Olhares de preconceito

17:38:00

Sou cadeirante desde que me conheço por gente, tive várias fases em minha vida e na adolescência, lembro de não saber lidar com os olhares preconceituosos.

Se alguém me olhava com cara de "peninha", eu olhava de volta com cara fechada sentindo muita raiva. Mas se alguém olhasse pra mim sorrindo, eu já achava que a pessoa estava com pena e acabava fazendo uma cara nada simpática e tão pouco feliz.
Ou seja, bastava olhar pra mim que eu já virava "um cachorro raivoso".

Só depois de muito conversar com meus amigos cadeirantes e também com ajuda de uma psicologa, finalmente percebi que esses pensamentos eram todos crianção de minha própria cabeça e que era necessário eu parar de pensar assim, para que os outros também parassem.

Depois de tomar consciência disso, comecei a reagir de outra forma com as pessoas, por exemplo:
Hoje, se alguma vovó olha pra mim sorrindo, TENTO ser mais educada e mais simpática que consigo. Se alguém olha pra mim com cara de espanto ou pena, eu TENTO dar meu melhor sorriso em troca.

Adooooro fazer isso,  você não tem noção de como as pessoas ficam sem jeito ao perceberem que eu sou feliz e educada! Mas cuidado, fazendo isso você também corre o risco de alguém se apaixonar pelo seu sorriso e seu jeitinho. (#FIKADIKA)

Hoje em dia, depois de muitas tentativas, já consigo não me incomodar tanto com os olhares. Não posso dizer que estou 100% "curada", de vez em quando ainda dou um sorriso de deboche, mas juro que não passa disso!

Aprendi que se eu quero alguma mudança é preciso começar por mim. Assim eu fiz e posso dizer que já me rendeu bons resultados. Além de eu mesma parar de me achar uma coitadinha, as pessoas também começaram a me enxergar diferente, me tornei uma pessoa mais segura e assim comecei até a fazer novas amizades.

Sei que alguns olhares chegam a "machucar" pela forma tão preconceituosa que são, mas é nessa hora que você precisa tomar o controle. Faça o teste e você verá como as coisas irão mudar para você, mas lembre-se, tudo demora um tempinho até você conseguir.

Grande beijo
Carol Constantino

Quando o sexo supera limites

06:42:00

Por Nathan Santos e Thiago Graf

O prazer sexual, a sensação do orgasmo, o jogo de sedução. Se o assunto é sexo, na imaginação das pessoas surgem dúvidas, ideias e reflexões que elevam o “fazer sexo” ao status de fator essencial para o bem-estar dos indivíduos. Especialistas na área afirmam que ter uma boa desenvoltura na cama também é de suma importância para agradar o parceiro ou realizar uma fantasia que inove e aguce a sexualidade no dia a dia do casal.

São muitos os tabus relacionados à sexualidade. E a situação pode complicar ainda mais quando há outros tabus envolvidos, como é o caso da deficiência física. Você já parou para pensar em como cadeirantes exercem sua sexualidade? Se quem precisa de uma cadeira de rodas pode ter relações sexuais? Mitos sobre a sexualidade de paraplégicos existem e povoam a imaginação popular, assim como as dúvidas em relação ao tema. Mas o fato é que é possível sim para os cadeirantes ter uma vida sexual ativa e saudável.

Vítima de um assalto em que levou um tiro que afetou a medula, no ano de 2003, Mosana Cavalcanti (foto abaixo), de 40 anos, viveu a transição de uma vida sem restrições físicas para um cotidiano sobre uma cadeira de rodas. Além de aprender a conviver com a nova realidade, bem como ter que aceitar a condição de paraplégica, Mosana também teve que administrar um relacionamento amoroso e, no início, também os questionamentos sobre a continuidade ou não de sua vida sexual.

“Passei um ano sem fazer sexo. Tinha que primeiro cuidar da minha saúde. Depois que me adaptei à realidade, decidi, junto com meu parceiro, ter relações sexuais” conta Mosana, que atualmente é Coordenadora do Programa Turismo Acessível, do Governo de Pernambuco. “O pior é o preconceito dos homens. Eles vão embora da nossa vida porque não estamos mais dentro do padrão de beleza exigido pela sociedade: aquela mulher linda e esbelta, em pé”, explica, contando que “Após um período, terminei com essa pessoa, mas já tive outros relacionamentos depois. Hoje estou solteira por opção”.

A psicóloga clínica e psicoterapeuta sexual, Vitória Menezes, detalha que os equívocos vão além dos citados por Mosana. “As pessoas fantasiam coisas negativas, até ingênuas, acerca da sexualidade humana. E não só com o usuário de cadeira de rodas”, explica Vitória. A médica usa como exemplo as dúvidas comuns em relação à sexualidade dos idosos: “Tem gente que diz ‘meus pais são muito velhos, cinquenta anos, não devem mais ter vida sexual. Para quê eles vão ter vida sexual?”.

Segundo o urologista e sexólogo Sérgio Viana, dois tipos principais de lesão podem levar o indivíduo a perder o movimento das pernas. Uma, na coluna cervical, pode causar a tetraplegia - paralisia da cabeça para baixo. A outra, na região toracolombar da coluna, gera a paraplegia - mais comum -, que paralisa a sensibilidade do umbigo para baixo.

O médico explica que a sensibilidade ainda existe, mas é transferida para outras áreas do corpo e isso perpassa também pelas relações sexuais. “Por exemplo, no paciente paraplégico, como ele não sente mais o pênis nem as pernas, a sensibilidade passa para um umbigo, para o peito, para os braços e outros locais. Existe uma dificuldade e o aspecto psicológico é muito importante”, destaca Sérgio.

De fato, os impactos na vida sexual e no aspecto psicológico das pessoas que passam por um trauma deste tipo são inevitáveis. A psicóloga Vitória ressalta que os impactos, na maior parte das vezes, são mais expressivos nas pessoas que passaram pelo trauma depois do despertar da vida sexual. “Porque ele vai reaprender a comer sozinho, a tomar banho sozinho, a pentear o cabelo, escovar os dentes, a tudo. E também a ter uma vida sexual saudável. As coisas mais simples da vida vão ganhar outra atenção”, esclarece.

Ereção
Uma grande dúvida, principalmente para os homens, é se paraplégicos têm ereção. Como Geziel comenta no vídeo, a medicação é um caminho. Mas, para quem pensa que é uma saída infalível, o urologista Sérgio Viana faz um alerta: “Estes pacientes, normalmente, não têm uma boa ereção. Esses medicamentos agem aumentando o fluxo sanguíneo no pênis e podem dar ereção ou não”. Ele ainda completa explicando que isso varia porque cada pessoa tem uma sensibilidade e essa variação é comum para todo mundo. Então, o remédio às vezes faz efeito e outras vezes não. Outros caminhos também são citados pelo urologista, entre eles a aplicação de uma injeção vasoativa, que a própria pessoa aplica e causa uma ereção de duas ou três horas.

