Sexualidade e suas questões...


 Segundo Nina Regem e a doutora Ana Rita de Paula, a sexualidade se desenvolve a partir do modo como nos enxergamos e percebemos que as pessoas nos enxergam.
   A sexualidade se expressa no corpo simbólico, ou seja, no corpo que temos em mente, na imagem que fazemos dele, nas fantasias que temos com ele. 
   É preciso você se achar bonito(a) e atraente, para que as outras pessoas comecem a te ver dessa forma também. Um cadeirante pode levar tempo para isso, mas a melhor maneira é parar de se esconder e encarar a realidade, encarar o seu corpo de verdade. Com o tempo irá se acostumar com ele e perceberá que não é "tão feio" como você imagina.
  De fato algumas pessoas ainda acreditam que cadeirantes não se relacionam sexualmente, mas devemos esquecer e tirar isso de nossas cabeças, pois estamos convivendo em uma sociedade em que tudo está mudando e grande maioria já nem pensa dessa forma.
   Se nós cadeirantes continuarmos dando "bola" e se preocupando com o que as pessoas acham de nós, não vamos nos libertar deste preconceito nunca, e acabaremos, inconscientemente, pensando que realmente não podemos. 
       Posso estar errada na hora de dar conselho para minhas amigas, mas sempre digo para elas que realmente precisamos nos aceitar, olhar nosso corpo no espelho e tentar fazer o possível para nos sentir bem com ele.
   Também é necessário estar disposta, sair de casa (ou na net mesmo) para conhecer pessoas até encontrar uma que combine com você e te faça bem! Mas não saia pegando o primeiro(a) da sua frente, tenha calma e escolha bem.
   Depois que encontrar a pessoa certa, é hora de pensar na sexualidade. Muitos cadeirantes não assumem suas dificuldades por orgulho ou vergonha e isso atrapalha muito. Precisamos ser realistas e assumir que um cadeirante não é igual a um andante na hora do sexo; Somos diferentes sim, mas não frágeis e intocáveis! Precisamos de um parceiro(a) que no mínimo tenha compreensão e serenidade na hora de se relacionar sexualmente.
   Na verdade, não tem como fazer um manual com dicas e posições para cadeirantes, pois cada pessoa é de um jeito. A melhor maneira de saber sobre sexualidade do cadeirante, é na prática mesmo. 
   Quanto mais você ler, mais pensar sobre isso, mais expectativas vai criar e todos nós sabemos que isso não é recomendável.
    Por isso meus amigos(as), conforme-se com sua deficiência, aceite e cuide de seu corpo, pare de se ver como um deficiente... e então, vá a luta!
    
Comentários, opiniões e sugestões, sempre são bem vindas!
Grande beijo
Carol Constantino
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