DO SONHO DE INFÂNCIA À REALIDADE - Ícaro se tornou fotógrafo e conquistou sua independência

16:33:00

Nascido em Brasília, Icaro Santos sempre sonhou em ser fotógrafo e depois de muita persistência e dedicação, o sonho do pequeno garotinho se tornou realidade. Hoje com 28 anos, ele é considerado um profissional de sucesso devido ao seu belo trabalho.


Desde pequeno Icaro sabia que tinha Distrofia Muscular, mas nem por isso deixou de experimentar a arte de fotografar. Com várias tentavas e experiências, hoje ele consegue captar momentos únicos registrados em suas fotografias. 




Tive o privilégio de poder conversar com Ícaro e conhecer melhor o seu trabalho. Veja o que ele nos contou:

(Cantinho Dos Cadeirantes)
-Você em algum momento tentou ter alguma outra profissão, ou sempre quis ser fotógrafo?

Eu tive algumas oportunidades em um escritório, depois em uma gráfica como designer... 

Mas desde pequeno sempre sonhei em fotografar, eu vivia brincando com câmeras. 

Com o passar do tempo, fui crescendo e comecei a fazer fotos da minha irmã, das amigas dela e aos poucos começou a surgir alguns serviços.

A partir deste momento comecei a ser pago e com isso pude iniciar minha carreira investindo em equipamentos melhores. Hoje já fazem 3 anos que a fotografia se tornou a minha profissão. 




-Em algum momento você ficou apreensivo se as pessoas iriam aceitar e confiar no seu trabalho por ser cadeirante?

No inicio sim, ficava apreensivo mas logo vi que era capaz e confio muito bem no que faço, afinal os clientes precisam sentir seguros diante a adversidade de um cadeirante ser fotografo.



-Como se sente quando está fotografando?

Fisicamente me sinto bem, pois faço aquilo que consigo. 

Tenho que ter a consciência da minha condição física e aceitar que não é tudo que vou conseguir fazer. Por exemplo: não faço fotos de casamentos, fotos em rios, cachoeiras, matas fechadas, pois são lugares que não consigo me locomover.

Mesmo não fazendo estes tipos de fotos, existem muitas possibilidades que deixam meus clientes muito satisfeitos. Uso o studio, faço fotos externas em praças, clubes, fotografo casais, crianças, famílias,  gestantes, ensaios femininos e também ensaios sensuais.

Muita gente elogia o meu trabalho e me procura por isso. Me considero uma pessoa de sorte, pois ao mesmo tempo que faço o que gosto, conquistei minha independência com o meu trabalho.



Quer ver mais fotografias do Ícaro Santos? Então não deixe de conferir pelo seu instagram @icarosantosfotografias

O primeiro parque aquático para crianças com deficiência

16:20:00


Proporcionar experiências diferentes a crianças e jovens com limitações físicas pode requerer um esforço extra, assim como custos mais elevados. Muitas vezes, os parques infantis não estão adaptados a todo o tipo de necessidades e acabam por excluir um segmento de público que, por norma, já está privado de aceder aos lugares de entretenimento e lazer comuns. Até agora.


O Morgan’s Inspiration Island (a Ilha Inspiracional de Morgan), na cidade de San Antonio, no Estado americano do Texas, é o primeiro parque aquático pensado para receber crianças com problemas de mobilidade. A abertura está marcada para hoje e, desde passeios de barco a jogos aquáticos, o espaço promete oferecer um leque de atividades que vão tornar-se experiências inesquecíveis.



O parque aquático custou 17 milhões de dólares e está totalmente equipado para crianças com mobilidade reduzida - oferece cadeiras de rodas impermeáveis para que o público não danifique os seus equipamentos pessoais, por exemplo. Também tem incorporado um sistema de controlo da temperatura de água - para que os visitantes com sensibilidade ao frio possam usufruir de todas as atividades -, áreas silenciosas para pessoas sensíveis ao ruído e pulseiras de alta tecnologia projetadas para localizar crianças que dispersem.

“O Morgan’s Inspiration Island teria sido um sonho absoluto para mim como criança”, diz Srin Madipalli, CEO da empresa Accomamble e doente de Amiotrofia Muscular Espinhal.

