Curiosidades
Faça o bem, que te fará também!
Sei que o assunto a seguir, não tem nada a ver com cadeirantes. Mas, achei esse desafio tão incrível que gostaria de desafiar você também.
Dia 1
Quinta-feira. O desafio me pegou no fim de uma semana complicada, mas em vez de procurar desculpas, tratei de buscar oportunidades para as ações positivas. Minha primeira ação positiva seria colocar um baita sorriso na cara e não tirá-lo nem para dormir. É isso. Eu iria sorrir.
Por um segundo essa decisão pareceu ridícula, mas a sensação só durou até eu lembrar do quão pouco eu sorrio – e as pessoas fazem questão de me lembrar disso. Não que me faltem motivos, muito pelo contrário, mas estou sempre preocupada com algo, com a cabeça em outro lugar e acabo saindo por aí com a cara fechada, com ares de mau humor. Certa vez li sobre como as pessoas se sentem bem ao ver alguém sorrindo e como o bom humor é, cientificamente comprovado, contagiante. Então tratei de desamarrar a cara e estampei um sorriso pelo resto do dia.
Não se trata de um experimento científico, no caso, mas posso afirmar que mostrar os dentes e esticar um sorriso teve seus benefícios. Quando desci para ir ao mercado e tomar um ar no fim da tarde, arranquei um sorriso do porteiro que, distraído e entediado, estava com cara de mau humor. A mesma coisa aconteceu no caixa do mercado e até conversei amenidades com o rapaz enquanto passava as compras – curitibana e tímida que sou, isso é fato raro. A verdade é que sorrir fez com que eu me sentisse melhor, mais tranquila e, sim, mais feliz, além de provocar sorrisos em pelo menos duas outras pessoas. Decidi, então, que iria vestir meu melhor sorriso todos os dias pela manhã, assim como vestia a roupa.
Dia 3
Sábado. Dia livre! Ou quase isso. Decidi aproveitar a manhã para treinar fotografia e buscar oportunidades de ações positivas. Com sorriso no rosto e câmera na mão, fui dar uma volta pelo principal ponto do Centro de Curitiba: o calçadão da XV. Entre um clique e outro, encontrei este rapaz, missionário que ajuda em uma casa de recuperação chamada Vale da Benção, na região metropolitana de Curitiba. Na caixa de isopor ele tinha alfajores e os vendia para arrecadar fundos para instituição e eu comprei um deles. Ação positiva concluída com sucesso!
Domingo. Enquanto voltava do meu passeio de sábado, passei em frente a um tubo de ônibus e me lembrei do projeto Tuboteca, criado pela Prefeitura de Curitiba. Dentro de alguns tubos, foi criado um espaço em que as pessoas podem deixar livros para troca, um projeto que incentiva a leitura e conta com a honestidade dos passageiros. Decidi abrir meu armário de livros e escolher dois deles para doar à Tuboteca.
Aproveitei que ia de ônibus até a casa de meus pais para deixar o livro na Tuboteca. Quando entrei no tubo, me surpreendi com as prateleiras vazias: a procura é grande ou alguém não está devolvendo os livros? Mistério à parte, deixei lá os dois exemplares, que logo atiçaram a curiosidade de quem chegava. Quarta-feira passei no tubo novamente e nem sinal deles. Que alguém aproveite as estórias!
Dia 5
Segunda-feira. Tentei contato com duas instituições que atendem crianças carentes para tentar ajudar de alguma forma. Não obtive sucesso, ambas ainda estavam em férias, reorganizando-se para o ano. Enquanto isso, a lista de tarefas estava grande e não consegui nem sair do apartamento. O máximo que fiz foi me arriscar na cozinha e preparar um almoço para minha namorada: panquecas de strogonoff – ela ficou feliz e jura que estava uma delícia
À noite estava com minha mãe no telefone e consegui convencê-la a fazer “a limpa” em seu guarda-roupa. Assim, ela separaria roupas que não usa mais e as doaria. Só não fiz isso eu mesma porque duas semanas antes já tinha limpado o meu armário e doado tudo o que não usava mais. Certa vez me perguntaram por que eu não vendia as roupas em brechó. Ué, por que não doar?
