Tiro com Arco adaptado



Em cada tentativa, a concentração é fundamental para os arqueiros. As regras da modalidade são quase as mesmas das adotadas pela Federação Internacional de Tiro com Arco (FITA). A entidade responsável pelo gerenciamento e desenvolvimento do esporte é o Comitê de Tiro com Arco do Comitê Paralímpico Internacional (IPC). Tetraplégicos, paraplégicos e pessoas com mobilidade limitada nos membros inferiores competem. Estes últimos podem escolher atuar em pé ou sentados num banco.

Uma distância de 70m separa os atletas do alvo, que mede 1,22m de diâmetro, sendo formado por dez círculos concêntricos. O mais externo vale um ponto. A partir daí, quanto mais próxima do círculo central estiver a flecha, maior a pontuação obtida. Dez pontos são dados para quem acerta o centro do alvo, lance que requer muita precisão. Caso a flecha fique no limite entre dois círculos, é considerado o de maior valor. Se uma seta perfurar a outra, a mesma pontuação da primeira é dada à segunda.

O formato de disputa do tiro com arco durante os Jogos Paralímpicos é chamado de “Round Olímpico”. Um total de 96 arqueiros – 64 homens e 32 mulheres – participa da competição tanto no individual como por equipe. Entretanto, antes deste sistema de jogo ser iniciado, há uma eliminatória: é o Ranking Round. Nesta fase, cada arqueiro tem direito a seis seqüências, compostas por 12 flechas (total de 72). Após todas as tentativas, os confrontos da próxima etapa, o Round Olímpico, são definidos. A lógica da formação das chaves é a seguinte: o 1º colocado enfrenta o 32º, o 2º encara o 31º e assim por diante. Os arqueiros têm direito a seis seqüências de três flechas, com 40 segundos permitidos por tentativa. Quem vence, joga a próxima fase sob estas mesmas regras (18 flechas). Das quartas-de-final até a grande final, em cada etapa, o sistema de disputa é composto por quatro seqüências de três flechas para todos os oponentes.

As seleções por equipe são formadas por três competidores. Os resultados obtidos pelos compatriotas no Ranking Round são somados. Com isso, as equipes masculinas são ranqueadas de 1 a 16 e as femininas de 1 a 8. Na primeira fase do Round Olímpico, as seleções atuam simultaneamente. As tentativas consistem em três seqüências de nove flechas, com cada uma durando três minutos no máximo. Vão à final as quatro melhores parcerias. Na decisão, as seleções têm direito às mesmas três seqüências de nove setas da etapa preliminar.

No Brasil, a modalidade é organizada pela Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTarco), atualmente presidida por Vicente Fernando Blumenschein .

Histórico
Por mais de 50 anos, pessoas com deficiência testam sua precisão e perícia nas competições de tiro com arco. A modalidade surgiu como uma atividade de recreação e reabilitação para seus praticantes – em princípio, lesionados medulares. Os primeiros eventos do esporte ocorreram por volta de 1948, nos Jogos de Stoke Mandeville, na Inglaterra. Esta é uma das mais tradicionais modalidades paralímpicas, visto que está presente desde a primeira Paraolimpíada em Roma (1960).

Em todas as edições dos Jogos Paralímpicos, o tiro com arco preservou a característica de contar com a participação tanto masculina como feminina. Hoje, competem arqueiros em cadeira de rodas, paralisados cerebrais, amputados e Les Autres. Há disputas no individual e por equipe. Um dos fatos mais marcantes do tiro com arco paralímpico ocorreu em 1992, na Cerimônia de Abertura da Olimpíada de Barcelona, quando o espanhol Antonio Rebollo, duas vezes medalhista paralímpico, atirou a flecha que acendeu a Pira Olímpica, declarando, assim, o início do maior evento esportivo do mundo.

Classificação

Tiro com Arco em Pé (ARST)
Arqueiros na classe de pé não possuem deficiência nos braços. Possuem algum grau de perda de força muscular nas pernas, de coordenação ou mobilidade articular. Arqueiros nesta classe podem escolher por competir sentados numa cadeira normal com os pés no solo ou de pé.
Tiro com Arco em Cadeira de Rodas 1 (ARW1)

Arqueiros na classee ARW1 possuem deficiência nos braços e pernas (tetraplegia). Possuem alcance limitado dos movimentos, força e controle dos braços e pouco ou nenhum controle do tronco. As pernas não são consideradas funcionais, devido a amputações e/ou limitações semelhantes de movimento, força e controle.
Tiro com Arco em Cadeira de Rodas 2 (ARW2)

Arqueiros na classe ARW2 possuem paraplegia e mobilidade articular limitada nos membros inferiores. Estes atletas requerem uma cadeira de roda para uso diário.
Fonte: CPB

Tecnologia do Blogger.