“Adoro os recursos da alta tecnologia. Eu tenho pouca função muscular e fico frio rapidamente. Por isso, a maneira como podem mudar a temperatura da água é ideal. Revela um nível brilhante de perceção sobre as necessidades dos diferentes indivíduos, o que é bastante incomum. Normalmente, um parque aquático desta escala pode oferecer um balneário acessível e um elevador para ajudar a entrar na água, mas pouco mais. O facto deste parque aquático ter uma acessibilidade incorporada em cada recurso é verdadeiramente inspirador - e parece muito divertido!”, sublinha.


Mas não é só o facto de ser um projeto inovador que convida a conhecer o Morgan’s Inspirations Island. Também os preços são um motivo tentador: as crianças com necessidades especiais não pagam entrada e, para os restantes visitantes, os preços estão entre os 17€ (para adultos) e 11€ (para crianças).


O parque aquático faz parte do Morgan’s Wonderland - um parque temático em San Antonio, inaugurado em 2010. Para a criação do projeto, os proprietários, Gordon e Maggie Hartman, inspiraram-se na sua filha Morgan, que sofre de limitações a nível físico e cognitivo. Os proprietários descrevem assim o projeto: “Não é um parque de necessidades especiais. É um parque de inclusão.”



Jovem supera atrofia espinhal e torna-se primeira da família em curso superior

05:03:00


Aos 21 anos, Thamires Ferreira Dantas está no 6º período do curso de nutrição. Filha de um pedreiro e de uma dona de casa, ela é a primeira das famílias paterna e materna a conseguir ingressar no ensino superior. Aos seis anos de idade, os pais descobriram que a filha tinha uma deficiência degenerativa que debilitava o sistema nervoso, impedindo o movimento dos membros e até a respiração: Atrofia Muscular Espinhal (AME).


Oito anos depois da descoberta, passando boa parte da infância e da adolescência em consultas e hospitais de outros estados do Nordeste, Thamires perdeu o movimento das pernas e por causa da doença já chegou a abandonar os estudos, por falta de acessibilidade.

Aluna de uma universidade particular de João Pessoa, ela foi uma das 1.415 pessoas beneficiadas no segundo semestre de 2014 pelo Programa Universidade para Todos (Prouni) com uma bolsa integral, na Paraíba.

Passou para o curso de Farmácia na UFPB. Chegou a cursar cerca de um mês e desistiu pela falta de acessibilidade. O G1 entrou em contato com a Prefeitura Universitária da UFPB para saber se há previsão para resolver os problemas, mas, após mais de um mês, os questionamentos não foram respondidos.

No mesmo ano, com a nota obtida no Enem, foi selecionada no Prouni e recebeu uma bolsa integral para cursar Nutrição em uma faculdade particular.

“Não é uma deficiêcnia que vai me parar, a gente tem que ver a vida por vários ângulos e se eu fosse ficar pensando somente que minha deficiência é degenerativa, eu não iria fazer nada. Iria viver em um rotina de médicos e esperar a morte chegar. Eu quero fazer diferença na vida das pessoas”, declarou Thamires .



Segundo a universitária, o incentivo da mãe, orientando para que não desistisse dos estudos, foi fundamental. “Minha mãe não tinha estudo, completou o ensino médio depois de adulta, mas sempre indicou que o caminho era por meio do estudo, do esforço na escola. Por isso, continuei focada no meu futuro, independente da deficiência”, acrescentou.

Thamires está a dois períodos de concluir o curso de graduação. Foram seis semestres sem reprovar nenhuma disciplina e mantendo o Coeficiente de Rendimento Escolar (CRE) acima de 7, pré-requisitos para que a bolsa integral continue sendo mantida.

Ela participa de todos os trabalhos extra-classe e conta com a compreensão dos colegas e professores. A professora de disciplina nutrição esportiva e funcional Lavoisiana Lacerda comenta que Thamires é uma das alunas mais aplicadas da turma. “Nunca falta aula, só quando precisa fazer o tratamento. É bastante esforçada e atenciosa, tira excelentes notas e ainda é boa de grupo”.

“Os professores cobram de mim do mesmo que jeito que cobra dos meus colegas. Isso é bom porque mostra que eu tenho a mesma capacidade de aprender e desenvolver um trabalho bem feito como qualquer outro futuro nutricionista”, avalia a estudante. Thamires confessou que se encontrou no curso e pretende estudar a relação da ciência da nutrição com sua doença, inclusive deve abordar o impacto da nutrição nas pessoas que têm AME.

