belo exemplo é o casal Bruno Morais Pereira e Pryscylla Moura, que têm paralisia cerebral, se conheceram em uma rede social, e em 2013, resolveram morar juntos.

Segundo o casal a sociedade está dividida sobre este respeito, porque quando eles dizem: Que moram juntos, várias pessoas enxergam com naturalidade, mas outras não concordam devido a deficiência, por esta razão, pensam: Não são capazes de terem uma vida a dois. “Mas, o importante é não se importar com a opinião de ninguém, seguir em frente e ser feliz do seu jeito”. Comenta a Pryscylla.

O casal fala para todos “não devemos julgar a pessoa pela sua deficiência, não é só porque estamos na cadeira de rodas que não vamos viver a vida. Temos capacidade e força como qualquer outra pessoa. O que importa é ser feliz”.

Outro ponto que não pode ser esquecido é que alguns desses trabalhos tratam o tema sexualidade como algo proibitivo ou distante da realidade das pessoas com deficiência, isso é compreensível se pensar que as pessoas com deficiência há pouco tempo não tinha os direitos e espaço garantido na sociedade. Muito menos podiam ter liberdade sexual.

Isso vem mudando. Prova disso podemos encontrar no motel Belle, que oferece quarto adaptado para casais com deficiência, a acomodação conta com: cama mais baixa e com barras, no chuveiro, barras para apoio, banco e um espaço para cadeira de rodas, e o banheiro é bem espaçoso.

“Eu possuo paralisia cerebral e gostei da atitude do motel Belle, porque é difícil encontrar um local como esse, que oferece uma suíte adaptada. Ligo para dez motéis para poder achar um adequado, isso se achar! Nesse Motel, eu e meu companheiro podemos curtir mais, pois tivemos espaço para circular com as cadeiras de rodas, e outras coisinhas mais”. Comenta sorrindo a Suelen.

Com essa atitude. o motel Belle, mostra o início de uma mudança de comportamento tanto por parte da sociedade que começa a entender ou a tolerar que os deficientes têm desejo e vontade de compartilhar alguns momentos a dois.
Mesmo com o avanço do modo de pensar da humanidade, quanto a sexualidade dos deficientes, ainda é um tabu para algumas pessoas, cujas não endentem que eles também podem gerar uma família. Quando alguém depara com uma cadeirante grávida fica espantado pensando: “coitadinha ela grávida! Quem fez isto com ela?”.

A carioca Leia Sales, casada com Paulo Sérgio Sales há dois anos, tem uma filha, e está de sete meses de gestação. Ela é cadeirante devido à poliomielite, por conta desse motivo a Leia passou por uma situação incômoda no banco. Estava na fila quando ouviu duas mulheres conversando: Tadinha deve ter sido violentada, Leia olha para elas e responde: “Eu fiz sexo gostoso mesmo, porém foi com meu esposo”. Lembra com irritação: No dia do seu casamento uma pessoa veio a perguntar o porquê ela iria se casar, se não pode fazer sexo? “olhei para ela e respondi: Sabe de nada essa gente inocente”. Diz a carioca.

O ato de amar, fazer sexo, construir um lar... não é preconceituoso, entretanto, todos os seres humanos tem a necessidade e é o direito da pessoa de passar por essa experiência na vida.


Por Sandra Mara (reporterdainclusao@gmail.com.br)
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