Sérgio esclarece ainda que o público mistura dois pontos diferentes: sensibilidade e orgasmo. O fato de, muitas vezes, não ter ereção, também não significa que a pessoa que usa cadeira de rodas não tenha orgasmos. “Eles podem ter orgasmos, a sensação de prazer, porque o orgasmo é muito mais cerebral, psicológico. Depende muito da parceira, da erotização da situação”, explica o especialista. Tudo depende da intensidade da relação, como completa Vitória Menezes. “É um absurdo se pensar o sexo somente como penetração. É possível satisfazer o(a) parceiro(a) com todo o corpo que está ali, presente. Talvez ele não possa fazer o percurso, a penetração daquela forma convencional que ele tinha aprendido antes, mas vai poder fazer de uma outra forma”, resume.

A ereção também é possível com a utilização de uma prótese (foto à esquerda), que consiste em um bastão de silicone colocado dentro do pênis através de cirurgia e com durabilidade de 30 anos. Sérgio explica que a peça é maleável e serve para todo o público, mas o membro continua não tendo sensibilidade. Ele ainda reforça que uma outra confusão deve ser evitada. “O cadeirante pode ter prazer sem ejacular, como ele pode também até ejacular sem sentir nada, o que também é muito difícil, uma vez que essa ejaculação também é afetada pelo traumatismo”, explica o urologista e sexólogo.

Paternidade e maternidade
Outra dúvida recorrente relativa à sexualidade de cadeirantes é o sonho de ser tornar pai ou mãe. Em ambos os casos, são objetivos acessíveis e sem grandes mistérios. Com relação aos homens, como esclarece Sérgio Viana, um dos métodos é estimular uma ejaculação artificial para a coleta de material, que depois será injetado na mulher.

Para as mulheres, também existem métodos para engravidar. Vitória Menezes explica que o aparelho reprodutor feminino é passivo em uma tentativa de gravidez. Então, em uma relação com penetração, elas podem engravidar, assim como muitas já conseguiram, segundo ela. Existem também os métodos de inseminação e fertilização in vitro. “São excelentes possibilidades, seguras, de reprodução assistida e com uma grande possibilidade de sucesso”, garante.

O assunto sexualidade é normalmente rodeado de tabus e polêmicas. A riqueza de aspectos que envolvem a sexualidade humana geram dúvidas, preconceitos, embates teóricos e, claro, muito prazer. Para aqueles que se veem com os movimentos e a sensibilidade limitados, o sexo passa a trazer também o desafio de se redescobrir e encontrar novas formas de sentir e proporcionar prazer.

Quando perguntada se o sexo é fundamental para a vida, a psicóloga Vitória Menezes (foto à direita) é objetiva: “O amor faz a gente viver mais e melhor. Quando digo amor, não é apenas com relação ao sexo, que também é uma parte importante. A gente quer sempre viver mais e melhor por conta da outra pessoa. Um casal é mais forte do que um e o outro separado. Existem pesquisas que mostram isso claramente. Amar dá certo”, resume.

http://www1.leiaja.com/

Pais fazem curta-metragem para filha cadeirante

06:25:00
A paranaense Íris Oliveira completa 10 anos no dia 28 de setembro e vai ganhar dos pais um curta-metragem, que relata a história de superação da menina que foi diagnosticada ao 1 ano de dois meses com atrofia muscular espinhal (AME). A informação é portal UOL

A previsão dos médicos é que a menina não chegaria ao décimo aniversário por conta da doença que prejudica movimentos voluntários, como segurar a cabeça, sentar e andar. 

Íris nasceu em Curitiba, e atualmente mora em Uberlândia (MG) com os pais Aline Giuliani e Ricardo Porva, que descobriram a doença quando a menina apresentou dificuldades de andar sozinha. 

Assista a curta-metragem "Antes que os Pés Toquem o Céu":



http://www.bonde.com.br/

Padrão de beleza X Deficiência

17:00:00

Por Sandra Mara

Olá, queridos leitores,
Quando eu vejo programas na televisão que apresenta looks, ou folhando um catálogo de um produto, venho a pensar:
Onde estão as pessoas com deficiência? Porque num país que defende tanto á inclusão, só utilizam modelos com deficiência quando é para falar da própria deficiência, ou em desfiles que visam apresentar roupas para facilitar a vida dos deficientes, entre outros...

Será que para os publicitários existimos? Pois saibam que nos existimos sim e consumimos como qualquer outra pessoa. Nós nos alimentamos, usamos produtos de higiene, maquiagem. Então porque não somos chamados para fazer propaganda?

Algumas crianças têm o sonho de ser modelo e para realizar o sonho dos filhos, os pais procuram uma agência de modelo, mas quando essa criança é deficiente. O que fazer?

Aconteceu isso comigo. Eu tenho paralisia cerebral, era alucinada para ser modelo. Minha mãe, me levou numa agência, mas a dona não me aceitou e argumentou que eu era linda, mas eu não tinha o padrão de modelo. Esse fato ocorreu quanto tinha uns 16 anos e hoje tenho 36.

Após 20 anos, a sociedade está mais evoluída e buscando cada vez mais a igualdade. Por conta desse fato, nós cadeirantes estamos conseguindo conquistar nosso espaço e vendo a nossa sociedade deixando de lado o preconceito. Infelizmente, mesmo com essa mudança, ainda estou sentindo que os produtores de propagandas e da moda, estão com dificuldade de desprender do paradigma de que as modelos precisam ter um corpo perfeito.

Não entendo o porquê é tão raro vê uma participação de um deficiente em um comercial convencional e no desfile apresentando roupa e outro produtos. Existem milhares de pessoas com deficiência que têm o desejo de participar de gravações de comerciais, e dos desfiles.

Tivemos em 2009 a iniciativa da Moda Inclusiva, da Secretaria de Estado dos Direitos das Pessoas com Deficiência, e aos poucos estão começando a esquecerem o tabu da moda, mostrando que um modelo não precisa ter o padrão de antigamente, abrindo as portas do mundo da moda para pessoas com deficiência.

Os estilistas e o produtores de eventos devem se adequar mais a nova era de modelos, por essa razão eu estou realizando meu sonho desde adolescente de desfilar. Fiz dois desfiles. Primeiro foi para uma certa marca de roupa, na qual ocorreu no bazar beneficente e no outro, para um estilista que faz roupa adaptada no desfile do Fashionmod.

Não consigo descrever minha sensação quando entrei na passarela, só sei de uma coisa meu olho encheu de lágrima e meu coração disparou. Quando ouvi apresentadora falando meu nome. Nos dois desfiles tiveram uma mistura de modelos convencionais e com deficiências.

A marca de calçados Nanda Manu lançou seu catálogo com a coleção outono/inverno de 2004, em Goiânia, Goiás. Para apresentar a nova campanha: Brasileira da cabeça aos pés, contratou uma modelo deficiente. Afirmando que, é sim, possível fazer um belo trabalho de publicidade envolvendo pessoa com deficiência, sem apresentar algum tipo de adaptação.

Vamos continuar mostrando para os produtores de eventos e estilista que não tem a necessidade de ter padrão de modelo de antigamente, nós deficientes também podemos ser talentosos igual uma modelo convencional.