Apesar de todo tempo gasto com fisioterapia, exames, trabalhos acadêmicos, aulas, a jovem conta que encontra tempo vago para aproveitar o descanso com os amigos. Participa de festas e gosta de ir a praia. “Eu saio com os amigos, participo de tudo, mesmo nos lugares inacessíveis. Não deixo de fazer nada por conta da minha deficiência”.



Homem conta os desafios da sexualidade que enfrentou no inicio de sua lesão medular!

15:36:00


Ademar Munin foi vítima de bala perdida e ficou paraplégico aos 18 
anos. Hoje, aos 39, o jogador de basquete conta todos desafios da sexualidade após o acidente e como mantém uma vida sexual ativa com sua mulher, Michele Munin, 29.
Segundo relatos de Ademar Munin, a fatídica data em que se tornou paraplégico ocorreu em 3 de agosto de 1996. Ele conta que estava em uma bar com amigos, quando, de repente, uma confusão se iniciou resultando numa briga entre as pessoas lá presentes.
Um tiroteio começou a acontecer e uma bala perdida acabou o atingindo exatamente na região da coluna. Após ser levado ao hospital com vida e consciente, Munin ficou ‘’chocado’’ ao saber que perdera o movimento das pernas, já que era uma pessoa acostumada a se locomover por todos os lados.
Relações íntimas
A maior preocupação do jogador de basquete, após o trágico acontecimento, se tratava em saber não se iria poder voltar a caminhar, mas sim, em saber se poderia voltar a ter relações sexuais. O fato de sofrer a terrível a lesão, o tornava "inseguro" relação à vida íntima.
Por um certo período, Ademar chegou a acreditar que já tinha perdido a sua masculinidade. Ele ressaltou, no entanto, que o primeiro ano como paraplégico foi muito complicado, já que até chegou a terminar o relacionamento com uma ex-namorada devido a sua nova condição física.
Munin, pouco a pouco, foi aceitando a sua nova condição física e percebendo que tudo era besteira em se tratando das preocupações. Com o passar do tempo, algo muito positivo veio a acontecer: as sensibilidades do corpo foram voltando, embora sem a movimentação das pernas.

Após o decorrer de um ano como cadeirante, teve sua primeira relação sexual. Chegou a se informar antes com médicos e até tomar alguns remédios. Mas tudo ocorreu normalmente com uma amiga. Ademar percebeu , no entanto, algo intrigante.
Começou a ter mais relações com as mulheres do que antes do acidente. Ele acredita que o que motivou esse aspecto é o fato delas fiquem curiosas a respeito dessa sua condição física, por desejarem saber se ele seria capaz de transar ou não, o que acabou acarretando mais relacionamentos íntimos.

Hoje casado com Michele, assegura que possui uma vida sexual ativa com a esposa, embora com algumas limitações. Ele relata que não pode permanecer em algumas posições, como de joelho ou em pé, mas a "imaginação" permite outras coisas.

Conheça, Juliana...

17:59:00



Oi meu nome é Juliana, tenho 25 anos, solteira, me formei no ensino médio aos 17 anos.

Tenho uma doença genética chamada distrofia muscular de cinturas (doença degenerativa, crônica, progressiva), parei de andar com 13 anos devido a perda de forças musculares e agora também já não tenho forças em meus braços (tenho sensibilidade no corpo todo mas não tenho forças).

No estágio que a deficiência está agora, dependo de ajuda pra fazer quase tudo (costumo falar pra minha mãe que ela é minhas pernas e meus braços rs), tenho osteoporose muito forte o que causa muitas dores, embora todas essas dificuldades eu agradeço muito a Deus pela família maravilhosa e amigos que sempre elevam minha alto estima! 

Não tive problema algum pra aceitar usar cadeira de rodas, aliás, eu pedi a cadeira pois já não estava aguentando mais parar em pé, já sofri alguns preconceitos, mas te digo uma coisa se você for dar bola pra esse tipo de coisa, você não sai mais de casa. 

Como toda pessoa eu tenho meus dias de estresse, tristeza, daí eu grito, choro (o choro alivia), e quando os dias são de risos, aproveito cada segundo, cada detalhe, adoro uma festa, uma boa conversa, amo música, canto desde criança no coral da igreja, cantar é minha paixão. 

