Talentos escondidos


Olá queridos leitores,
Ontem a uma da manhã estava sozinha na sala assistindo certo canal, o qual passou alguns trailers de filmes nacionais, de repente me vi questionando “Brasil produz filmes, minisséries e peças teatrais. A sociedade luta tanto para a igualdade, por meio da inclusão social. Entretanto, os primeiros que excluem atores com deficientes são os produtores desses entretenimentos”.

No meu entendimento os produtores das redes de comunicações, canais de TV, cinemas e teatros deveriam ser os primeiros a entrarem na onda da inclusão, dando mais oportunidades para atores com deficiências.

Não posso negar que ultimamente as pessoas com deficiência são temas de grandes escritores de novelas, filmes e peças teatrais. Entretanto, a maioria das vezes não são os próprios quem atuam, mas sim, atores que representam o deficiente.

Alias, são excelentes interpretações, até atinge o nosso convívio social. Todavia, durante e após a apresentação de uma novela, a população aceita mais a nossa condição. Imagina se fosse o próprio deficiente atuando! Teríamos mais retorno da sociedade. Sem falar da realização do ator.

No fim do ano passado pude conferi uma peça teatral, a qual foi dirigida pelo Jony da Costa Naim, 27 anos, com paralisia cerebral, ator há dez anos e repórter. Pela primeira vez que uma pessoa com esta deficiência realiza um belo trabalho com atores com paralisia cerebral severa. Ele nós comprovou que não basta achar só legal a inclusão, mas sim, dá oportunidades.

Existem outros atores espalhados pelo Brasil, como grupo teatral da Oficina dos Menestréis com diretor Deto Montenegro, que dirigi exclusivamente peças com atores com algum tipo de deficiência. Se nós espectadores fecharmos os olhos, não saberemos distinguir se o ator é cadeirante ou convencional, por tanta competência e responsabilidade do ator.

Em 2012, foi o ano que os deficientes puderam mostrar seus talentos na tela do cinema, com o filme nacional Colegas protagonizado por atores síndrome de Down. E na TV com a novela Carrossel, na qual teve participação do ator cadeirante com o personagem Tom.

Que esses grandes sucessos de atores dentro e fora da mídia, sirvam de exemplos, para os produtores de entretenimentos compreenderem que o profissionalismo está além do corpo.

Sandra Mara
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