Governo americano libera venda de aparelho parecido com o exoesqueleto

00:00:00

São Paulo – Depois da abertura da Copa, no último dia 12, com o chute simbólico de Juliano Pinto, com ajuda do exoesqueleto desenvolvido pelo cientista brasileiro Miguel Nicolelis, esse tipo de dispositivo volta a ser notícia. Desta vez, com a aprovação, pelo  Food and Drug Administration (FDA), espécie de Anvisa do governo dos Estados Unidos, da venda de um produto similar. Trata-se do ReWalk, desenvolvido pela empresa israelense Argo Medical Technologies.
O aparelho consiste em uma estrutura motorizada que se ajusta às pernas e sustenta o tronco. E com a ajuda de sensores que permitem inclinação e a movimentação de articulações do quadril, joelhos e tornozelos. Para andar, a pessoa conta com ajuda de  muletas, que proporcionam estabilidade adicional para executar os movimentos. De acordo com o fabricante, a ativação é feita a partir de um controle remoto sem fio, colocado no pulso como um relógio. O comando vem de um computador que o usuário carrega dentro de uma mochila. O custo unitário é de US$ 85 mil.
O ReWalk é muito semelhante ao projeto desenvolvido na Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, sob coordenação do professor de engenharia mecânica Homayoon Kazerooni. "O ponto-chave do exoesqueleto que pesquiso é permitir independência à pessoa com paralisia, para que ela possa andar, subir num ônibus, sentar e se levantar no escritório, no restaurante, preparar seus alimentos." Mesmo trazendo toda essa melhoria na vida da pessoa com distúrbio de mobilidade, segundo ele, o dispositivo pode ter um desenho simples, discreto e ser leve.
Kazerooni, no entanto, não considera o dispositivo criado por Miguel Nicolelis e seus colaboradores como um exoesqueleto. Isso porque, conforme explica, o protótipo ainda é complexo, necessita da ajuda de outras pessoas e ainda está distante de dar ao usuário a independência que projetos como o seu e o ReWalk já podem proporcionar.
“Espero que esse dispositivo ajude os pesquisadores a verificar, na prática, as suas teorias”, disse à RBA o professor, que considera a técnica de decodificação de sinais cerebrais coletados como a principal contribuição da tecnologia desenvolvida pelo brasileiro.

Em entrevista à Revista do Brasil, a especialista em Medicina de Reabilitação da Universidade de Kentucky, nos Estados Unidos, Lumy Sawaki, destacou que há diversas pesquisas com exoesqueletos em todo o mundo. Porém, a tecnologia pesquisada pelo brasileiro está na vanguarda ao permitir, por meio de sensores no pé e no braço, que a pessoa com paralisia possa voltar a ter as sensações que tinha antes da lesão medular na qual foram perdidos o movimento e a sensibilidade.
"Isso abre uma série de possibilidades em pesquisa. De todo modo, é preciso lembrar que o exoesqueleto do projeto Andar de Novo é uma tecnologia como a do telefone celular, por exemplo. As inovações e avanços podem e devem acontecer para melhor atender às necessidades dos pacientes. Acho que todos da equipe entendemos que há vários desafios pela frente, como reduzir o peso e as atuais dimensões do protótipo. E, claro, o seu custo", disse.
http://www.redebrasilatual.com.br/

Conheça Cristiane...

05:53:00


Qual seu nome e sua idade?
Meu nome é Cristiane Yokomizo, tenho 25 anos e sou de Cuiabá – Mato Grosso.

-Tem apelido?
Sim, Cris.

-Solteira/ casada/ separada? Já namorou/casou?
Solteira. Depois do meu acidente, não me envolvi com ninguém até o momento.

-Tem filhos?Não. Mas tenho uma sobrinha linda, meiga e maravilhosa.

-Você estuda ou trabalha?
Sou formada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Mato Grosso, no momento estudo para concurso e estou concluindo minha pós-graduação em Políticas em Saúde Pública.

-Você já superou o fato de ser cadeirante? O que te ajudou a superar?

Cada dia que passa a vida me apresenta uma dificuldade a ser superada. Cheguei ao fundo do poço, entregue totalmente a depressão, até que um dia eu não aguentei mais tamanha tristeza em meu coração e em meu semblante, e inicie a fazer jus à palavra superação.
    Hoje acredito que a cada dia podemos mais do que imaginamos... E o ser humano é realmente adaptável às diversidades externas. O amor que Deus tem por minha vida é que me deu forças para superar, o amor e o sustento de minha mãe me faz seguir firme nessa caminhada.
   Tenho o apoio de meus primos e outros familiares no qual culminou em uma Campanha Levante e Ande Cristiane, que por meio desta muitas outras pessoas se manifestaram o seu apoio e carinho por mim. A finalidade desta é para arrecadarmos fundos para arcar com as despesas desde o meu acidente. Quem tiver interesse pode acessar o siteWWW.levanteeandecristiane.com.br ; visto que ninguém espera passar por isso, e uma vez não preparada além do impacto psicológico e moral tem o impacto econômico, e esperar tudo pelo SUS com sua tamanha burocracia, talvez eu não estaria tão bem e amparada como hoje. 
Não esquecendo tenho como fundamento de superação a minha ida ao hospital da REDE SARAH em Brasilia no qual me mostrou umas opções de seguir em frente e dos amigos que eu fiz nesta instituição que foram importantes para o meu entendimento que eu não estou sozinha nessa batalha.

-O que você acha que é mais difícil em fazer por ser cadeirante?
Ser eficiente mesmo com a deficiência, tenho admiração por todos nós. Cada um vai desenvolvendo uma técnica e habilidade para que isso aconteça.
Outras dificuldades são: pegar objetos que estejam no alto sem deixar cair no chão.
Carregar objetos e ter que rodar a cadeira ao mesmo tempo.
Rodar a cadeira em terreno muito ingrime e defeituoso.
Sinto muitas dificuldades em transferir para a cadeira de banho.
Fazer xixi, um ato tão simples, mas que para nós cadeirantes devido à lesão medular se torna um ato complexo e preciso geralmente de instrumentos para efetivar a ação.
E a maior delas... estar incluída no mercado de trabalho, exercendo minha profissão de médica veterinária.

-Conte sua história:
Esse meu novo estilo de vida teve inicio no dia 12 de fevereiro de 2012 (12/02/12), após um capotamento em uma das principais avenidas em minha cidade (Cuiabá), estando de carona. No mesmo instante eu já não sentia mais minhas pernas. Me acarretou uma lesão medular a nível neurológico na 10ª vértebra torácica me deixando a paraplegia como sequela, entre outros muitos ferimentos mas que com o tempo se sarou.

-Como é pra você ser cadeirante?
Eu me classifico como uma cadeirante ainda em readaptação, iniciante, então “Ser cadeirante devido a uma lesão medular” é: você ser obrigado a procurar um novo jeito para caminhar ...
É inicialmente se sentir totalmente lesada na liberdade de ir e vim...
É ser 'sem-vergonha' para o técnico de enfermagem te ajudar no banho e se trocar,
É contemplar o ambiente não mais de uma altura de 1,70 e sim de 1,20.
É se contentar de que você é uma pessoa com deficiência e precisa de condições especiais.
É cair da cadeira e ficar estirada no chão por não ter forças para se levantar.
É ser humilde, corajoso e desinibido para pedir ajudar.
É ver uma barata voadeira vindo em sua direção... e você não poder correr.