Tenho vários sonhos, um deles é conseguir uma cadeira motorizada pra eu ter um mínimo de independência, é muito cara a cadeira mas espero um dia consegui- la. 

O que me motiva é minha fé e esperança, é como uma frase que li uma vez "Enquanto houver esperança, haverá a possibilidade do sonho ser realizado."




Mulher conta como enfrenta preconceito contra marido e filho cadeirantes: 'Amor supera'

16:28:00

"Ai, tadinho!". "Que judiação!". "Ele é tão bonitinho, pena que não anda". Thaís Araújo, de 25 anos, ainda se arrepia quando escuta frases como essas, disparadas a Miguel, seu filho, de 3 anos. Com uma malformação detectada ainda na gestação, a mielomeningocele, o pequeno já se acostumou a manejar a cadeira de rodas com que conviverá para o resto da vida. No último ano, sua evolução é notória: o menininho já sobe e desce do aparelho para a cama sozinho, por exemplo, empoderado pelo exemplo de Fernando Mendes, de 33 anos, a quem passou a chamar de pai. 


Foi amor à primeira vista. A mãe estava em Rio Claro, São Paulo, na loja em que Fernando trabalha como vendedor para a manutenção da cadeira de Miguel. O coração acelerou quando viu o homem e, três meses depois, ela decidiu se mudar de Brasília, onde vivia, para se juntar ao amado. 

Thaís se emocionou quando viu a postagem do EXTRA no Facebook, que contava a história de preconceito contra Thaís Carla e o marido, Israel Reis. O casal é apontado nas ruas por suas diferenças: ela é gorda e branca e ele, negro. "Eu sou casada com um cadeirante e tenho um filho cadeirante. Tenho olhos tortos pra cima de mim o tempo inteiro, aonde quer que eu vá, mas temos muito mais admiradores, graças a Deus! Eu amo meus meninos, do jeitinho que eles são, porque o que importa não é andar, e sim o amor que tem entre nós!", escreveu.

Em entrevista ao EXTRA, a dona de casa contou que se colocou no lugar do casal quando viu a história.

— Muita gente acha que um andante não pode amar um cadeirante, que a relação só pode ser de interesse. Mas, quando vi Fernando, não o enxerguei numa cadeira de rodas. Vi um homem. Até hoje esqueço e ele precisa me lembrar de guardar a cadeira no carro, por exemplo — conta Thaís, acostumada a olhares constrangedores e perguntas nas ruas :

- Pessoas que nunca vimos perguntam se o Miguel é filho dele, se é uma doença genética dos dois, ou se eu sou a única que não teve sequelas depois de um grave acidente envolvendo toda a família. Nós fazemos questão de responder a todos, porque é uma maneira de se acostumarem com o que é diferente — disse.

Apesar da naturalidade com relação ao assunto, a própria Thaís teve que vencer seus medos para estar num relacionamento com Fernando. Afinal, era a primeira vez que se envolvia com um cadeirante.

— É claro que pensei "Meu Deus, como vai ser?". Minhas amigas também ficaram surpresas quando disse que estava apaixonada por um cadeirante, mas a verdade é que não faz a menor diferença ele não poder andar. Fernando consegue deixar tudo fácil e natural com o bom humor dele e com a forma espontânea com que lida com a deficiência — revela.

Inspiração de pai para filho

A ligação de Miguel e Fernando é forte. "Ele já chama o Fernando de pai", conta. O menino, que antes não conhecia ninguém como ele, agora frequenta um universo em que ser cadeirante não invalida seus sonhos:

— Sofri vários preconceitos quando estava sozinha com Miguel, e sempre tive que dizer que não era um coitadinho. Numa situação, saí chorando muito, completamente constrangida. Agora, meu filho tem a chance de entender que pode fazer tudo como qualquer pessoa. O amor supera tudo — comemora.

Testando produtos da MERCUR - Fixadores de mãos e Engrossadores

18:12:00

*Por Thaíse Maki

Olá, Pessoal!

Há um tempinho nós, do Cantinho dos Cadeirantes, conhecemos a linha de produtos da MERCUR e ficamos encantados, pois além de cada item ter um preço maravilhoso, eles são super baratinhos e todos podem comprar. 