Dia 6
Terça-feira. O dia foi tão corrido quanto segunda-feira. Com uma consulta médica marcada no meio da tarde, saí correndo atrasada na quente tarde curitibana. No meio da rua, um velhinho estava sentado ao lado de um saco de latinhas enorme. Atraída pela quantidade anormal de latinhas que ele carregava, diminuí o passo e ele me pediu um trocado. Honestamente eu gostaria de ter podido oferecer a ele um lanche ou algo assim, mas o relógio só permitiu que eu trocasse com ele algumas palavras e desse algum dinheiro. Comentei sobre a quantidade de latinhas e, com voz rouca, ele me contou rapidamente que costuma catar durante a madrugada, quando “ninguém incomoda”. Sorrimos e eu corri para o médico.
Dia 7
Quarta-feira. A intenção era ir até o Hemepar a fim de me cadastrar como doadora de medula óssea, algo que nunca fiz por pura falta de planejamento de tempo. Mas não basta a semana ser corrida, eu tinha que acordar com dor de dente. Confesso que me habituei a sorrir mais durante esses dias, mas com dor de dente fica realmente difícil. Sem a menor condição de sair de casa debaixo de sol e chateada pela dor contínua, decidi procurar algo que pudesse fazer de bem sem sair de casa. Acabei no site da AVAN (Associação Vida Animal), uma instituição que cuida de cães encontrados na rua aqui em Curitiba, e enviei uma ajuda financeira.
O que eu aprendi no final do desafio
Você deve estar pensando “por que diabos ações tão banais merecem um texto?” Pois bem, a questão é que apesar de tão simples, muitas vezes nós não as fazemos. E isso merece atenção. Muitas vezes temos como conceito de boa ação passar uma tarde em um asilo ou com crianças carentes, usando um tempo que muitas vezes nos é escasso. E então esquecemos que a ação positiva também acontece nos pequenos atos, com pessoas próximas e com desconhecidos.
Ao me forçar a sorrir mais, aprendi que é possível tornar ambientes mais alegres e que ninguém vai me achar esquisita por sair pelas ruas com um sorriso na cara. Este desafio me mostrou que mais do que planejar as ditas boas ações, o importante é estar disposto e alerta a fazê-las no dia a dia. Para moradores de rua, que são evitados e ficam invisíveis, algumas palavras trocadas valem mais do que as moedas. Para um amigo ou familiar, a atenção é o melhor presente.
Em uma semana disposta a fazer ações positivas, eu me senti mais viva, mais conectada às pessoas e mais pertencente ao mundo. Nesta semana, eu fiz coisas que talvez jamais faria, por pura timidez ou hábito. E aprendi que sorrir é o primeiro passo para agir positivamente. Mesmo quando você está com dor de dente.
E então, que tal participar desse desafio também? Como você viu no meu depoimento, as ações não precisam ser grandiosas – pequenos gestos podem melhorar o dia de alguém e, consequentemente, fazer uma pequena diferença no mundo. Se todo mundo decidir fazer um pouco, logo a diferença será muito maior.
Agora, eu desafio você!
http://www.hypeness.com.br/
Uma diretora do site 'Hypeness' desafio uma jornalista, a fazer uma boa ação por dia durante uma semana. Boa ações estas, que qualquer pessoa pode fazer.
Veja o que rolou:
O ano começou, a Jaque Barbosa, Diretora de Conteúdo do Hypeness, mandou um email falando sobre um novo quadro do site e me convidou para uma espécie de desafio: eu deveria passar uma semana fazendo ações positivas. Aceitei de imediato, afinal, seria a oportunidade perfeita para colocar em prática algo que eu descobri querer fazer.
A primeira reação foi pegar um bloquinho, uma caneta e fazer uma lista com todas as possibilidades de fazer o bem. Depois de virar duas páginas com atividades, percebi que se eu quisesse tornar o dia de alguém melhor, eu deveria “sair da toca” e manter os olhos atentos. Optei pelo improviso e, em vez de planejar os movimentos da semana, deixei as boas ações acontecerem.