-Você acha que existe muito preconceito com cadeirantes? Já passou por isso? conte como foi..
Existe sim, com certeza. Existe também a falta de conscientização das necessidades reais da nossa classe nessa sociedade contemporânea citada como moderna.
Existe também, como é o caso do meu estado, o descaso do proprio governo em relação a nós.
Me sinto totalmente desrespeitada quando eu opto em fazer um esporte e não encontro nenhum esporte adaptado para realizar através do incentivo público.
É um desrespeito a infra-estrutura do centro de reabilitação de minha cidade.
A falta de material nos postinhos de saúde, de direito nosso também me tira do sério.

Em um shopping na capital do nosso país, eu e mais um amigo cadeirante com nossos respectivos acompanhantes adentramos em um elevador.. e uma mulher começou a nos insultar pois ficou apertado, ela pediu para que nós nos retirassem.. no fim ela saiu do elevador nos faltando com respeito e nos inferiorizando e dizendo que não divide espaço com deficiente.

-Já aconteceu alguma situação engraçada que você lembre, por ser cadeirante?
Muitas condições são taxadas como engraçadas, mas para nós são quase cotidianas: umas bem básicas como: soltar gases (peidos) involuntariamente e o uso de fraldas, quando se tem disfunção urinária. Também tem aqueles momentos nos quais amigos chegam a mim um pouco acanhados e me perguntam se eu relação sexual eu posso engravidar...

O fato mais recente foi em um final de semana prestando um concurso, onde na sala só continha pessoas com deficiência (PCD) a minha caneta caiu no chão, e no ato que eu fiz para pegar no chão, a flatulência ocorreu (isso mesmo, peidei na sala de aula em pleno concurso) e o rapaz que possui como deficiência a baixa visão que estava ao meu lado realizando a prova também começou a dar gargalhada...

- Em que lugar ou em qual situação, você sente que falta mais acessibilidade?
   De inicio, faltou acessibilidade dentro da minha própria casa. Minha mãe com ajuda de familiares teve que reformar parte dela para que eu nela me instalasse.
Falta de acessibilidade de estacionar para ir ao médico e também em outros lugares já é difícil, e quando se tem vaga reservada a nós, as pessoas não contidas no requisito se apossam da vaga sem nenhum consentimento e pudor.
   Andar pela calçada? É raridade.. quando se tem uma boa calçada e acessível. Então o jeito é andar pela rua, as vezes até chão batido... Porque a realidade é essa, nem todos possuem asfalto na porta de sua casa.
   Lembrar também que acessibilidade não é somente para nosso uso, tem também os idosos e mamães com seus carrinhos de bebês...

-O que mais gosta de fazer?
   O que eu mais gosto de fazer é estudar, ler livros, revistas e jornais e navegar na internet. Vou a academia, fisioterapia, shopping e igreja. Gosto de buscar informações e compartilhar as que eu possuo com os demais amigos. Gosto de socializar.

-Na questão sobre relacionamentos amorosos ou amigáveis, você tem alguma dificuldade com isso?
  Antes do acidente nunca tive dificuldades em obter relacionamentos, mantive por anos namorando. Após o acidente entrei em conflito sobre esse assunto e tenho muitos até hoje. Acredito que um dia possa encontrar uma pessoa especial... mas ainda não estou pronta para relacionar. Posso até trocar meia dúzia de palavras carinhosas... Mas não sei o que é beijar na boca, já faz 8 meses. Me sinto totalmente despreparada emocionalmente para manter um relacionamento saudável.

-Você se considera feliz?
Apesar de ter ainda muitos conflitos internos, hoje eu sou sim. Mas tive que renovar minha mente e fortalecer espiritualmente para que isso acontecesse.

-Coloque a boca no trombone deixando seu recado para quem quiser:
   Tivesse eu sido mais atenta e sábia nas escolhas da amizade daquele tempo...
  Que adianta você ter dinheiro e ter um lar destruído? ... Sem paz... vivendo na promiscuidade?
  De que adianta tanto dinheiro no bolso... e miséria na alma!!! Viver na casa de luxo e não ter a liberdade de desfruta-la.
   APRENDI QUE O AMOR VERDADEIRO constrói muito mais coisas do que as riquezas deste mundo. ... E pessoas irresponsáveis, fúteis e de má índole não podem fazer parte do meu círculo de amizade.

-O que você Ama?
   Ter o discernimento de que apesar das minhas falhas humanas Deus não desiste de mim e tem um grande propósito em minha vida.

-O que você odeia? 
   Hipocrisia, estupidez, ignorância, insensatez, grosseria, incivilidade...

-O que você tem medo?
  Solidão.

-Família pra você é?
   Segundo amor, logo após do amor de Deus. Esta que me apoia e não mede esforços para ajudar-me a vencer essa luta diária.

-O Que você adora comprar?
   Comida, hahahaha. ;x

-O que você não deveria, mas gosta de comer? 
   Devido minha condição corporal de sobrepeso, tenho restrição no consumo de muitos alimentos. O tal do carboidrato e da gordura...

-Um sonho?
    Passar em um concurso federal, ter uma qualidade de vida excelente, construir uma família e com certeza voltar a andar.

-Deixe um recado para outros amigos cadeirantes:
   “As tragédias e os contratempos da vida não são motivos para desistir. Devemos prosseguir, reunindo forças, escolhendo outras direções que possam levar a uma nova direção. O processo de mudança pode ser difícil, mas pense na alegria que está mais adiante... ainda bem que a vida nos permite ter várias outras opções”.
“Nunca deixe que nenhum limite tire de você a ambição da auto-superação”.
“Vamos derrubar as barreiras, por um Brasil mais acessível”.
Vamos compartilhar nossos conhecimentos, experiências de vida e passemos as informações adiante. Finalizando quero agradecer “Cantinho dos Cadeirantes” pelo convite. E dizer que sempre acompanho o blog e o facebook, e que através do mesmo já até conquistei amizades em busca de informações. Acredito que essa seja uma grande ferramenta de informação no qual ajuda muitos cadeirantes, principalmente nós lesionados recentemente a sanar nossas dúvidas e conflitos interiores.
   Agradecer também os apoiadores, meus familiares e amigos por manter ativa a Campanha Levante e Ande Cristiane, e também ao meu educador físico Pedro Fernandes que faz um trabalho belíssimo comigo em sua academia.
   Sou muito grata a todos vocês que se esforçam direta e indiretamente para que eu alcance minhas conquistas.
   Minha fé e a minha vontade de viver supera qualquer fraqueza!
   Não deixe de acessar:

Site: www.levanteeandecristiane.com.br
Face: Cristiane Yokomizo
MSN: cristiane23@hotmail.com
Beijoss

Sobre rodas e rosas

06:49:00

“Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é” – Caetano Veloso

Quando ouvi essa frase do Caetano estava no carro indo para algum lugar que não me lembro. Naquele primeiro momento, veio-me a lembrança de uma pessoa muito querida, pois tinha o costume de dizer isso em suas postagens.

O sentido me fugia. Kamila, seu nome, citava essa frase para justificar suas emoções, contudo nunca parei pra raciocinar, até o momento de escolher sobre o que falar pra vocês, rsrs.

