Conheçam a Mônica Santos! - PARALIMPÍADAS RIO 2016 Modalidade:Esgrima sobre Rodas
Natural de Santo Antônio da Patrulha, no Rio Grande do Sul, Mônica é a primeira e única mulher a representar o Brasil na esgrima em cadeira de rodas nas Paralimíadas Rio 2016. “Estou bem feliz”, comemora sorrindo.
Com mais de 30 medalhas conquistadas em
campeonatos nacionais e internacionais, Mônica não se arrepende da
escolha que fez quando descobriu que estava grávida: “Simplesmente
acordei um dia e não consegui andar. Quando estava com quatro meses de
gestação eu tive o diagnóstico de angioma medular. Os médicos queriam
que eu interrompesse a gravidez para poder me operar eu decidi ter a
minha filha”, comenta.
Quando Paolla, hoje com 13 anos, estava com um
mês de vida a atleta resolveu realizar a cirurgia. “Não consegui
reverter a minha lesão e permaneci paraplégica, mas poderia ter ficado
vegetativa”, explica, sem se lamentar. “Eu nasci de novo porque não
tinha chances de sair bem da cirurgia. Minha filha nasceu com saúde e eu
pude amamentá-la até os dois meses e depois disso comecei a dar leite
para ela”, avalia.
Aliás, o consumo de leite é parte fundamental da
dieta da atleta que precisa ingerir cálcio para se manter apta para
continuar competindo. “Como estou na cadeira e eu faço muito exercício
preciso do cálcio do leite para evitar lesões da cintura para baixo e
não ter osteoporose”, ensina. “Tomo muito achocolatado no meu dia a dia
para me manter forte e bem nutrida”.
E não é para menos! Mônica tem uma rotina
corrida, treina o dia inteiro, faz o serviço doméstico e ainda vem
dirigindo todos os dias de Santo Antônio da Patrulha para treinar em
Porto Alegre. “Levo cerca de 1h15min para ir e mais 1h15min para voltar e
por isto tenho um custo mensal de 2 mil reais de combustível. Ainda bem
que tenho o apoio da Triunfo Concepa que me isenta do pedágio”,
comemora. Mas Mônica precisa de mais apoiadores. “Estou aberta para
receber patrocínio para continuar competindo”, explica.
Representando a seleção brasileira de atletas
paralímpicos há quatro anos, Mônica se sente orgulhosa de tudo que
conquistou. “Do jeito que está o país politicamente é uma forma de
mostrar que existem pessoas boas. Me sinto orgulhosa de poder
representar não só a minha cidade que é Santo Antônio da Patrulha, mas o
Estado do Rio Grande do Sul e o Brasil nas paralimpíadas”.
Fonte: Blog do Leite Gaúcho
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