A liberdade de expressar é tudo

Por Sandra Mara (sandramaraoli@ig.com.br)

Cada século que passa o nosso país é cada vez mais democrata e livre, para os cidadãos expressarem e manifestar suas próprias opiniões, independente da raça, religião, idade e da condição física, o importante é a diversidade de cada um.

Desde de pequena eu era muito falante sem importar como a minha dificuldade na fala, toda via possuo paralisia cerebral devido falta de oxigênio na hora do parto. Mas ao passar dos anos decidi a ter como profissão jornalismo, visto que era um modo de me expressar sem preocupar com a compreensão das pessoas. Hoje, com orgulho posso dizer que " Eu trabalho numa revista chamada Bem Vindo A.Nó.S. da qual é a primeira do mudo escrita pelos repórteres que possui paralisia cerebral. Graças a Deus, já estou realizando esse sonho há três anos."

Devido minha deficiência é severa preciso utilizar uma ponteira na cabeça para escrever e "Sou apaixonada pela profissão porque me sinto como uma "borboleta livre". Lógico que preciso respeitar certas regras, mas sou livre para escrever e tenho orgulho de imaginar que estou informando o leitor com minhas matérias."

Quem gosta de comunicar por meio das palavras a profissão de jornalismo é um dos trabalhos o qual possibilita exercitar a liberdade de expressão e engloba diversos fatores que não deixam a mente de um indivíduo parado no tempo. Um jornalista precisa estar sempre atualizado com as notícias e tem oportunidade de aprender a respeitar outras opiniões.

A cada ano nós, deficientes, estamos invadindo mais e mais o mercado de trabalho e a atividade de jornalismo que vem ganhando profissionais com várias deficiências.

No século XXI, a tecnologia abri o acesso para soltar a nossa imaginação com a escrita. É uma ferramenta importante para um jornalista, que visa a trabalhar em casa e depois enviar a matéria para a redação por e-mail como eu faço com este Blog dos Cantinho dos cadeirantes ou utilizar a tecnologia para efetuar o serviço na própria redação. Além disso, é um trabalho que não exige muita rotina e o profissional dispõe de diferentes maneiras para cumprir suas tarefas. Essas facilidades podem ser um estímulo para os deficientes trabalharem na área.


Um bom exemplo disso é a jornalista Samara Andresa Del Monte, que também tem paralisia cerebral. a qual utiliza a mesma técnica para escrever como eu, uma ponteira na cabeça para digitar. Formada em jornalismo em 2013, na Universidade UNIP, é responsável pela revista Mais Eficiente, colunista na revista Reação e trabalha no jornal ABCD Maior. Samara não precisa sair de casa para executar seus trabalhos, visto que a sua redação fica dentro de casa e ela manda o material pelo e-mail. Ela escolheu a profissão certa para seu futuro, pois ama a língua portuguesa, escrever e ler. "A cada entrevista que faço sinto-me realizada", confirma Samara.

Os veículos de comunicação precisam colocar mais a mão na consciência e dar mais oportunidade para a pessoa com deficiência severa, mostrar que seu desempenho não está limitado ao físico. Principalmente hoje em dia, que não é obrigado ser formada na ária para exercer o jornalismo.

Fique atento à sua próxima leitura, você pode estar lendo uma matéria escrita por um jornalista com deficiência.
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