Eu sabia que conseguiria, diz cadeirante sobre parto normal

Postagem sugerida por Mônica Carvalho


A atendente de telemarketing Lurdes Soares, a Lulu, 33, sempre sonhou com um parto normal. Os primeiros médicos que ela procurou depois de engravidar tentaram desencorajá-la e convencê-la a fazer uma cesárea.



“Eles [os médicos] diziam que eu não conseguiria”, conta Lulu, que perdeu as duas pernas aos 7 anos depois de ser atropelada por um caminhão. “Falavam que meu corpo era pequeno demais, que eu passava muito tempo sentada, que a bacia não abriria”, diz ela se referindo aos motivos dados pelos médicos para sugerir a cesárea.
Só que Lulu acreditava na capacidade de seu corpo de parir naturalmente. “Minha mãe teve 9 filhos de parto normal. Eu sentia que também podia, que conseguiria.”


A cadeirante diz que não abriu mão de seu projeto de parto normal e foi trocando de obstetra até encontrar um que acreditasse nela. “Passei por vários até encontrar o Victor Rodrigues, um profissional incrível. Quando o encontrei, estava quase acreditando que não conseguiria, mas ele renovou minhas forças.”


Lulu diz que respeita a decisão das mulheres que preferem a cesárea ao parto normal, só que ela não queria passar por uma cirurgia. “Não queria a recuperação de uma cirurgia de parto, dar trabalho para minha mãe depois. E sei que o parto normal é melhor para a mãe e para o bebê.”
Lulu diz que o parto de Derick, no começo de junho, foi um dos momentos mais importantes de sua vida. “Me senti realizada. Meu parto foi algo transformador, me senti o maior dos vulcões entrando em erupção: quente e forte.”


Segundo ela, a equipe que a acompanhou foi perfeita e fez de tudo para que ela se sentisse bem. “Meu médico me carregou, ele foi incrível.”


O parto de Lulu foi acompanhado pelo namorado com quem está há 8 anos. Ela diz que o nascimento do filho Derick não deve apressar os planos de casamento. “Sempre namoramos e nunca tínhamos planejado casar. Não é porque nasceu um bebê que devemos nos apressar.”


Ela mora com a mãe e uma irmã em Várzea Grande (MT) e diz que a deficiência nunca tirou sua liberdade e independência. Agora, sua missão é amamentar Derick.

Ela teve o pequeno Derick por parto normal humanizado. "Foram mais ou menos 18 horas de trabalho de parto. Não tomei anestesia e nem tive nenhuma intervenção médica. Foi uma explosão de sentimentos, é a coisa mais emocionante da vida de uma mulher, algo divino", diz. Para celebrar o momento, Lurdes registrou a gravidez e o nascimento do bebê em um ensaio fotográfico emocionante. As fotos são da Elis Freitas Fotografias

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Via: www.bolsademulher.com e maternar.blogfolha.uol.com.br
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