Logo depois, para a nossa surpresa, fomos presenteados pela MERCUR com alguns produtos do projeto “Diversidade na Rua” e desde então vínhamos pensando na melhor forma de testá-los para contar tudo pra vocês. Vamos lá?!


OS PRODUTOS

Além da Carol Constantino, eu (Thaíse Maki) também testei os produtos e foram bem úteis para mim, pois sou tetraplégica, lesão C4 a C6, com movimentos parciais nos braços e punhos, não possuo movimentos nos dedos e minha mão não é completamente estendida.


Assim que recebi o pacote, me surpreendi com o conteúdo: tiras e rodinhas de borracha. O que eu faria? 
Não demorou para que as necessidades do meu dia a dia começassem a surgir e então pensei: "O que eu gosto/preciso fazer? O que eu não consigo fazer sozinha?"
  • Usar pincéis de maquiagem (a maioria deles são finos e não consigo pegá-los, com segurança, usando uma mão só);
  • Pentear meu cabelo (lá atrás, sem me desequilibrar da cadeira de rodas);
  • Comerrrrr;
  • Escovar os dentes (a escova sempre escorrega dos meus dedos);
  • Lixar as unhas (eu tento… mas sai tudo torto - Aff!!);
  • Sublinhar textos usando lápis ou caneta marca-texto (toda vez que eu quiser, sem pedir ajuda!).

Bom, nem preciso dizer o quanto apanhei para achar o ponto certo (posição) de cada tirinha e a altura de cada disco nos objetos que eu usava. Mas depois, foi tudo de bom! 
Deixei tudo adaptado e fui fazendo uso ao longo de uma semana, corriqueiramente. Olha só:


ME MAQUIANDO...


Consegui me maquiar (sombra, lápis, iluminador, etc), sem fazer malabarismos! Usei tudo com os discos. Minha dica é você moldar os discos (quantidade e posição) seguindo o formato da sua mão e dedos – as mãos que, por si só, já ficam mais fechadas (tal como a minha), terão mais facilidade com os discos; já para quem tem os dedos mais abertos/esticados, indico a tirinha amarela (a menor de todas, já que as tiras são de vários tamanhos e cores), que é a mais fina e se adapta melhor aos objetos mais estreitos. 

Aliás, MERCUR... Dá pra fazer uma tira mais fina que a amarela 
para que possamos colocar em objetos mais estreitos?




LIXANDO AS UNHAS...

Lixar as unhas foi meu ponto fraco… coloquei uma lixa mais larga (usei a lixa banana), mas meus dedos são muito soltos e ao lixar, o atrito com a unha (que deveria ser mais forte), impedia a lixa de correr corretamente e eu acabei lixando tudo torto e mandando tudo pra “tonga da mironga” %$#@%!!!!!


HORA DE COMER...



Para comer usei o fixador em tiras (rosa ou amarelo, dependendo da espessura do talher) e prendi nos 4 dedos da minha mão. Nem cogitei usar a tirinha em facas, pois não consigo firmar para cortar com segurança. 


Sujou? Sim. Mas é muito fácil de lavar!



ESCREVENDO, DIGITANDO...

Escrever e sublinhar também não foram problemas. Oba!!!



Confesso que já uso uma órtese própria para escrever (que meu Tio inventou utilizando fio elétrico e clip de papel – Adoro!) e ela facilita minha vida pois posso usar em qualquer caneta, trocando tudo sozinha. Mas os discos da MERCUR em nada deixaram a desejar; já para grifar/sublinhar (marcar o texto), preferi as tirinhas. 

Para digitar, uso as órteses que ganhei do SARAH (v. imagem abaixo - órtese de PVC, com haste de madeira e ponta de borracha). Mas sempre que ela quebra eu fico "na mão" até conseguir outras. A tirinha amarela vai ser meu "plano B"!


ESCOVANDO OS DENTES E OS CABELOS...




Para escovar os dentes, as tirinhas também foram um espetáculo! Ficou fácil para lavar, encaixar na mão, etc. 

No cabelo também deu tudo certo! Apesar de ser feita de borracha, elas não embaraçam e nem ficam puxando os fios. (v. imagens - OBS: a modelo das imagens é uma grande amiga!)




Bom, espero ter aguçado a mente e a curiosidade de todos que acompanharam este post até aqui. Pensar no que fazer com as tirinhas e os discos não foi difícil, já colocar em prática e aprender a usá-los com paciência e insistência foi complicado no começo e muito gratificante ao final. 