Esses dias vivi pequenas questões femininas, nada impossível de lidar, contudo fizeram minhas ideias ferverem sobre ser mulher. Aliás, sobre ser mulher cadeirante.

Tive uma professora na faculdade, Isabelle Anchieta, o qual admiro muito pela pessoa fabulosa que é, que desenvolveu um trabalho muito interessante sobre a imagem feminina.

Grosseiramente, em resumo, seu estudo defende a ideia de que a mulher nunca foi auto representada, mas sempre gerenciada pelo homem. Sua imagem era o que diziam.

Isso te lembra alguma coisa? Aposto que sim. Quantas vezes teve de dizer aos outros quem era, ou o que sentia? Quantas vezes precisou explicar que não era doente, apesar de usar uma cadeira? Agora some essas questões próprias do universo sobre rodas mais os dilemas femininos. Somou? Ok, bem vindo ao nosso mundo.

Hoje, por meio das redes sociais, a mulher tenta elaborar sua auto-imagem, reafirmando-se em fotografias e postagens. Como diz Isabelle em um artigo:


“As mulheres comuns tornam-se protagonistas de sua vida. Chegam a dispensar a ajuda de outra pessoa para tirar a própria foto: estendem o braço e miram em sua própria direção. Algumas marcas de câmeras fotográficas desenvolveram inclusive um visor frontal para que a pessoa possa ajustar o foco caso use o equipamento para se fotografar.

Da mesma forma, esse movimento tem alcançado as cadeirantes. Hoje, apesar das dificuldades, vemos diversos perfis de usuárias com selfies divertidas interagindo com suas cadeiras. Algumas chegam a customizar a cadeira para deixar com sua cara! (leia-se eu e meu adesivo dos Beatles. :D )

Há, porém, vozes na escuridão que buscam retirar o brilho dessas mulheres. Comparações, olhares de piedade, comentários negativos e auto destruição (sim, infelizmente costumamos nos ferir com pensamentos ruins) são alguns desses vilões que nos rodeiam. O que fazer, então?

1) Se conheça! 
Meninas, já passou da hora de se olharem e se conhecerem! É sério isso, como esperam que as pessoas te entendam, se você mesmo não consegue? Como pedir que alguém te ache linda, se só enxerga seus defeitos? Como viver um amor, se não considera alguém pra se amar? Fica difícil, não é?

Ser pessimista é muito mais fácil do que ser otimista. Achar que tudo vai dar errado, lamentar e chorar dias após dias é muito mais automático do que acreditar que as coisas darão certo mesmo quando tudo diz o contrário.

P.S.: Não me refiro a depressão, pessoal. Ela é doença e precisa ser tratada com especialistas preparados pra isso. Ok?

2) Inspire-se!
Busque exemplos de pessoas que vivem os mesmos dilemas que você. Histórias de superação ajudam a restaurar a fé em nós mesmos. Temos aqui no blog vários relatos de pessoas comum guerreiras nessa batalha do dia a dia, além de casos na internet.

Entretanto, pessoal, mirem sempre nas atitudes. Lembrem que seres humanos erram e podemos nos decepcionar se esperarmos super heróis. Se tivermos como foco o que fizeram, seja obra ou trajetória, dificilmente teremos essa frustração.

Sei bem o quão difícil podem ser os dias, porém devemos levantar a cabeça e acreditar em uma verdade: viver em rodas não é o fim, apenas o começo de uma trajetória. Afinal, mulheres cadeirantes são como rosas no asfalto. Somente pessoas especiais conseguem perceber a beleza de suas cores na imensidão cinza.

Faty Oliveira


"Não sinto calor, mas a libido continua", conta cadeirante que perdeu os movimentos após acidente´´

