Leia e Paulo Sergio Sales ...



Leia...
Me chamo Leia, sou carioca e tenho poliomielite. Fazem 10 anos que comecei a utilizar a cadeira de rodas, antes disso usava próteses e muletas.


Minha deficiência nunca foi um problema para mim. Tive alguns namoradinhos mas nunca tive vontade de ter um relacionamento sério. Ouvia tantas histórias de amores que acabavam mal, que eu morria de medo de passar por isso.  

Mas em alguns momentos, não conseguia evitar o sensação de que estava faltando alguém para me completar. 

Com ajuda do destino,  fiquei sabendo de uma ONG chamada Adezo (RJ) que oferecia esporte adaptado e por eu ser cadeirante, decidi ir até lá para conhecer.

 Mas para minha surpresa eu não conheci somente o esporte, conheci também o homem de minha vida que acabou preenchendo meu coração. 

Neste dia ele veio se apresentar e de cara já nos entendemos bem. Paulo Sergio Sales era (e ainda é) coordenador da ONG, por isso em nenhum momento teve preconceito por eu ser cadeirante. Mesmo que ele não tivesse contato com pessoas com deficiência, acredito que ele não se importaria com a minha, já que quando existe amor de verdade nada é obstáculo.

 Trocamos telefone e passamos a conversar, até que um dia ele me chamou para sair. Aceitei, pois era meu aniversário e queria comemorar com ele!

O primeiro beijo só aconteceu uma semana depois da gente começar a namorar. Nosso namoro foi bastante saudável, sem crises de ciumes e aquelas "nóia" toda! Eu acreditava no amor dele e ele no meu. 

Depois de algum tempo ficamos noivos. O nosso amor aumentava cada dia mais e a vontade de estar sempre juntos se tornou enlouquecedora. Até que então, ele me pediu em casamento. 

Um ano depois no casamos, aconteceu no dia 14/09/2013 . Foi um sonho! 
Planejamos o casamento detalhadamente. O meu vestido nunca dava em mim, um dia antes do casamento eu fui experimentar e fiquei em pânico porque o vestido estava muito largo. Mas graças a Deus e a costureira, foi tudo resolvido e pude entrar lindamente na igreja.

Como toda noiva, eu me atrasei e muito, devido a sessão de fotos. A cada minuto que passava eu ficava mais nervosa!
Lembro exatamente como me senti quando a cerimonialista Denise Galdino disse que era a hora de eu entra na igreja, meu coração disparou e as portas da igreja se abriram. Fui conduzida pelo meu pai que também estava super emocionado.
Eu olhava para o altar e não via meu noivo, fiquei tão nervosa com isso que comecei a ter um ataque de riso! Até que ele surgiu de trás de uma pilastra, se mostrando bastante nervoso também. 

Foi lindo ver minha família e a dele reunidas em um só propósito, a nossa felicidade! Essa mesma que se permanece até hoje e permanecerá para sempre. Afinal, ele me tornou uma pessoa melhor, me faz sentir em paz, está sempre ao meu lado... e é com ele que quero viver o resto de minha vida!

Muitos podem até pensar que é difícil um cadeirante encontrar seu grande amor, mas eu nunca pensei nisso e sempre soube que encontraria alguém que me amasse de verdade, assim como ele me ama e eu amo ele também.


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