Conhecer e REconhecer os nossos limites é importante 
e saber que com a ajuda de "certos produtos" (adaptações) 
podemos ter de volta a nossa independência (ainda que parcialmente... 
ainda que "um pouco torta"...), NÃO TEM PREÇO!

Pessoal, a MERCUR traz o projeto “Diversidade na Rua”: um espaço para receber historias do dia-a-dia e informações, compartilhar e difundir assuntos sobre o tema da diversidade, inclusão e acessibilidade. Muito legal!

Gostou dos produtos que testamos neste post? Então entra no site que tem muitoooooo mais coisas interessantes - site: http://www.diversidadenarua.cc/.



Cadeirantes poderão visitar cachoeira Véu de Noiva em MT com cadeira adaptada

04:32:00

Apartir de agora, pessoas com deficiência ou algum tipo de limitação física poderão conhecer a cachoeira Véu de Noiva, um dos principais pontos turísticos de Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, em uma cadeira de rodas adaptada. O equipamento foi doado pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot), no sábado (10).

A cadeira será usada para permitir a acessibilidade de cadeirantes até o mirante. A entidade também deve reformar o auditório e os banheiros do Parque Nacional para tornar os locais acessíveis.

O presidente da Sociedade de Ortopedia e Traumatologia, Márcio Augusto Mendes, informou que a cadeira foi adaptada pelo casal Guilherme Simões Cordeiro e Juliana Tozzi para ajudar as pessoas que tem a mobilidade reduzida e incentivar o turismo adaptado. Juliana também é cadeirante.

A ideia do projeto surgiu após Juliana desenvolver uma rara doença, durante o período de gestação. Ela perdeu a coordenação dos movimentos e teve de parar de praticar esportes de montanha que tanto amava.



Durante seis meses ela e o marido desenvolveram e construíram uma cadeira para trilhas e a batizaram de Juliette. O projeto 'Montanha para Todos' pretende distribuir gratuitamente as cadeiras nos parques nacionais, através de patrocinadores, para promover inclusão de pessoas com necessidades especiais.

“A doação desta cadeira adaptada para o Parque Nacional, estimula as pessoas com algum tipo de deficiência a fazerem o turismo adaptado”, disse.

O projeto Montanha para Todos foi idealizado e desenvolvido por Guilherme e Juliana. A cadeira adaptada recebeu o nome de Julietti e permite que as pessoas com deficiência possam realizar atividades na natureza sem qualquer custo. “Eles desenvolveram uma cadeira adaptada para esses pacientes poderem realizarem esportes”, pontuou.

A cadeira é adaptada para promover a pratica do Trekking/ Hiking no Parque Nacional.

Via: g1

Labrador cadeirante inspira ONG

14:22:00

Depois que seu melhor amigo ficou cadeirante, bombeiro voluntário criou uma ONG para ajudar outros animais deficientes. A Gunnar’s Wheels já forneceu 130 cadeiras de rodas para pets com deficiência.




Já houve dias em que ele não podia contar a ninguém sobre o que tinha presenciado, mas sempre podia conversar com seu labrador preto, Gunnar. “Era quase meu cão ‘de terapia’ após chamadas difíceis”, diz.

Gunnar estava sempre lá para confortar Jason, mas no dia 16 de fevereiro de 2014, seus papéis se inverteram quando Gunnar foi atropelado por um carro depois de andar muito. Naquele momento, era a vez de Jason ser seu sistema de apoio.

“Eu estava trabalhando naquela noite e minha esposa me ligou e disse que ele tinha sido atropelado – eu fiquei apenas em choque – e que ele não conseguia se levantar, não podia se mover”, relata.

Jason falou com seu supervisor, saiu do trabalho e correu para a clínica veterinária para encontrar sua esposa, Stephanie. Quando ele olhou a parte de trás do automóvel de Stephanie, percebeu que seu melhor amigo estava em más condições.

“Ele é um labrador de 110 libras [cerca de 50 quilos] e nunca mostrou sentir dor antes. Seu nariz estava aberto, faltavam dentes, ele estava chorando e eu nunca tinha ouvido esse cachorro se queixar tanto”, acrescenta.

