SOU CADEIRANTE E AGORA? (DICAS DE UMA PSICÓLOGA CADEIRANTE)





Depois de cadeirante que me motivei para me tornar psicóloga e passei profundamente por um processo de adaptação e descoberta de novas possibilidades e de resiliência e superação do desafio que é ser uma pessoa com necessidades especiais. No início foi um choque até me adaptar. Hoje, após uma longa jornada de readaptação e uma busca que se tornou ainda mais intensa por mim mesmo, quero deixar algumas dicas psicológicas para você que se descobriu cadeirante a pouco tempo e ainda não sabe bem como agir.

Como uma pessoa que acaba de ficar em uma cadeira de rodas se vê? Nossa, acho que vocês sabem bem o que é isso, choramos muito, nos sentimos uma pessoa inútil. Alguns bebem muito para esquecer outros começam a ter envolvimento com drogas pesadas para não pensar no futuro,  ter que lidar com as feridas no corpo.


O pior momento de um cadeirante é o enfrentamento com o mundo. Sair nas ruas, ter uma vida normal, pois nos deparamos com os olhares preconceituosos, barreiras arquitetônicas, lugares inadequados, muitas vezes evitamos ir na balada por não ter banheiro adaptados.
Eu tinha 19 anos quando passei por tudo isso, tenho muitas histórias, assim como venci, você também pode vencer.

SE ADAPTANDO A UMA NOVA REALIDADE


Como deixar o passado para trás, se a tormenta de ser um cadeirante está presente o tempo todo, trauma que tanto nos faz sofrer,  muitos distúrbios ao nosso equilíbrio emocional não são visíveis a olho nu. “Porque eu?”

Apesar do fato de percebermos que nada pode mudar o passado, promove a dúvida acerca de se conseguimos realmente superar isso, claro ficamos tristes sim, mais isso não significa que é por causa da cadeira de rodas e sim por motivos comuns a todos as pessoas. Como um amor, um objetivo não conquistado ou qualquer outro problema da vida. No entanto, apesar de não ser possível mudar e/ou apagar os acontecimentos dolorosos vividos no passado, é possível reinterpretar a dor e a perda de forma a libertarmo-nos da mágoa paralisante.

Apesar da pessoa ter necessidades especiais, é possível sim alçar voos maiores nos quesitos: carreira, qualidade de vida e mesmo relacionamentos. Você já observou a sua cidade como um todo? Se você quer tem que ir, meter a cara, se der certo amém se não foi um aprendizado para tentar fazer melhor.
A minha mãe sempre disse
que você tem que colocar o passado para trás
antes que se possa seguir em frente
Forrest Gump

COMO SE ADAPTAR A VIDA DE CADEIRANTE ORIENTAÇÕES DE UMA PSICÓLOGA CADEIRANTE

1- NÃO HÁ LIMITES PARA A  AUTOSUPERAÇÃO

Em primeiro lugar lembre-se que deficiências todos temos alguma e cada um deve superar seus próprios limites. Não se acovarde compreenda seus novos limites e trace novas metas, planos, novas formas de se alcançar os sonhos.

2- NÃO DEIXE SEUS SONHOS MORREREM

Independente do que você consiga conquistar, não desistas de sonhar, como qualquer pessoa temos que ter nossos sonhos, sentimentos e necessidades.
Somos pessoas normais com uma diferença, usamos uma cadeira de rodas, tente seguir em frente depois de um revés, muitas vezes os golpes sofridos no passado tornam-se uma tormenta ao bem-estar no presente.

3- BUSQUE RESILIÊNCIA

Falta de Acessibilidade nas ruas e ambientes públicos, falta de transportes adaptados, dificuldade no acesso a produtos necessários a vida de um cadeirante como: cadeiras, adaptações, órteses, medicamentos e outros principalmente pelo preço.

Alguns se apegam em alguma crença, mais a força de vontade é a chave mestra para resiliência, por isso sempre tive perseverança e passei a ter entendimento que existem pessoas em situação pior que eu.

4- BUSQUE POR APOIO DE AMIGOS E INSTITUIÇÕES

Procure apoio, não vivemos isolados dos outros, o contato, o afeto e a troca de experiências permite-nos crescer e desenvolvermo-nos. As pessoas crescem melhor promovendo bons relacionamentos e procurando apoio, perante o sofrimento, se nos afastarmos dos outros por nos sentirmos diferentes ou para nos protegermos, o que pode imergir é mais sofrimento, e reviver o trauma ou a situação angustiante uma e outra vez na nossa mente, procure apoio para aliviar os seus sentimentos, relacionamentos saudáveis, apoio podem ajudar a curar feridas psicológicas.

Mesmo que os outros não possam resolver o seu trauma ou problema, eles podem ajudá-lo a chorar a perda ou a decepção e reconfortá-lo.

5- PROCURE AJUDA PROFISSIONAL 

Não sofra em círculos, preso  a emoções circulares e negativas, procure ajuda de um profissional, o potencial dentro de você que estava ali antes de passar por esses sofrimentos de ser um cadeirante. Caso ache boa ideia entre em contato comigo através do Terapia de Bolso que te ajudarei, assim como fui ajudada um dia e hoje estou aqui superando a cada dia, vencendo só mais um obstáculo por vez.

IR AO PSICÓLOGO AJUDA? 

A Terapia clínica conduz  a pessoa a reviver os acontecimentos marcantes e superá-los mental e emocionalmente, perceber que tipo de emoções e sentimentos mais o angustiam, que não o deixam seguir, que impacto emocional teve e continua a ter no presente e como gerar estratégias para se adaptar.

Quando a pessoa consegue entender as reações que teve, porque teve, e quais as circunstâncias que contribuíram para o impacto emocional registrado, passa para uma posição vantajosa para reinterpretar e implementar um nova forma de olhar para os acontecimentos futuros, assim conseguir ter uma vida normal mesmo sendo cadeirante ou tendo uma deficiência qualquer. Namorar, casar, trabalhar e ter sua família constituída, é possível. Só preciso interpretar essas dinâmicas à luz de uma nova informação e numa situação segura e controlada (o momento presente).

Na minha prática profissional tenho ajudado a resgatar e renovar a história individual de algumas pessoas cadeirantes e não cadeirantes. Se quiser iniciar um processo de autoenfrentamento e apronfundamento em suas protencialidades e medos não superados, fique a vontade para conhecer meu horários e meu consultório online. Te atenderei aí mesmo de onde está via vídeoconferência.


Um Forte abraço da sua terapeuta Sonia Mendes.

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