Veja o que rolou:
O ano começou, a Jaque Barbosa, Diretora de Conteúdo do Hypeness, mandou um email falando sobre um novo quadro do site e me convidou para uma espécie de desafio: eu deveria passar uma semana fazendo ações positivas. Aceitei de imediato, afinal, seria a oportunidade perfeita para colocar em prática algo que eu descobri querer fazer.
A primeira reação foi pegar um bloquinho, uma caneta e fazer uma lista com todas as possibilidades de fazer o bem. Depois de virar duas páginas com atividades, percebi que se eu quisesse tornar o dia de alguém melhor, eu deveria “sair da toca” e manter os olhos atentos. Optei pelo improviso e, em vez de planejar os movimentos da semana, deixei as boas ações acontecerem.
Dia 1
Quinta-feira. O desafio me pegou no fim de uma semana complicada, mas em vez de procurar desculpas, tratei de buscar oportunidades para as ações positivas. Minha primeira ação positiva seria colocar um baita sorriso na cara e não tirá-lo nem para dormir. É isso. Eu iria sorrir.
Por um segundo essa decisão pareceu ridícula, mas a sensação só durou até eu lembrar do quão pouco eu sorrio – e as pessoas fazem questão de me lembrar disso. Não que me faltem motivos, muito pelo contrário, mas estou sempre preocupada com algo, com a cabeça em outro lugar e acabo saindo por aí com a cara fechada, com ares de mau humor. Certa vez li sobre como as pessoas se sentem bem ao ver alguém sorrindo e como o bom humor é, cientificamente comprovado, contagiante. Então tratei de desamarrar a cara e estampei um sorriso pelo resto do dia.
Dia 2
Sexta-feira saí caminhar um pouco. Próximo de onde moro, alguns calouros faziam a festa, com tinta, farinha e pediam trocados a quem passava.
Geralmente eu iria ignorar qualquer solicitação e continuar minha caminhada, mas se tratava de uma oportunidade para agir positivamente. Não só dei um troco para a menina, que afirmou ter passado em alguma Engenharia, como achei simpático e útil dizer a ela algumas palavras de quem já passou pela universidade. Após pouco mais de dois minutos falando sobre universidade, ideias, mundo e mercado de trabalho, segui meu caminho e deixei que ela continuasse a fazer a festa. Espero que ela não tenha se esquecido de tudo depois das merecidas cervejas que tomou. A fala foi tão espontânea e de coração que até eu me surpreendi.
Sexta-feira saí caminhar um pouco. Próximo de onde moro, alguns calouros faziam a festa, com tinta, farinha e pediam trocados a quem passava.
Geralmente eu iria ignorar qualquer solicitação e continuar minha caminhada, mas se tratava de uma oportunidade para agir positivamente. Não só dei um troco para a menina, que afirmou ter passado em alguma Engenharia, como achei simpático e útil dizer a ela algumas palavras de quem já passou pela universidade. Após pouco mais de dois minutos falando sobre universidade, ideias, mundo e mercado de trabalho, segui meu caminho e deixei que ela continuasse a fazer a festa. Espero que ela não tenha se esquecido de tudo depois das merecidas cervejas que tomou. A fala foi tão espontânea e de coração que até eu me surpreendi.
Dia 3
Sábado. Dia livre! Ou quase isso. Decidi aproveitar a manhã para treinar fotografia e buscar oportunidades de ações positivas. Com sorriso no rosto e câmera na mão, fui dar uma volta pelo principal ponto do Centro de Curitiba: o calçadão da XV. Entre um clique e outro, encontrei este rapaz, missionário que ajuda em uma casa de recuperação chamada Vale da Benção, na região metropolitana de Curitiba. Na caixa de isopor ele tinha alfajores e os vendia para arrecadar fundos para instituição e eu comprei um deles. Ação positiva concluída com sucesso!
Dia 4
Domingo. Enquanto voltava do meu passeio de sábado, passei em frente a um tubo de ônibus e me lembrei do projeto Tuboteca, criado pela Prefeitura de Curitiba. Dentro de alguns tubos, foi criado um espaço em que as pessoas podem deixar livros para troca, um projeto que incentiva a leitura e conta com a honestidade dos passageiros. Decidi abrir meu armário de livros e escolher dois deles para doar à Tuboteca.