Os Raios-X não mostraram as lesões na medula de Gunnar e o veterinário mandou-o para casa com pontos no nariz e disse a Jason para monitorá-lo. A dupla dormiu no chão e, de manhã, Gunnar ainda não conseguia ficar de pé. O tutor procurou uma amiga de infância – que é veterinária – e que vive em outro estado.

“Mandei suas fotos e ela me instruiu a levá-lo imediatamente para um hospital veterinário da universidade”, afirma.

A Universidade de Minnesota (EUA), estava a duas horas e meia da residência de Jason. Ele fez uma maca improvisada com um pedaço de madeira e colocou Gunnar no carro. Este foi o início de uma viagem médica onerosa.

“Queriam cerca de US$ 6 mil para uma ressonância magnética, e cerca de US$ 2 mil para a cirurgia. Nós maximizamos nossos cartões de crédito”, revela Jason.

Claro que a despesa valeu a pena. Ele estava disposto a fazer o que fosse necessário para que Gunnar se recuperasse. Uma semana depois, com uma maca emprestada da clínica veterinária local, Jason levou o cão para casa.

Gunnar tinha o amor das pessoas, mas precisava de uma cadeira de rodas de US$ 600. Os Parkers estavam com um orçamento muito apertado depois de gastar milhares de dólares na cirurgia e cuidados do cão.


“Meus amigos doaram o dinheiro para seu carrinho”, explica Jason explica.

Com o carrinho e uma tipoia especial, Gunnar conseguiu permanecer ativo, apesar da paralisia na parte traseira do corpo. Sua família o ajudou com a fisioterapia, levando-o até seu lago favorito para a terapia aquática. Todos os dias, Gunnar ficava mais forte.

Enquanto isso, Jason conectava-se com outras pessoas que cuidavam animais com deficiência. Eventualmente, um amigo do Facebook perguntou se ele poderia ajudar Hope, uma mix de pit bull que morava em Houston, a conseguir um carrinho como o de Gunnar.

“Ela foi salva pela BARC em Houston. Foi atropelada por um carro e rastejou debaixo de uma casa para morrer”, contou Jason ao Dogster.


Jason encontrou uma segunda cadeira de rodas de segunda mão do Walk n’ Wheels – o mesmo tipo usado por Gunnar. Ele o limpou e mandou-o para Hope. Foi assim que nasceu a Gunner’s Wheels, uma organização sem fins lucrativos. “Quando vi o vídeo de Hope, eu me virei para minha esposa e disse ‘isto é como nós vamos começar a retribuir”, disse.

A Gunnar’s Wheels já forneceu 130 cadeiras de rodas para 152 animais. Quando um animal falece ou se recupera, a cadeira volta para Jason para ser remodelada e enviada para outro animal paralisado.

Uma campanha do crowdfunding arrecadou mais de US$ 80 mil para a causa e a Gunnar’s Wheels foi considerada recentemente a heroína do GoFundMe.

Quanto a Gunnar, ele agora tem 10 anos e ainda ama a vida com rodas. Jason diz que o relacionamento deles ficou ainda mais forte após o acidente.

Antes de Gunnar ficar paralisado, Jason costumava conversar com ele sobre seu dia. Hoje, Gunnar “fala” com ele também, usando uma série de latidos suaves, grunhidos e olhares para comunicar suas necessidades.

“Não sei se ele sabe disso, mas ele ajudou muitos cães”, conclui Jason.

Conheça Leticia...

17:54:00


Me chamo Leticia, tenho 24 anos moro em Congonhal Sul de Minas, apenas trabalho sou administradora de compras e vendas em um site virtual , minha deficiência é distrofia muscular , 

Parei de andar com 9 anos, quem sempre me deu força foi família e amigos. Minha irmã mais velha também tem o mesmo problema que eu e jamais abaixamos a cabeça pra qualquer tipo de preconceito, sempre estamos enfrentando tudo de cabeça erguida e correndo atrás dos nossos sonhos.

Tive um namoro de 2 anos e 3 meses, mais acabou devido à distância . Meu sonho é conhecer vários lugares do mundo, conhecer várias pessoas, conseguir a minha cadeira motorizada tb haha, e acho que um dia poder construir também uma família... No momento, acho que é isso, pois mts sonhos eu consegui realizar 🙏🏻

E quero dizer pra você, que tb é cadeirante, nunca desista do seus sonhos e nunca reclame por ser um cadeirante pois, mesmo sendo cadeirante pode ter uma vida ótima e muito melhor do que muitos andantes... vai por mim, Eu sou cadeirante já a 15 anos e nunca reclamei por estar numa cadeira, até porque, com ela eu vou onde quero e quando quero, sou feliz demais do jeito que sou , reclamar não adianta então bota um sorriso no rosto e viva a vida.