06:05:00
O dia a dia do psicólogo Pedro Musa, 32 anos, é agitado e cheio de compromissos como de qualquer homem de sua idade. Além do trabalho, ele dedica parte do tempo para sair com a namorada, tomar cerveja com os amigos, viajar, curtir um show ou uma balada. O detalhe é que o jovem faz tudo isso “preso” a uma cadeira de rodas. Há 17 anos Musa sofreu um acidente que prejudicou o movimento de seus braços e pernas. Apesar de todas as dificuldades já enfrentadas, ele garante que nenhum obstáculo é grande o suficiente para impedi-lo de viver.
Em entrevista ao R7, o psicólogo revela as principais dificuldades de um cadeirante e como é possível encarar a adversidade e levar uma vida sem privações.
R7 — Como e quando aconteceu o acidente?
Pedro Musa — Foi nas férias de julho de 1998 quando eu tinha 16 anos. Estava na Bahia com meus amigos e resolvi pular no rio. Bati a cabeça em algum lugar, provavelmente no banco de areia, e quebrei o pescoço. Perdi os movimentos na mesma hora e quando abri os olhos estava boiando de cabeça para baixo dentro da água. No início, meus amigos acharam que fosse brincadeira, mas como perceberam que eu não me mexia, foram me resgatar.
R7 — Quando você soube que não recuperaria os movimentos?
Pedro Musa — Passei três meses internado porque tive algumas complicações nas cirurgias. Na primeira delas, tive o esôfago perfurado e por conta disso desenvolvi uma infecção. Ao todo foram quatro operações e, foi neste período ainda no hospital, que recebi a notícia de que não teria mais o movimento dos membros.
R7 — Como foi receber esta notícia aos 16 anos? Gerou alguma revolta?
Pedro Musa  Tentei levar numa boa sem revoltas. Na realidade, os médicos não podiam garantir que eu ficaria totalmente sem os movimentos. Na época eu cursava o 2º colegial e perdi o semestre da escola porque fiquei no hospital e quando saí seria difícil acompanhar. Meu foco foi fazer fisioterapia. Não perdi a esperança de recuperar o movimento, por isso durante dois anos fiz sessões todos os dias da semana. Aos poucos comecei a ter a sensibilidade de volta e dar alguns passos. Apesar de meus movimentos estarem alterados, hoje consigo andar pequenas distâncias com o apoio do andador ou de alguém. Meu caso é chamado de tetraparesia, uma lesão parcial em que há algum tipo de comunicação pela medula, mas de forma incompleta.
R7 — Quais foram suas primeiras dificuldades ao sair do hospital? Lembra-se de algo que te marcou?
Pedro Musa — Acho que tem uma marca que fica até hoje. É mais fácil ficar onde se está acostumado, na famosa zona de conforto. Estava acostumado no hospital depois de três meses, já tinha uma rotina. Ir para casa foi ir em direção ao desconhecido, todas as fantasias de como seria. Mas foi bom, não dá para viver a vida no hospital, assim como quase todas as outras quebras de zona de conforto costumam levar a mais independência e novas possibilidades.
R7 — Quais as adaptações que a sua casa sofreu após o acidente? Elas permanecem ainda hoje?
Pedro Musa — Na época (e atualmente) moro com meus pais em uma casa de dois andares e os quartos ficavam no segundo andar. A primeira atitude foi mudar meu quarto para o térreo e trocar o boxe do banheiro para cortina, assim ficaria mais fácil entrar com a cadeira, além de precisar de ajuda para os hábitos de higiene. Foi necessário alugar uma cama de hospital e eu tinha enfermeiros durante 24 horas, além de precisar que alguém cortasse a comida. Com o tempo, as necessidades foram diminuindo, fui aos poucos me tornando independente, passando a tomar banho sem ajuda, a cortar o alimento, mesmo que com dificuldade. Hoje faço tudo sozinho, mas se a lâmpada do quarto queimar é bem provável que eu precise chamar alguém.
R7 — Você enfrentou dificuldades para voltar a estudar?
Pedro Musa — Voltei a estudar no ano seguinte do acidente e o colégio se adaptou um pouco para me receber, como reprogramar para que todas as minhas aulas fossem realizadas no térreo. Fiz três faculdades, sendo a primeira Design Digital, depois cheguei a montar uma pequena produtora com um amigo, mas acabamos desistindo. Fui cursar Matemática, cheguei a buscar cursinho, não possuíam adaptação, a direção até me pediu desculpas e ofereceu aula particular, mas preferi procurar outra instituição. No meio do curso de Matemática tranquei a faculdade e fui trabalhar como programador com alguns amigos da primeira faculdade, mas acabei desistindo para fazer Psicologia. Essa mudança aconteceu porque percebi que não fazia sentido, queria trabalhar com contato humano e não passar o dia na frente do computador.
R7 — Atualmente você namora, mas em algum momento teve medo de iniciar um relacionamento por estar em uma cadeira de rodas?
Pedro Musa — Não. Após o acidente, tive algumas namoradinhas, mas a primeira mais séria foi aos 20 anos e era uma menina da escola. Ficamos um ano juntos e fazíamos tudo o que qualquer outro casal faz, como ir ao cinema, barzinho, show, balada, sexo etc. Também tive minha fase solteiro e “azaração”, como qualquer homem, e agora namoro há um ano e pouco.
R7 — Você teve medo da primeira relação sexual após o acidente?
Pedro Musa — Toda primeira transa tem um grau de ansiedade maior e comigo não foi diferente. Mesmo tento privação dos movimentos, a libido continua e sinto o corpo todo. Apesar de não sentir calor e frio, sinto o toque da pessoa. É claro que fiquei receoso, mas isso passa conforme se cria mais intimidade.
R7 — Você sonha em casar e ter filhos?
Pedro Musa — Tenho vontade sim e acho que deve ser uma experiência única ajudar um ser humano a se desenvolver do começo doando um amor tão grande.
R7 — Como você se locomove em São Paulo?
Pedro Musa — Sempre achei que não precisaria ter carro, mas para ter mais liberdade e independência resolvi tirar minha habilitação de motorista há três anos. O carro é adaptado para a minha necessidade, ou seja, além de ser câmbio automático, o acelerador e o freio são na mão. Não costumo precisar de ajuda para entrar e sair do carro, mas é muito comum as pessoas se oferecerem.
R7 — Você se incomoda com isso?
Pedro Musa — Sempre preferi tentar resolver tudo sozinho, mas com o tempo você aprende que às vezes não é possível. O problema é que nem sempre esta ajuda é benéfica, pode até atrapalhar. Acho que a cadeira de rodas aumenta a solidariedade das pessoas. É claro que tenho receio de chegar a algum lugar e não conseguir “me virar” sozinho, mas não tenho medo.
R7 — Você visitou outros países após o acidente? Sendo um cadeirante quais as principais dificuldades?
Pedro Musa — Já fui para França, Argentina e Estados Unidos. Quando a cidade é plana tudo muda, facilita muito para usar a cadeira de rodas. Como tenho alteração na mão, não consigo subir uma ladeira muito inclinada, o que é um problema. Neste sentido, o carro me libertou muito, morando em São Paulo há inúmeras ladeiras que me impediria de chegar ao ponto de ônibus, por exemplo.
R7 — Você tem algum arrependimento?
Pedro Musa — Sempre tive uma visão de que se não fossem as coisas que vivi não seria quem eu sou. Hoje em dia posso garantir que é preciso encarar a adversidade para ter uma vida normal. Como cadeirante, tomo alguns cuidados, mas não deixo de ir a nenhum lugar. O importante é ficar mais atento ao meu entorno, por mais que às vezes gere ansiedade.

http://noticias.r7.com/

“Eu quero fazer”

05:48:00
Miguel tem 3 anos e nasceu cego. Com a ajuda de sua mãe, Josiane Santos Dias, ele conquista, aos poucos, a independência.
Josiane Almeida Santos Dias tem 31 anos e mora em Juiz de Fora/MG. Ela é mãe de Miguel Santos Dias, que nasceu em fevereiro de 2011. “Minha gravidez foi tranquila, fiz o pré-natal completo e o parto foi normal. Ainda no hospital, foram feitos os testes do ouvido e do pé”. Quando Miguel tinha 15 dias de vida, após fazer o teste de reflexo do olho vermelho, a médica do Hospital Universitário UFJFinformou que Miguel havia nascido cego. “Fiquei chocada e chorei muito, pensando no futuro. Passou uma história na cabeça. Fiquei pensando em como eu iria criar meu filho”, diz Josiane.

No primeiro ano de vida de Miguel, a família buscou opiniões sobre as possibilidades para ele enxergar. Em Belo Horizonte, Miguel foi submetido a muitos exames, inclusive tomografia e ressonância magnética, porque havia suspeita de que existisse um tumor na cabeça, hipótese que foi totalmente descartada.

“Eu cheguei a pensar em uma cirurgia. Decidi não colocar meu filho nessa situação, porque ele até passaria a enxergar alguma luz, mas isso seria temporário e eu acabaria tirando dele algo que ele nunca teve. Por isso, decidi criar meu filho como se ele enxergasse”, conta Josiane.

Josiane Almeida Santos Dias tem 31 anos e mora em Juiz de Fora/MG. Ela é mãe de Miguel Santos Dias, que nasceu em fevereiro de 2011. “Minha gravidez foi tranquila, fiz o pré-natal completo e o parto foi normal. Ainda no hospital, foram feitos os testes do ouvido e do pé”. Quando Miguel tinha 15 dias de vida, após fazer o teste de reflexo do olho vermelho, a médica do Hospital Universitário UFJFinformou que Miguel havia nascido cego. “Fiquei chocada e chorei muito, pensando no futuro. Passou uma história na cabeça. Fiquei pensando em como eu iria criar meu filho”, diz Josiane.

No primeiro ano de vida de Miguel, a família buscou opiniões sobre as possibilidades para ele enxergar. Em Belo Horizonte, Miguel foi submetido a muitos exames, inclusive tomografia e ressonância magnética, porque havia suspeita de que existisse um tumor na cabeça, hipótese que foi totalmente descartada.

“Eu cheguei a pensar em uma cirurgia. Decidi não colocar meu filho nessa situação, porque ele até passaria a enxergar alguma luz, mas isso seria temporário e eu acabaria tirando dele algo que ele nunca teve. Por isso, decidi criar meu filho como se ele enxergasse”, conta Josiane.

http://blogs.estadao.com.br/

Desculpe, mas não sou sua inspiração...