Aproveitei que ia de ônibus até a casa de meus pais para deixar o livro na Tuboteca. Quando entrei no tubo, me surpreendi com as prateleiras vazias: a procura é grande ou alguém não está devolvendo os livros? Mistério à parte, deixei lá os dois exemplares, que logo atiçaram a curiosidade de quem chegava. Quarta-feira passei no tubo novamente e nem sinal deles. Que alguém aproveite as estórias!
Dia 5
Segunda-feira. Tentei contato com duas instituições que atendem crianças carentes para tentar ajudar de alguma forma. Não obtive sucesso, ambas ainda estavam em férias, reorganizando-se para o ano. Enquanto isso, a lista de tarefas estava grande e não consegui nem sair do apartamento. O máximo que fiz foi me arriscar na cozinha e preparar um almoço para minha namorada: panquecas de strogonoff – ela ficou feliz e jura que estava uma delícia
À noite estava com minha mãe no telefone e consegui convencê-la a fazer “a limpa” em seu guarda-roupa. Assim, ela separaria roupas que não usa mais e as doaria. Só não fiz isso eu mesma porque duas semanas antes já tinha limpado o meu armário e doado tudo o que não usava mais. Certa vez me perguntaram por que eu não vendia as roupas em brechó. Ué, por que não doar?
Dia 6
Terça-feira. O dia foi tão corrido quanto segunda-feira. Com uma consulta médica marcada no meio da tarde, saí correndo atrasada na quente tarde curitibana. No meio da rua, um velhinho estava sentado ao lado de um saco de latinhas enorme. Atraída pela quantidade anormal de latinhas que ele carregava, diminuí o passo e ele me pediu um trocado. Honestamente eu gostaria de ter podido oferecer a ele um lanche ou algo assim, mas o relógio só permitiu que eu trocasse com ele algumas palavras e desse algum dinheiro. Comentei sobre a quantidade de latinhas e, com voz rouca, ele me contou rapidamente que costuma catar durante a madrugada, quando “ninguém incomoda”. Sorrimos e eu corri para o médico.
Dia 7
Quarta-feira. A intenção era ir até o Hemepar a fim de me cadastrar como doadora de medula óssea, algo que nunca fiz por pura falta de planejamento de tempo. Mas não basta a semana ser corrida, eu tinha que acordar com dor de dente. Confesso que me habituei a sorrir mais durante esses dias, mas com dor de dente fica realmente difícil. Sem a menor condição de sair de casa debaixo de sol e chateada pela dor contínua, decidi procurar algo que pudesse fazer de bem sem sair de casa. Acabei no site da AVAN (Associação Vida Animal), uma instituição que cuida de cães encontrados na rua aqui em Curitiba, e enviei uma ajuda financeira.
O que eu aprendi no final do desafio
Ao me forçar a sorrir mais, aprendi que é possível tornar ambientes mais alegres e que ninguém vai me achar esquisita por sair pelas ruas com um sorriso na cara. Este desafio me mostrou que mais do que planejar as ditas boas ações, o importante é estar disposto e alerta a fazê-las no dia a dia. Para moradores de rua, que são evitados e ficam invisíveis, algumas palavras trocadas valem mais do que as moedas. Para um amigo ou familiar, a atenção é o melhor presente.
Em uma semana disposta a fazer ações positivas, eu me senti mais viva, mais conectada às pessoas e mais pertencente ao mundo. Nesta semana, eu fiz coisas que talvez jamais faria, por pura timidez ou hábito. E aprendi que sorrir é o primeiro passo para agir positivamente. Mesmo quando você está com dor de dente.
E então, que tal participar desse desafio também? Como você viu no meu depoimento, as ações não precisam ser grandiosas – pequenos gestos podem melhorar o dia de alguém e, consequentemente, fazer uma pequena diferença no mundo. Se todo mundo decidir fazer um pouco, logo a diferença será muito maior.
Agora, eu desafio você!
http://www.hypeness.com.br/
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