BOTOX na minha bexiga… TUDO DE BOM!

05:32:00

*Por Thaíse Maki


Vim dividir com você minha experiência com o BOTOX. Essa coisinha linda, que todo mundo deseja “na cara” e eu desejo na bexiga e nas pernas (principalmente, é claro! Afinal, “na cara” também seria ótimo. kkkkk).

Sempre tive “bons rins”, que funcionam plenamente. Mas minha bexiga não ajuda muito, já que ela, além de neurogênica (não tenho o controle do ato de urinar), é espástica (os espasmos contraem a bexiga e causam a perda de urina, ou seja, lá se vão fraldas e fraldas)!

Já tentei de tudo, remédio oral (Retemic, Gaba, Vesicare, etc.), remédio intravesical (Retemic), aumentar o número de sondas (cateterismo vesical), diminuir a quantidade de ingestão de água, etc. e o final era sempre o mesmo: fralda pequena + fralda grande + traçado descartável na cama para evitar que o xixi chegasse ao colchão… E olha que, mesmo com tudo isso, por vezes, não adiantava.

Trabalhar ou sair de casa? 
Estava cada vez mais difícil conciliar uma vida fora de casa, já que eu, mulher e tetraplégica, preciso estar deitada pra fazer o cateterismo/sonda assistido (nessas horas, ser homem não seria nada mal… hshshshsh). Sempre que me dava aquela disreflexia tipo “vou fazer xixi agora” eu ficava toda cheia de manchas vermelhas (rosto, pescoço) e voltava logo pra casa temendo uma perda de urina exagerada.

Você pode se perguntar: Mas ela não usa fralda quando sai de casa?
- Sim! Certamente. Mas com as perdas urinárias a fralda, além de encharcada, exalava um cheiro que incomoda qualquer um que está perto da gente (e eu morria de vergonha!).

Enfim… minha última tentativa foi o tratamento com o Retemic (5mg) - 8 comprimidos ao dia e uma fortuna $$$ por mês. A dosagem era muito alta e nos primeiros meses o resultado foi 90%, mas depois as perdas de urina não demoraram a acontecer com mais frequência, sem falar nos efeitos colaterais (pele descamando na região das orelhas, do nariz e sombrancelhas, olhos ressecados, passei a não sentir mais o cheiro de muita coisa, além de sede, muita sede!).

FINALMENTE, depois de tantas tentativas, exames de urodinâmicas e ultrassonografias, meu médico me presenteou com o tratamento de Botox na bexiga. E deu tão certo! Gente, tô no céu!

A cirurgia foi em maio/2017, no hospital, com anestesia geral (apesar de simples, os cuidados são extremos) - o procedimento consiste em pequenas aplicações/injeções da toxina botulínica por toda a extensão da bexiga, sem cortes. 

Desde então, não tive mais imprevistos (sem perdas urinárias). Nada! 


Hoje tomo 2 Retemics ao dia, de 12 em 12 horas (abandonei a superdosagem) e a tendência é abandona-lo gradativamente até a próxima quinzena, dependendo da resposta que a bexiga for me dando (sem perdas!).

A dificuldade agora é controlar a ingestão de líquido, para que a quantidade drenada em cada sonda tenha, no máximo, 500ml de xixi (por causa da superdosagem do Retemic, eu estava acostumada a beber muita água, o dia todo). Além disso, o inchaço nas pernas, quando acontece, também causa um volume maior a ser drenado após elevá-las (e olha que faço uso de meias de compressão!). Mas tudo bem... isso, perto do que já passei, é "fichinha"!


Agora é curtir a "vida nova" (antes/depois do Botox) e acompanhar o desenrolar dessa saga com o tempo. A previsão é de que uma nova aplicação de Botox seja feita a cada 6 meses, mas isso vai depender da resposta do meu organismo (converso com outros pacientes e muitos deles levam até 10 meses). Sigo bem otimista!

Se estou feliz? ESTOU VIVENDO!



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