05:55:00

Tenho certeza que existem muitas pessoas com algum tipo de deficiência, que assim como eu, não aguentam mais escutar aquelas frases clichês como: "Você é guerreiro... Você é muito forte, eu no seu lugar não saberia como agir... Você é um exemplo de superação..."

De fato existem muitas pessoas guerreiras, exemplo de superação e tudo mais, mas não quer dizer que todo cadeirante precisa ser tratado como um "Super Herói". E quem disse que todo cadeirante precisa passar por situações difíceis ou fazer algo grandioso? Ninguém, pois todos somos pessoas comuns que tem o direito de ter uma vida comum. E nós cadeirantes só fizemos o que todos fazem, vivemos de nossa maneira e nada mais!

Cansada dessas histórias, Stella Young que também é cadeirante, começou a fazer palestras de forma bem descontraída abordando esse assunto. 

Ela conta que quando tinha apenas 15 anos, membros da comunidade informaram que gostariam de nomeá-la para receber um prêmio comunitário por suas realizações e sem saber por qual motivo, os pais dela falaram "Hum, legal... Mas tem um problema, não ha nada de fato que ela (Stella) tenha realizado...". 

E naquela época, ela realmente não havia feito nada fora do comum, levava uma vida normal, ia para escola, saía com os amigos e até brigava com as irmãs mais novas. 

O vídeo a seguir é de uma das palestras de Stella, onde ela explica o seu ponto de vista e mostra que realmente as pessoas estão enganadas com este modo de ver um cadeirante. 
Assista e tenho certeza que você irá concordar com ela:
(Maximize o vídeo para assistir melhor)


Quem quiser saber um pouco mais de Stella, clique no link:
www.ted.com

Conheça Ana Carolina...

06:29:00
  

    Meu nome é Ana Carolina, tenho 24 anos, sou psicóloga e cadeirante há aproximadamente 2,5 anos.
   Com 1,5 anos minha mãe percebeu que eu tinha muita dificuldade para levantar do chão e numa festinha viu que eu não conseguia pular corda como as outras crianças. Ela me levou ao medico e foi diagnosticada distrofia muscular do tipo cinturas. No início era quase imperceptível minha deficiência, porém a distrofia é progressiva e eu cresci sabendo que um dia passaria a andar de cadeira.
   Acredito que tenha sido muito difícil para minha família lidar com essa realidade, pois a distrofia caracteriza-se pela perda de força muscular já que as células vão se degenerando com o tempo podendo até comprometer órgãos internos, o que graças a Deus não aconteceu comigo. 
   A médica chegou a dizer que meu caso não teria jeito e que minha mãe não devia ter muitas esperanças. Imagino a dor que ela sentiu ao ouvir isso... Mas o amor dela e de toda minha família por mim era grande demais pra nem sequer tentar e por causa de sua fé em mim consegui andar até meus 22 anos quando cai na faculdade e quebrei meu pé em 4 partes e por isso tive que ficar dois meses andando de cadeira e nesse momento eu soube que muito provavelmente eu permaneceria nela. 
   Deus é tão maravilhoso que nessa mesma época (durante um estágio) me deu a oportunidade de conhecer pessoas com deficiências até muito piores que a minha e por isso não achei que eu tivesse o direito de reclamar de nada porque se eles conseguiam por que eu não poderia também?  
   O que não esperava, é que a mudança para cadeira pudesse me trazer o que nunca tive: liberdade! Porque mesmo andando eu nunca pude ser independente porque pode cair a qualquer momento, então sempre dependi da minha família e amigos pra tudo.
   Com a cadeira motorizada que ganhei através de processo, conquistei minha independência e pude sair pela primeira vez na rua sozinha! Aos 23 anos chorei porque tive pela primeira vez que olhar se o sinal estava fechado antes de atravessar. Foi um sensação indescritível que jamais esquecerei!
   Desde então minha vida mudou completamente! Sempre lidei muito bem com minha deficiência e por isso nunca deixei de fazer nada por conta dela antes e principalmente depois da cadeira! 
   Eu sempre vivi rodeada de uma família cheia de amor e amigos que sempre fizeram questão da minha presença mesmo que isso significasse subir centenas de degraus comigo nas costas e isso não há nada nessa vida que pague!
   Me formei em psicologia com 23 anos e isso também foi uma grande guerra que só venci porque tive meu pai, meu irmão e meus colegas de classe me apoiando porque me formei na ufrj e lá não tem NENHUMA acessibilidade! 
   Eles tiveram que passar 5 anos me subindo nas costas pra que eu assistisse minhas aulas e no último ano ficou ainda mais difícil por causa da cadeira, mas eu nasci pra vencer e não seriam escadas que me impediriam de conquistar meus sonhos!
   Ano passado me formei e essa não foi uma vitória só minha e por isso dediquei a meus familiares e amigos! 
   Tenho um irmão maravilhoso que é meu melhor amigo, além de ser minhas pernas também! Rsrsrs!
   Muitas pessoas não entendem como podem pessoas com deficiência serem plenamente felizes e são essas que ficam confusas ao me verem com um sorriso largo andando pelas ruas. São pessoas com uma compreensão muito limitada da vida e creio que eu assim como muitos outros existimos para ajuda-los a entender que a felicidade não depende de sermos fisicamente "perfeitos" ela é uma questão de escolha e a meu ver ser triste dá trabalho demais, sentir pena de si mesmo.... Iiih, dá preguiça só de pensar!
   Eu fiz minha escolha, eu escolhi a luz, escolhi me amar e viver uma vida plena, sem limites!
   Amo ir à praia, sair a noite, cantar e rir, morrer de rir! Aprendi a dar valor às coisas simples da vida e a ser grata por tudo que tenho!
   Hoje trabalho com RH e sou responsável pelo programa de inclusão da minha empresa e sou muito feliz porque sei que meu trabalho faz diferença e pode contribuir para mudar o olhar de muitas pessoas sobre a questão da deficiência.
   Mas isso é só o começo, vou chegar muito mais longe...
  Nunca permiti que ninguém sentisse pena de mim e acho que isso se deve ao fato de que eu nunca me senti menos capaz e o olhar que temos sobre nós mesmo é o mesmo que o mundo nos lançará!   
Nós somos responsáveis por como o mundo nos percebe.
   Estar na cadeira não nos faz menos bonitos, o que pode nos aprisionar é nossa mente! Até mesmo a sensualidade... Tenho orgulho de dizer que sou muito paquerada até mais do que muitas mulheres andantes! Hauhauahaua!
   Essa é minha vida e não mudaria nada nela porque se tenho tantas pessoas incríveis comigo é porque Deus me escolheu pra viver essa história e porque sabia que eu descobriria como ser feliz com todas as dificuldades...
 
Amo minha vida, minha família e minha cadeira que permite voar sem limites! :)


Thaíse Maki...

06:37:00

Olá gente, eu sou a Thaíse Maki, tenho 34 anos e há 14 anos "caí" no universo das rodinhas em razão de um acidente automobilístico.
      Recebi o convite da Carol com uma imensa alegria, mas com aquele receio "será que vou ser boa nisso?"... enfim, decidida a deixar o "se" de lado, aqui estou. 
     Espero "caminhar" lado a lado com a Carol para poder levar os melhores conteúdos e bastante informações a todos vocês. Acredito que irei mais aprender com as curtidas, as mensagens e os comentários do que qualquer outra experiência. Prometo fazer o meu melhor e conto com vocês para esse processo. Mãos à obra!
   
Quer falar comigo? Me mande um e-mail para cantinhodoscadeirantes@hotmail.com
Quer ser meu amigo(a) no Facebook? Clique aqui e me adiciona
Quer me seguir no Instagram? Me procure lá como Thaíse Maki - @thaisemaki

E se você caminhasse...

06:25:00
 
 Sou cadeirante há uns vinte anos, andei pouco usando aqueles aparelhos, porém não tenho tantas lembranças dessa época. Recordo da primeira cadeira que tive: era imensa, verde e de rodas duras. Me sentia minúscula nela e por anos, ainda que crescesse, continuei me sentindo assim.
   Colegas correndo e amigas tomando forma. No canto, vendo tudo comecei a imaginar como seria se eu andasse. Será que conseguiria subir aquela árvore? Ou fazer aquele gol que meu colega perdeu? Chamaria atenção daquele grupo de rapazes ali? Dançaria tão bem quanto aquelas meninas? Ou seria uma chata de galocha?

   Claro, no imaginário a maioria das coisas davam certo pra mim. Era minha imaginação, afinal. Vivia como aquele filme “AVATAR”: dividida com a cabeça no lindo mundo das minhas ideias e o corpo preso na cadeira. Meu “avatar” era linda, interessante, dançava super bem, era desejada e subia tudo quanto era árvore. Uma super garota, cheia de amigos e popular. Tudo bem diferente daquilo vivido diariamente.

   Quantos de vocês já pensaram assim? Quantas vezes por dia? Por ano? Se não toda hora, algum momento da vida pensou. E como se sentiu quando a realidade bateu a porta e todo aquele lindo cenário se foi? Dói né? Infelizmente fica o gosto ruim e os dias piores. Porquê fazer isso? Pra quê?

   A verdade é se você ou eu andássemos seríamos outra pessoa. Teríamos outras experiências de vida, aprenderíamos e daríamos valor a coisas totalmente diferentes das atuais. Não se engane em pensar que seria melhor. Talvez passaria por situações bem piores, ou tornaria alguém incapaz de entender o outro.

   Esse vídeo demonstra perfeitamente essa diferença:  


   Desejar ser alguém que anda é desconsiderar sua história e negar a si é a pior forma de encarar sua vida. Lembram-se do primeiro amor? Como viver momentos felizes se eles só existirem nas ideias? Como se entregar ao amor, se considerar julgando impossível às suas rodas? Como terá amigos se viver confinado, pensando em formas de se divertir somente com suas pernas? Seja apenas você, troque as pernas por asas e voe.

   Use sua imaginação para sonhar novos desafios de vida: faculdade, trabalho, cursos, amigos, namoros (e porque não, pegações? rs), casa própria... Seja o céu o limite dos seus desejos e deixe os pés flutuarem, meus amigos. Façamos um mundo onde ser diferente seja comum, ao ponto de não precisarmos viver no “fantástico mundo do SE”.

Faty Oliveira

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Marcio Nalon

10:42:00
Marcio Nalon aprendeu sozinho a pintar telas e hoje, faz postagens de seus vídeos, ensinando sua arte. Veja o que ele diz:
"...Fazem 12 anos que me tornei cadeirante, logo no começo não conseguia ficar parado então comecei a desenhar e depois de algum tempo descobri a pintura. Eu nunca tinha pintado, aprendi sozinho. Fui me adaptando e aprendendo algumas técnicas com o tempo. Hoje, já até vendo meus trabalhos..."
Marcio fez um vídeo, onde ele explica e dá algumas dicas para quem deseja fazer uma tela, assista:

Acompanhante tem direito de até 80% de desconto na passagem aérea

06:05:00
 


   De acordo com informações retiradas do Portal da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), todas as empresas aéreas oferecem desconto de 80% na passagem aérea de acompanhantes obrigatórios para passageiros com necessidades especiais.

   Ou seja, o cadeirante paga 100% do valor da passagem, mas se ele precisa de um acompanhante para viajar, o acompanhante ganha desconto de até 80% de sua passagem.

   Para conseguir este desconto, não é tão complicado assim, veja como o que se deve fazer:

1ª  Etapa:
- Ligue para a empresa aérea que você deseja viajar
- Peças para fazer reserva das passagens
- Informe-os que você é uma pessoa com deficiência e necessita do MEDIF (Formulário de Informação médica) para preencher.
- Pergunte também, para onde você deve enviar os documentos depois que forem preenchidos.

2ª Etapa:
-  Depois que te enviarem o MEDIF (por e-mail, fax), você deve levar o documento para um médico preencher.
-É necessário que peça um laudo do médico também, alegando que você é uma pessoa com deficiência e necessita de um acompanhante para viajar.

3ª Etapa:
-Com o MEDIF preenchido e com o laudo médico em mãos, envie os documentos para a sua companhia aérea.
-E por último, compre a passagem aérea.

   Antes de comprar a passagem é recomendável que você ligue para a companhia aérea e pergunte como comprar a passagem com desconto sendo que já tem os laudos preenchidos prontos.

   Acredito que primeira vez que você fazer este procedimento, seja necessário comprar a passagem pessoalmente, depois pode ser comprada pela internet.

   Lembre-se amigos, faça esse procedimento com bastante calma, ligue para a empresa aérea e pergunte todas suas dúvidas. Se você se sente inseguro para fazer isso, peça ajuda para um amigo ou parente.

    O desconto é desconhecido por muitos, mas só é efetuado se a pessoa pede, caso o acompanhante não peça, a passagem é cobrada normalmente.

    Vamos utilizar os benefícios que temos o direito, já que em muitos outros não são cumpridos!
Grande beijo a todos!
Carol

Fonte: Companhia aérea Gol e
           Noemi dos Santos


Corrida Maluca em cadeira de rodas (2ª edição)

06:02:00
Smile Flame é o nome do "grupo" que tem como único objetivo, realizar projetos sociais que possam chamar a atenção para determinada causa de uma forma divertida.

Eles já realizaram vários projetos, como o 'Skt no Asilo' levando a galera jovem para assistir juntos com os vovôs, uma competição de skt dentro do asilo. A 'Bota do Mundo', onde crianças cadeirantes puderam pela primeira vez chutar uma bola de futebol, utilizando uma bota especial que prendia as crianças nos jogadores profissionais, para juntos chutarem a bola e jogarem futebol, além de outros projetos...

Neste último domingo (dia 13/07), ocorreu a 2ª edição da 'Corrida Maluca em Cadeira de Rodas', onde voluntários e apoiadores, decoraram as cadeiras de rodas das crianças para participar de uma corrida onde todos eram ganhadores.
Assista o vídeo:



Foi lindo gente, infelizmente eu não pude comparecer, mas vi algumas fotografias do evento e não tem como se encantar com o sorriso da galerinha e com as cadeiras de rodas super divertidas. Veja:



Quem quiser acompanhar esses lindos projetos, pode e deve curtir a página da Smile Flame no facebook, clique AQUI e curta!



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